sábado, 9 de fevereiro de 2019

PREJUDICANDO OS MAIS NECESSITADOS >> MP de Bolsonaro desmonta Previdência rural e penaliza trabalhadores

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Sob o pretexto de passar um "pente-fino" no INSS e de combater fraudes milionárias, a Medida Provisória (MP) 871, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, ameaça de morte a aposentadoria e demais benefícios dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. É o que alerta a secretária de Políticas Sociais da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Edjane Rodrigues. A entidade afirma que a iniciativa, diferentemente do que foi propagandeado pelo governo, serve apenas para penalizar os mais pobres, enquanto protege os grandes devedores da Previdência.

Considerada uma minirreforma, a MP não se preocupa, em parte alguma de seu texto, com a sustentabilidade do sistema previdenciário brasileiro. Mas, apresenta prazos curtos e condições inviáveis para a concessão e a manutenção de direitos dos agricultores e agricultoras familiares, como conta Edjane, que também coordena a pasta da Previdência Social Rural da entidade. Segundo ela, caso essa norma não seja revogada, milhares de benefícios serão suspensos e outros tantos deixarão de ser concedidos.

De acordo com a dirigente, um dos pontos críticos da medida versa sobre o Programa Especial de Análise de Benefícios. Quando instituído no governo Temer, o sistema versava sobre o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez. Agora, ampliado na MP 871, o programa também revisará as aposentadorias rurais, os auxílios reclusão, as pensões por morte e o benefício de prestação continuada (BPC).

Além de ser inconstitucional, já que medidas provisórias são para situações emergenciais, trabalhadores consideram a decisão do governo maliciosa, como explica a ativista. "O pente fino prometido pelo governo é em cima dos trabalhadores rurais, dos agricultores familiares. Não são essas pessoas que fraudam o INSS. E o que mais nos preocupa é que, quando esses trabalhadores forem notificados, terão apenas dez dias para que apresentem a comprovação de sua situação. Isso é um absurdo e infelizmente serão cancelados vários benefícios", lamenta.

Fonte: https://www.seapac.org.br/blog/mp-de-bolsonaro-desmonta-previd%C3%AAncia-rural-e-penaliza-trabalhadores

PRIVACIDADE NAS REDES SOCIAIS >> Alemanha restringe coleta de dados de usuários do Facebook no país

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A autoridade alemã para a promoção da concorrência (Bundeskartellamt) anunciou uma decisão que deverá ter impacto na forma como o Facebook (FB) coleta dados de usuários no país. Informações obtidas em outros aplicativos do grupo (como Instagram e Whatsapp), bem como de parceiros (como aplicações nas quais o usuário entra com sua conta no FB), só poderão ser coletadas e centralizadas pelo Facebook se houver consentimento do usuário.

Essa coleta em outras aplicações que não apenas o Facebook é uma precondição para o uso do próprio FB, prevista nas normas internas da plataforma, os chamados “termos e condições”. Assim, para instalar o aplicativo no celular ou para ter uma conta, o usuário acaba dando consentimento no “atacado” para que a empresa possa acessar todos esses registros.
Foi isso o que a autoridade alemã questionou. A decisão determina que, em cada um desses outros aplicativos, haja novos pedidos de autorização ao usuário. Ou seja, ao usar o Instagram, deverá aparecer uma solicitação de consentimento para que os dados coletados daquela pessoa no aplicativo possam ser usados para as atividades no Facebook.
Os registros obtidos por outros aplicativos, como o WhatsApp, terão de ficar restritos ao processamento no âmbito do próprio programa, sem repasse ao Facebook. Isso valerá também para aplicações de terceiros com os quais a empresa tenha acordos comerciais ou parcerias.
“A combinação de fontes de dados contribuiu substantivamente para o fato de o Facebook ter conseguido construir uma base de dados única para cada usuário e, assim, ter ganhado poder de mercado. No futuro, consumidores podem evitar que o Facebook colete e use seus dados de forma irrestrita”, afirmou o presidente da autoridade, Andreas Mundt.

Nota do Facebook

O Facebook divulgou nota em que discorda da decisão e informa que irá recorrer “para que as pessoas da Alemanha continuem a beneficiar-se plenamente de todos os seus serviços”. Na avaliação da empresa, a autoridade alemã aplica de forma errada a legislação nacional sobre concorrência e define regras diferentes voltadas para uma empresa.
“O Bundeskartellamt subestima a concorrência acirrada que enfrentamos na Alemanha, interpreta incorretamente nossa conformidade com o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) e subestima os mecanismos que a legislação europeia fornece para garantir padrões consistentes de proteção de dados em toda a União Europeia”, acrescenta o comunicado da companhia.

