quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Infraestrutura >> Produção de energia solar poderá ter isenção fiscal

 
Usina solar localizada no município de Tauá, no sertão do Ceará, tem capacidade para abastecer 1,5 mil famílias


















Geração de eletricidade a partir do sol ainda é opção pouco utilizada no Brasil. Isenção permite importação de componentes, desde que não haja equipamento similar nacional.

A desoneração de impostos sobre a importação de equipamentos e componentes para a geração elétrica a partir da energia solar foi aprovada ontem pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O PLS 317/2013, que isenta esses produtos da cobrança de Imposto sobre a Importação, teve aprovação final no colegiado. Agora será encaminhado para votação na Câmara, se não houver recurso para votação no Plenário do Senado.
 
O autor, senador Ataídes Oliveira (Pros-TO), destacou o aumento da demanda por energia no Brasil, mas afirmou que as tecnologias de utilização de energia fotovoltaica ainda são pouco conhecidas e de raro uso. Segundo ele, as usinas hidrelétricas vêm perdendo espaço na matriz elétrica brasileira e a geração termelétrica passou a ser um recurso mais acionado que o desejável. O resultado seria o aumento da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera.

O relator da proposta, senador Casildo Maldaner (PMDB-SC), apresentou emenda condicionando a isenção à inexistência de equipamento similar nacional. Os senadores Luiz Henrique (PMDB-SC) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) destacaram a importância do projeto para o estímulo à geração alternativa de energia.

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), entre os vários processos de aproveitamento da energia solar, os mais usados atualmente são o aquecimento de água e a geração fotovoltaica de energia elétrica. O primeiro é mais encontrado nas Regiões Sul e Sudeste do Brasil, devido a características climáticas, e o segundo, nas Regiões Norte e Nordeste, em sistemas isolados da rede de energia elétrica, segundo a agência.

Um estudo da Aneel afirma que os maiores índices de radiação solar são observados na Região Nordeste, com destaque para o Vale do São Francisco. No entanto, mesmo as regiões com menores índices de incidência de raios de sol apresentam grande potencial de aproveitamento energético.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) prevê a construção de mais 31 empreendimentos de energia solar, com o Leilão de Energia de Reserva 2014, feito em 31 de outubro. O leilão atraiu investimentos de R$ 7,1 bilhões, que serão utilizados também em empreendimentos de energia eólica. Esses empreendimentos terão capacidade instalada total de 889,6 MW e os de energia eólica, de 769,1 MW. Rio Grande do Norte e São Paulo foram destaque na oferta de projetos de energia solar.

Fonte: Jornal do Senado

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