O ano de 2012 registrou crescimento de 37% na realização de mamografias
na faixa prioritária – de 50 a 69 anos - em comparação com 2010, no
Sistema Único de Saúde (SUS). Os procedimentos somaram 2,1 milhões no
ano passado, contra 1,5 milhões em 2010. No total, o número de exames
realizados no último ano atingiu a marca de 4,4 milhões, representando
um crescimento de 26% em relação a 2010. Para estimular a detecção
precoce do câncer de mama, o Ministério da Saúde inicia campanha para
conscientização das mulheres sobre o tema (disponível no site), reforçando as ações do movimento Outubro Rosa.
O movimento popular Outubro Rosa é internacional. Em qualquer lugar do
mundo, a iluminação rosa é compreendida como a união dos povos pela
saúde feminina. Em Brasília, às 18h40 desta terça-feira (01), o prédio
Central do Ministério da Saúde e o Congresso Nacional serão iluminados
com luzes cor-de-rosa. O câncer de mama é a segunda causa de morte entre
mulheres. Somente no ano de 2011, a doença fez 13.225 vítimas no
Brasil. O rosa simboliza alerta às mulheres para que façam o autoexame
e, a partir dos 50 anos, a mamografia, diminuindo os riscos que aparecem
nesta faixa etária. Para que mais mulheres possam fazer o exame, o
Ministério da Saúde investiu, em 2012, R$ 92,3 milhões - um aumento de
17% em relação a 2011.
ASSISTÊNCIA
Em 2011, a presidenta Dilma Rousseff lançou o Plano Nacional de
Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de
Mama, estratégia para expandir a assistência oncológica no país.
Atualmente, o SUS tem 277 serviços na assistência oncológica que atendem
a 298 unidades hospitalares distribuídas nas 27 unidades da federação
para a detecção e tratamento de câncer em todo País. Com o investimento
do Governo Federal, mais de 3,6 milhões de sessões de radioterapia e
quimioterapia foram feitas pelo SUS, com investimento de R$ 491,8
milhões em 2012. As cirurgias oncológicas também representam a
preocupação com o combate contra a doença. No ano passado, foram
investidos R$ 16,8 milhões.
Para agilizar o acompanhamento dos serviços oncológicos em todo o País,
o Ministério da Saúde criou o Sistema de Informação do Câncer (Siscan).
O software, disponível gratuitamente para as secretarias de saúde,
permite o monitoramento do atendimento oncológico na rede pública por
meio da inserção e processamento de dados, gerido pelo Ministério da
Saúde. O sistema funciona em plataforma web e já tem a adesão dos 27
estados brasileiros, dos quais 17 já começaram a inserir os dados no
sistema. O prazo para substituição dos demais sistemas pelo
SISCAN termina janeiro 2014. A cobertura das informações também se
estenderá a todos os tipos de cânceres. Até o momento, o sistema já
recebeu mais de 104,3 mil requisições de exames, sendo 39,6 mil
referentes a mamogra fias.
Para este ano, o Ministério da Saúde instituiu a centralização da
compra do L-Asparaginase. Usado no tratamento de câncer, o medicamento
era comprado pelos serviços do SUS habilitados em oncologia. A medida
foi tomada após a empresa brasileira, que distribuía o medicamento,
comunicar ao governo federal a interrupção do fornecimento, vindo de uma
empresa estrangeira. A partir de 2015, o L-Asparaginase passa a ser
produzido no Brasil por meio de parceria entre a Fiocruz e os
laboratórios privados NT Pharma e Unitec Biotec firmada em junho. Assim,
o país fica livre de ser surpreendido pela suspensão da oferta por uma
empresa privada internacional sem atividades produtivas no País.
Sancionada pela presidente Dilma Rousseff, a Lei 12.732/12, conhecida
como Lei dos 60 dias, garante aos pacientes com câncer o início do
tratamento em no máximo 60 dias após a inclusão da doença em seu
prontuário, no SUS. O prazo máximo vale para que o paciente passe por
uma cirurgia ou inicie sessões de quimioterapia ou radioterapia,
conforme prescrição médica.
Sem comentários:
Enviar um comentário