MANDATO PROPOSITIVO >> Deputada Federal Natália Bonavides apresenta propostas que visam proteger a previdência

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Protocolamos, hoje, quatro projetos de lei na Câmara Federal, todos referentes à proteção da previdência e da aposentadoria do povo brasileiro. Nossas proposições buscam acabar com a farra das grandes empresas que lucram fortunas e não pagam o que devem à Previdência Social, como por exemplo a Vale, responsável pela tragédia criminosa em Brumadinho.

As medidas consistem em permitir o confisco de bens dos sonegadores da previdência; possibilitar o bloqueio de bens durante o processo de execução fiscal; o fim da possibilidade de perdão e anistia para essas empresas e também o impedimento de que a punição em âmbito penal seja extinta quando a empresa apenas reconhece a dívida. Todas as medidas valeriam para empresas que devem mais de 10 milhões e são superavitárias. Ou seja: lucram e ao mesmo tempo devem à Previdência.
Estamos propondo alternativas e queremos medidas mais rígidas para as grandes empresas que devem à Previdência. Vamos lutar com vigor contra a proposta de reforma previdenciária do governo Bolsonaro, baseada em um modelo que já foi aplicado em outros países e que resultou no empobrecimento da população idosa.

SAÚDE & QUALIDADE DE VIDA >> Atividades físicas e sociais protegem cérebro de danos do Alzheimer

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Atividades físicas, sociais e de lazer praticadas por idosos e pacientes com doença de Alzheimer podem ajudar a preservar funções cognitivas e a retardar a perda da memória, mostra novo estudo desenvolvido na Universidade de São Paulo (USP) e na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Os estímulos promovem mudanças morfológicas e funcionais no cérebro, que protegem o órgão de lesões que causam as perdas cognitivas.
A descoberta foi feita por meio de um experimento com camudongos transgênicos, os quais foram alterados geneticamente para ter uma super expressão das placas senis no cérebro. Essas placas são uma das características da doença de Alzheimer. Os animais foram separados em três grupos: os transgênicos que receberiam estímulos, os transgênicos que não receberiam e os animais-controle que não têm a doença.
“Quando eles estavam um pouquinho mais velhos, por volta de 8 a 10 meses, colocamos parte desses animais em um ambiente enriquecido, que é uma caixa com vários brinquedos, e fomos trocando os brinquedos a cada dois dias”, explicou Tânia Viel, professora da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP e coordenadora do projeto.
O experimento durou quatro meses e, após esse período, eles foram submetidos à avaliação de atividade motora, por meio de sensores, e de memória espacial, com um teste chamado labirinto de Barnes. Os resultados mostram que os camudongos transgênicos que foram estimulados com os brinquedos tiveram uma redução de 24,5% no tempo para cumprir o teste do labirinto, na comparação com os animais que não estiveram no ambiente enriquecido.
Também foram analisados os cérebros dos camundongos. Ao verificar as amostras do tecido cerebral, os pesquisadores constataram que os animais transgênicos que passaram pelos estímulos apresentaram uma redução de 69,2% na densidade total de placas senis, em comparação com os que não foram estimulados.
Além da diminuição das placas senis, eles tiveram aumento de uma proteína que ajuda a limpar essa placa. Trata-se do receptor SR-B1, que se expressa na célula micróglia. O receptor faz com que essa célula se ligue às placas e ajude a removê-las. “Os animais-controle, sem a doença, tinham essa proteína que ajuda a limpar a placa, inclusive todo mundo produz essa proteína. Os animais com Alzheimer tiveram uma redução bem grande dessa proteína e os animais do ambiente enriquecido [que tiveram estímulos] estavam parecidos com os animais-controle”, explicou Viel.
A pesquisadora diz que o trabalho comprova hipóteses anteriores e que agora o grupo trabalha para ampliar a verificação em cães e seres humanos. Para isso, será necessário, inicialmente, descobrir marcadores no sangue que apontem a relação com a doença de Alzheimer.
“Em ratos, a gente analisa o cérebro e o sangue para ver se esses biomarcadores estão tanto no cérebro quanto no sangue. Quando a pessoa perde a memória, há algumas proteínas que aumentam no cérebro e outras que diminuem. Nos cães e nos seres humanos, a gente está vendo só no sangue”, justificou. Com a descoberta desses marcadores no sangue, será possível fazer experimentos similares ao do camundongo, com testes motores e de memória, para confirmar ou descartar as alterações em cães e seres humanos após os estímulos.
Para Tânia Viel, como não se sabe qual ser humano desenvolverá a doença, quanto mais aumentar a estimulação na vida dele, melhor vai ser para a proteção do cérebro. “É mudar a própria rotina. Muita gente fala que não teve tempo para fazer outras coisas, mas se a pessoa tiver condições e puder passear no quarteirão, já começa por aí, fazer uma atividade física e uma atividade lúdica, passear com cachorro, com filho, curso de idiomas, de dança. Isso ajuda a preservar o cérebro”, sugere.
O estudo foi publicado na revista Frontiers in Aging Neuroscience e recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.
Fonte: Agência EFE

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

PARA "SALVA A PÁTRIA" >> Styvenson troca Rede por Podemos a convite de senador citado na Lava Jato

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O senador Styvenson Valentim confirmou a saída da Rede Sustentabilidade para se filiar ao Podemos, partido do senador e ex-candidato à presidência da República Álvaro Dias, citado em delação premiada pelo ex-deputado federal Pedro Corrêa em meio às investigações da operação Lava Jato.

Álvaro Dias foi acusado de participar de uma articulação junto com outros parlamentares para barrar a CPI que apurava fraudes na Petrobras, aberta em 2009. 

Logo que a delação foi vazada para a imprensa, ele negou e disse que processaria o delator...

Brasil acima de tudo... Que vergonha!

Deputados do PSL de Bolsonaro NÃO ASSINAM em favor de CPI de Brumadinho, proposta pela deputada do PT, Beatriz Cerqueira. Por que será?

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VALE LER E DIVULGAR >> Carta de um Professor ao Ministro da Educação


Resultado de imagem para PROFESSOR ESCREVE CARTA AO MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Cansado das falas e ações do Ministro da Educação, um professor da UFMG redigiu uma carta para ele. 

Senhor Ministro,

Tomei conhecimento por diversos meios de comunicação que V. Exa. se referiu a brasileiros como sendo “canibais”, que roubam objetos de hotel e assentos salva-vidas de aviões. Senti-me pessoalmente ofendido com a fala de V. Exa. e imagino que a grande maioria dos brasileiros que tomaram conhecimento do fato estão igualmente indignados.

Sei que V. Exa. não nasceu no Brasil e muito me preocupa imaginar que os brasileiros que conheceu o tenham feito ter uma impressão tão negativa de nós. Preocupa-me ainda mais pensar que para compor sua equipe no Ministério da Educação V. Exa. tenha convidado os brasileiros que o fizeram ter essa imagem do nosso Povo. Ao que parece, além de não conhecer os brasileiros honestos que viajam a trabalho ou a lazer, V. Exa. não teve oportunidade de conversar e dar a devida atenção a brasileiros que jamais andarão de avião e nem se hospedarão em hotéis, por não terem recurso para isso. Garanto-lhe, Senhor Ministro, que são pessoas maravilhosas! V. Exa. deveria conhecê-las e trabalhar arduamente para dar a elas educação gratuita e de qualidade, garantir a elas o direito de estudar numa Universidade, ao invés de dizer que o ensino superior deve ser para uma “elite”. V. Exa. acha que tem o direito de dizer quem faz ou deve fazer parte da “elite” intelectual deste País? Se se dedicasse a conhecer de verdade os brasileiros, conversando também com as pessoas mais pobres, V. Exa. iria se surpreender e se encantar com nosso Povo, iria descobrir que há pessoas não alfabetizadas que são muito mais inteligentes do que Ministros de Estado. Não confunda, Senhor Ministro, “escolaridade” ou “poder econômico” com “inteligência”.

Fiz essa introdução, Senhor Ministro, antes de dizer que sou servidor público, professor universitário concursado, e que isso muito me orgulha. Como servidor, cabe-me ensinar a V. Exa., caso ainda não saiba, que temos o Código de Ética Profissional do Servidor Público Federal, Decreto n. 1171 de 22 de junho de 1994. No referido Decreto é citado que “(...) Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral (...)”. No mesmo Decreto consta como um dos deveres fundamentais do servidor público:

(...) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral(...).

Na minha modesta avaliação, V. Exa. está causando dano moral a todos nós brasileiros e demonstrando não ter nem preparo nem dignidade para assumir o nobilíssimo cargo de Ministro de Estado da Educação. Não o conheço, Senhor Ministro, mas caso seja do tipo de pessoa que tem arroubos autoritários, cabe-me citar mais um dos deveres fundamentais do servidor público, citado no Decreto n. 1171, que é “(...) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal”. Escrevo, portanto, sem nenhum temor, pois estou agindo em defesa do Povo brasileiro que foi ofendido por V. Exa. Cabe a mim essa atitude como servidor público. É esse Povo de quem V. Exa. tem uma imagem tão deturpada que paga nossos salários, é a ele que devemos dar satisfação, é para ele que devemos trabalhar, é dele que devemos cuidar.
É sempre tempo de aprender, Senhor Ministro. Desejo que V. Exa. tenha humildade para aprender algo ao ler esta carta escrita por um servidor público vinculado ao Ministério da Educação. Espero também que outros servidores públicos a leiam e que não se intimidem por superiores hierárquicos que não honram o cargo que ocupam.

Atenciosamente,

Valter Lúcio de Pádua
Universidade Federal de Minas Gerais
Professor do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental

Belo Horizonte, 3 de fevereiro de 2019.

FRANCISCO DO PT REBATE CRÍTICAS INFUNDADAS AO GOVERNO >> “Fátima nunca disse que salário atrasado é dívida de Robinson”

image.pngA primeira sessão do ano legislativo estadual já mostrou como serão os próximos quatro anos para o Governo Fátima. Diferente das gestões de Rosalba Ciarlini (DEM) e Robinson Faria (PSD), onde havia uma oposição café com leite, o primeiro governo do Partido dos Trabalhadores no Rio Grande do Norte vai enfrentar os adversários de frente, sabendo quem são. Com pouco mais de 30 dias de governo, a oposição já tenta faturar politicamente em cima da questão do atraso dos salários. 
O caso do suposto caixa de R$ 400 milhões que teria sobrado em janeiro e motivou uma ação na Justiça apresentada pelo Solidariedade e assinada pelo advogado Fábio Dantas, vice-governador até 31 de dezembro de 2018, dá o tom de como o assunto será levado na Casa legislativa. O Governo divulgou uma planilha oficial desmentindo a história e evitou o desgaste

A polêmica está assentada na estratégia adotada pela governadora Fátima de voltar a pagar os salários do funcionalismo dentro do mês trabalho e quitar a dívida de aproximadamente R$ 1 bilhão com os servidores – herdada da gestão Robinson – a partir dos recursos extras que entrarem no fluxo de caixa do tesouro estadual.

Na primeira sessão, os embates foram quentes e com cobranças de ambos os lados. O deputado Francisco do PT rebateu os ataques da oposição sobre supostas declarações de Fátima relacionadas aos salários atrasados.

– A governadora Fátima não considera os salários atrasados como dívida de Robinson. Ela nunca disse isso em lugar nenhum. A governadora conversou conosco. (Essa informação) não condiz com a realidade da trajetória de vida e política da governadora Fátima. Ela nunca tratou a coisa pública de forma patrimonialista. Não é possível que com um mês de governo algumas pessoas achem que a governadora vai dar resposta a esse caos do Rio Grande do Norte”, afirmou.

Ex-prefeito de Parelhas por oito anos, Francisco lembrou que as receitas federais não são fixas, pois variam de acordo com a economia e a inflação.

– Eu fui prefeito 8 anos e sei o que é muitas vezes se encantar com as receitas do primeiro mês e esquecerem que tem todo um ano pela frente. As receitas não são fixas, mas sazonais. Se o gestor público não tiver o cuidado, pode gastar tudo no começo do ano e não ter recursos no final. Isso é básico”, disse.

FPE tem queda em relação à janeiro

Nesta quinta-feira (7), o secretário de Estado do Planejamento e das Finanças Aldemir Freire anunciou pelo twitter uma queda de R$ 2,3 milhões no valor da primeira parcela dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) em comparação à janeiro 

– A secretaria do Tesouro Nacional divulgou quarta-feira (21) os valores da 1ª parcela do FPE a ser repassada amanhã. O Governo do Estado irá receber R$ 298,3 milhões. Comparada à primeira parcela de fevereiro de 2018 ocorrerá uma queda de R$ 2,3 milhões (-0,8%). Se levarmos em consideração a inflação a queda será de 3,8%”, afirmou.

POVOS INDÍGENAS >> Dia Nacional de Lutas: 13o Encontro em Memória de Sepé Tiaraju reafirma resistência às políticas do governo Bolsonaro

POR CIMI REGIONAL SUL
Durante a Guerra Guaranítica (1753-1756), o Guarani Sepé Tiaraju liderou uma das principais revoltas contra a dominação colonizadora das coroas da Espanha e Portugal. O conflito foi uma consequência do Tratado de Madrid (1750), onde em uma negociação as fronteiras entre o território colonial espanhol e português, na América do Sul, foram redesenhadas. Os Guarani das missões jesuíticas se opuseram aos limites definidos e foram à guerra sob o eco da voz de Sepé: “Esta terra tem dono!”. A batalha levou três anos, com milhares de mortos entre os indígenas. Sepé tombou em 7 de fevereiro de 1756, durante um dos confrontos nas terras que hoje formam o Rio Grande do Sul. Pouco depois, em maio, a guerra acabou e os europeus saíram vitoriosos.
Para fazer memória e celebrar a resistência dos povos indígenas, o dia 7 de fevereiro foi sancionado, pela Presidência da República, como o Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas (Lei nº 11.696, de 12 de Junho de 2008). Portanto, nesta quinta-feira, dia 7, os povos indígenas reafirmam sua resistência e luta voltando às palavras de Sepé Tiaraju: “Esta terra tem dono!”. O grito, que hoje mobiliza não só os Guarani, mas todos os povos do país, também é lembrado, há 13 anos, pelas reuniões anuais do Encontro em Memória de Sepé Tiaraju.
Sempre com encerramento programado para o dia 7 de fevereiro, este ano o encontro ocorreu na Terra Indígena Mbya Guarani Para Roke, em Rio Grande (RS). Conforme o documento final do encontro, “de Rio Grande  os Guarani estão em sintonia com as lutas e mobilizações que acontecem em todo o Brasil pela garantia dos direitos as demarcações das terras, as diferenças étnicas e culturais e a de serem sujeitos de direitos, todos consagrados como direitos fundamentais na Constituição Federal em 1988”.
Leia na íntegra:
DOCUMENTO FINAL DO 13º ENCONTRO EM MEMÓRIA DE SEPÉ TIARAJU
Entre os dias 05 a 07 de fevereiro, na Terra Indígena Mbya Guarani Tekoha Pará Roke, no município de Rio Grande, RS, nos reunimos para a realização do 13º Encontro em Memória de Sepé Tiaraju, que foi morto pelos brancos, quando fazia a defesa do território de nosso povo. Desde Rio Grande, RS, estamos em sintonia com as lutas e mobilizações que acontecem em todo o Brasil. Essas lutas são pela garantia dos nossos direitos: a demarcação de nossas terras, de nos manifestarmos de acordo com nossas culturas, que sejam respeitadas as diferenças étnicas e religiosas e de sermos reconhecidos como cidadãos, sujeitos de direitos. Todos esses direitos foram consagrados na Constituição Federal de 1988, como direitos fundamentais.
De Rio Grande os nossos pensamentos, os nossos olhares e os espíritos dos mais de 200 Xeramoi, Xejaryi, Karai, Kunhã Karai, Caciques, homens e mulheres, crianças e jovens se unem a todos os povos do Brasil, numa única sintonia para combater as propostas do governo brasileiro de aniquilar os nossos direitos. Um governo que pretende dificultar ainda mais a aplicação da Constituição Federal, que nos assegura a terra como um bem originário. E, se hoje, não estamos em alguns dos espaços que reivindicamos é porque nos expulsaram, nos perseguiram, nos violentaram física, cultural e espiritualmente.
Por ocasião deste encontro, em Memória de Sepé Tiaraju, nos manifestamos contra as seguintes propostas do governo brasileiro:
– contra a Medida Provisória 870/2019, que transfere os poderes da Funai, de demarcar e proteger as terras indígenas, para o Ministério da Agricultura, instituição que representa os interesses dos fazendeiros, de deputados e senadores ruralistas;
– contra a transferência da Funai – Fundação Nacional do Índio – do Ministério da Justiça para o Ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos, porque neste ministério o órgão indigenista estará esvaziado de suas funções. Dele foram retiradas as suas principais atribuições, de demarcar as terras, protegê-las, fiscalizá-las e fazer com que seja respeitado o seu usufruto exclusivo por nossas comunidades e não por invasores;
– contra o arrendamento de terras ou qualquer outra proposta que tenha por objetivo transferir a posse ou uso das nossas áreas para os brancos, fazendeiros, colonos, garimpeiros, madeireiros e mineradores;
– contra a municipalização da política de atenção à saúde dos povos indígenas, porque vai romper com a possibilidade de que tenhamos uma assistência diferenciada e de que haja nossa participação em todas as etapas da política, desde o planejamento até a sua execução nas comunidades;
– contra as medidas que visam a criminalização das nossas lideranças e de nossos aliados que lutam pela defesa e garantia dos direitos à terra e às políticas públicas diferenciadas;
– contra as medidas que visam inviabilizar o acesso a política de educação escolar bilíngue e diferenciada para os povos indígenas e que as regras atuais sejam mantidas e cumpridas tanto em âmbito estadual como federal;
– contra as teses do marco temporal e do renitente esbulho, pois com elas se pretende negar e impedir nosso direito à demarcação das terras. Essas teses visam apenas resguardar os interesses dos fazendeiros, das mineradores, dos deputados e senadores da bancada ruralista;
– contra as medidas políticas e jurídicas que pretendem impedir que possamos viver de acordo com nossas culturas, costumes, crenças e tradições e que nosso modo de ser seja respeitado, inclusive pelo Poder Judiciário dos brancos que sempre nos excluem dos processos que nos afetam, ou nos criminalizam sem respeitar nossas regras e leis internas.
Nós lideranças Mbya Guarani exigimos que o governo brasileiro:
– Respeite os diferentes povos de nosso país, cada um com suas culturas, costumes e tradições;
– retome de forma imediata a demarcação de nossas terras e sejam respeitadas e protegidas todas aquelas que foram demarcadas por governos anteriores;
-respeite o nosso direito de consulta livre, prévia e informada (Convenção 169 da OIT) quando planejarem projetos e empreendimentos que afetem nossas comunidades e quando estes forem irreversíveis que nossas comunidades sejam devidamente compensadas;
-fiscalize e proteja as nossas terras de invasores e puna todos aqueles que entram nas nossas áreas causando degradação e destruição do meio ambiente, tais como pescadores, madeireiros, fazendeiros, turistas;
-regularize todas as terras em demarcação e também todas aquelas que foram concedidas pelos governos estaduais ou municipais para o nosso usufruto exclusivo, assegurando as nossas comunidades o direito de nelas viver de modo seguro e tranquilo;
– mantenha o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, como previsto em lei, e que a Secretaria Especial de Saúde Indígena seja fortalecida;
– assegure que a política de educação escolar indígena seja diferenciada, bilíngue respeitando a diversidade de povos e culturas em nosso país;
– assegure e fortaleça as políticas de acesso e permanência de estudantes indígenas no ensino superior, garantindo o ingresso, permanência e formação adequada, respeitando todas as diferenças culturais.
Tekoha Pará Roke, RS, 07 de fevereiro de 2019, dia de Sepé Tiaraju.

CINEMA E CIDADANIA >> Sindicato quer discutir o lugar social da mulher com exibição da peça “Mulheres Invisíveis”


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Professor, o Núcleo de Direitos Humanos do ADURN - Sindicato preparou uma sessão especial do espetáculo “Mulheres Invisíveis” para você. Participe!
🎫 Entrega de senhas para docentes sindicalizados, de 18 a 21 de fevereiro, na sede do ADURN-Sindicato, no horário das 8h às 12h e das 14h às 18h, ou enquanto durar o lote.
*Cada docente sindicalizado terá direito a um par de senhas. Os ingressos são limitados.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

ATUAÇÃO PARLAMENTAR >> Buscando contribuir para o desenvolvimento do setor econômico


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Foto: Vinícius Borba
O senador Jean Paul Prates (PT-RN) foi convidado a integrar a Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa como vice-presidente do grupo, um dos mais atuantes do Congresso Nacional. “Fico honrado com o convite porque sei que esse setor é o que mais emprega em todo o país”, disse o parlamentar. A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) também está na frente.
Presidente da frente parlamentar até 2018, quando ainda era deputado, o agora senador Jorginho Mello (PR-SC) volta a liderar o grupo. Ele protocolou requerimento no Congresso para reativar a frente, que batalha pela redução da carga tributária e da desburocratização aos pequenos negócios no país. O senador catarinense colocou a bandeira dos micro e pequenos negócios como carro-chefe de seu mandato.

Na legislatura anterior, a frente parlamentar brigou no Congresso até conseguir aprovar o projeto que aumentou o limite de faturamento para as empresas continuarem se enquadrando no Simples Nacional. O grupo também foi responsável pela inclusão de diversos setores no programa e conseguiu reduzir a alíquota de tributação para ampliar a geração de emprego e renda nos estados e municípios.
A frente foi responsável pela aprovação do Refis, a lei de parcelamento dos débitos tributários para o segmento, permitindo que 600 mil micro e pequenas empresas continuassem funcionando e mantivessem 2,4 milhões de empregos no Brasil. Atualmente, os pequenos negócios representam 97% de todas as empresas brasileiras. O setor é responsável por 52% dos empregos gerados e movimenta 27% do PIB.

O COISO AGINDO >> Bolsonaro acaba aposentadoria especial dos professores e torna obrigatória a contagem de pontos!

Antes de se internar para nova cirurgia, Bolsonaro tratou com sua equipe econômica de todos os detalhes da reforma da previdência. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo Jair Bolsonaro (PSL) criou projeto de reforma da previdência que na prática acaba a aposentadoria especial dos professores. Pelas regrais atuais, docentes se aposentam com cinco anos a menos de contribuição à previdência em relação aos demais trabalhadores. É uma forma de minimizar o enorme desgaste do exercício dessa profissão. 
Agora - pelo que está no projeto exposto no site do Estadão - professores terão que cumprir no mínimo 40 anos de sala de aula para ter direito à aposentadoria integral. E só poderão ir para casa a partir de idade mínima de 60 anos. Não é aposentadoria aos 60 anos. É aposentadoria a partir dessa idade, ou seja, pode chegar a 70, 75 ou mais. Vote na enquete ao final da matéria e diga se é contra ou a favor dessa reforma.
Pontos
Pela regra de transição anunciada, a partir de 2020 professores terão obrigatoriamente também que somar pontos para adquirir o direito de se aposentar. Para o cálculo, soma-se idade + tempo de contribuição. Professoras começam com 81 pontos. E professores com dez a mais, ou seja, 91 pontos.
Exemplo
Caso a reforma seja aprovada, se uma professora  avaliar que em 2020 adquiriu o direito de se aposentar ela terá que estar dentro desse critério de pontuação. Se tiver, por exemplo, 51 anos de idade, terá que ter no mínimo 30 de contribuição. Ou seja, iniciou na sala de aula aos 20 anos e não deixou de contribuir em nenhum mês. O mesmo raciocínio vale para o professor, só que com dez anos a mais no somatório idade + contribuição, isto é, de forma piorada em relação à mulher.
Pontuação aumenta até o limite de 100
A cada ano que passa, somatório cresce um ponto até o limite de 100. Nesse limite de 100, se uma professora que tem 60 anos de idade quiser se aposentar, terá que ter contribuído por 40 anos. O mesmo valerá para o professor. Quarenta anos, aliás, é o tempo mínimo de contribuição previsto na reforma para quem quiser aposentadoria integral. 
Aposentadoria integral (quase) impossível
Ao final da regra de transição, só terá aposentadoria integral quem contribuir por no mínimo 40 anos para a previdência. No caso de uma professora ou professor da rede pública que tenha iniciado na sala de aula aos 25 anos de idade, somente aos 65 conquistará uma aposentadoria integral. Ou seja, 40 anos de sala de aula. Caso queira se aposentar com a idade mínima de 25 anos de contribuição (atualmente é 15), só leva 60% do salário.

PATRULHAMENTO >> Polícia Ambiental de Caicó prende indivíduos armados no Pico do Cabugi


Segundo o que nos foi repassado pelo Ten Rafael Victor, Cmte. da CIPAM em Caicó, no último sábado, dia 2 de Fevereiro, uma guarnição da CIPAM de Caicó, foi fazer um patrulhamento no Pico do Cabugi área pela qual é responsável, e deparou - se com dois indivíduos em atitude suspeita e resolveram fazer uma abordagem nos mesmos.
Com eles foi encontrado um revólver com oito munições intactas, um capuz preto, celulares e uma pequena porção de droga tipo maconha. Também foi verificado que a moto em que andavam estava sem placa e com a numeração do Chassi raspada. A foto acima mostra o revólver e munições apreendidos pela CIPAM de Caicó com suspeitos de assalto.
Os dois suspeitos detidos foram conduzidos para delegacia para os procedimentos cabíveis.


NOTA DO PARTIDO DOS TRABALHADORES >> Lava Jato ataca Lula temendo o Nobel da Paz

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Mais uma vez, a Lava Jato condenou Lula sem culpa, sem provas e sem mesmo descrever um crime que ele tivesse cometido. A primeira condenação injusta e ilegal, no caso do tríplex, serviu para impedir que Lula voltasse a ser eleito presidente da República pela vontade do povo. A nova condenação, também injusta e ilegal no caso de Atibaia, vem no momento em que Lula é indicado ao Prêmio Nobel da Paz por mais de meio milhão de apoiadores. Mais uma vez, o Judiciário age contra Lula por razões políticas, agora tentando influir sobre a opinião pública internacional.

A maioria da sociedade brasileira e a comunidade internacional sabem que Lula é um preso político em nosso país. Foi proibido de ser candidato, de participar de debates e comícios de nosso partido, o PT. Foi impedido de dar entrevistas, de escolher seus advogados e até de receber assistência religiosa. Foi proibido de comparecer ao funeral do irmão mais velho. Suas cartas e mensagens são censuradas na Globo e na grande imprensa.
Mas Lula está vivo no coração e na memória do povo pobre e trabalhador do Brasil. Está viva na memória da comunidade latino-americana que vinha atuando de forma soberana diante de interesses estranhos nos últimos anos. É por isso que os juízes, a imprensa, o mercado e os poderosos do Brasil e de fora fazem de tudo para tentar apagar essa lembrança. É por isso que fazem de tudo para mudar a imagem de Lula; para transformar o maior presidente da história do país, que deixou o governo com 87% de aprovação, em um condenado por crimes que jamais cometeu.
A defesa de Lula provou que ele jamais foi dono, usuário ou herdeiro do tal tríplex do Guarujá. Os documentos comprovam que o imóvel sempre pertenceu à OAS Empreendimentos, que inclusive o deu em hipoteca para operações financeiras. A defesa comprovou que o sítio de Atibaia pertence à família Bittar, amiga de Lula há mais de 40 anos. E a Lava Jato jamais provou que qualquer destes imóveis tenha relação com contratos entre a OAS e a Petrobrás. Nos dois casos, Lula foi condenado por razões políticas, sem provas, “por convicções”.
Os mesmos delegados, promotores, juízes e desembargadores que condenaram Lula – depois de quebrar ilegalmente seus sigilos fiscal, bancário e telefônico, depois de lhe impor uma condução coercitiva ilegal e vazar clandestinamente suas conversas com a então presidenta da República, Dilma Rousseff – exercem hoje altos cargos no governo de Jair Bolsonaro. Prender Lula e impedir sua candidatura foi essencial para que chegassem ao poder, com a cumplicidade da cúpula do Poder Judiciário, que se omitiu, postergou ou acolheu as ilegalidades contra Lula.
Estes mesmos atores, que exercem contra Lula uma vingança política sem precedentes na história do Brasil, são completamente omissos em relação às graves denúncias sobre a fábrica de mentiras no submundo da internet, sustentada por caixa 2 e inteligência estrangeira na campanha de Bolsonaro; sobre os desvios criminosos de dinheiro nos gabinetes da família presidencial; sobre o financiamento ilegal de campanhas do chefe da Casa Civil e do ministro do Turismo; sobre a enxurrada de denúncias contra o novo governo.
Vamos repetir para sempre: Lula é um preso político. Não cometeu nenhum crime. Não teve um julgamento justo. Vamos levar essa denúncia a todas as instâncias internacionais, como é o caso do Comitê de Direitos Humanosda ONU, que deve pronunciar sua decisão em abril. Vamos lutar pela verdade, porque a verdade sempre vencerá.

DESMONTE DAS POLÍTICAS SOCIOAMBIENTAIS >> Anatomia do desmonte das políticas socioambientais

Há pouco mais de um mês no poder, o novo governo brasileiro promove radicais mudanças em sua estrutura que abrem lacunas e desmontam políticas socioambientais que, construídas ao longo das últimas décadas, consolidaram importantes avanços e conquistas para os direitos humanos, dos povos indígenas, comunidades tradicionais e para a proteção do meio ambiente. Estas mudanças incluem a transferência do processo de demarcação de Terras Indígenas, previsto na Constituição, do Ministério da Justiça para o Ministério da Agricultura. Na avaliação do ISA, trata-se de um grave erro.

Nas últimas semanas publicamos três reportagens que apresentam um detalhado raio-X das mudanças promovidas pelo governo Bolsonaro e seus impactos nas políticas ambientais e nos direitos dos povos indígenas e das comunidades quilombolas. Confira abaixo e entenda o que está em jogo.
Na semana passada os povos indígenas e seus aliados foram às ruas e se fizeram ouvir, exigindo as garantias de seus direitos originários à terra, à diversidade e a convivência pacífica na sociedade brasileira.Os atos, organizados pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), ocorreram em quase 60 cidades no Brasil, em 22 Estados e no DF, além de mais oito países. Saiba mais sobre as manifestações.
Temos que permanecer unidos e mobilizados contra os retrocessos. Os povos da floresta e o meio ambiente precisam de todos!
Recebido via e-mail de relacionamento@socioambiental.org