sábado, 10 de novembro de 2018

DESTAQUE >> Jean Paul Prates realiza palestra nos EUA antes de assumir o Senado pelo RN

O consultor de energia e futuro senador  pelo Rio Grande do Norte Jean Paul Prates (PT) realiza palestra nesta sexta-feira (9), em Columbia (EUA) sobre o futuro da energia alternativa no Brasil e as perspectivas no Senado. 
O evento acontece na Columbia University.
Prates assumirá uma vaga no Senado aberta pela governadora eleita do Rio Grande do Norte Fátima Bezerra (PT).
Columbia reúne importantes centros de estudos sobre América Latina, é um dos principais berços do pensamento progressista americano que conquistou grande vitória terça-feira na ocupação da maioria democrata na Câmara dos Deputados dos EUA.

NATÁLIA BONAVIDES SEMPRE EM AÇÃO >> Articulando parcerias na Câmara Federal na bisca por ações afirmativas

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A Deputada Federal Natália Bonavides (PT/RN), 2ª mais votada no pleito desse ano esteve com as futuras colegas de trabalho, as deputadas federais eleitas pelo PSOL, Talíria Petrone (RJ), Sâmia Bomfim (SP) e Fernanda Melchionna (RS). 
"Participamos do encontro promovido pelo Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA), junto com a International Women's Health Coalition (IWHC - Coalização Internacional para a Saúde das Mulheres), para dialogar sobre os direitos das mulheres no contexto pós-eleitoral no Brasil." 
A deputada federal Erika Kokay, do PT (DF), também esteve presente. Estaremos juntas na resistência no Congresso Nacional!

Fonte: Página da Deputada 
Natália Bonavides no Facebook

DEVEDORES >> Vinte empregadores no RN devem mais de R$ 160 milhões de FGTS



O maior devedor de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) no Rio Grande do Norte é a Prefeitura de São Gonçalo do Amarante, com um débito que supera os R$ 30 milhões (R$ 30.380.750,91). São José de Mipibu aparece em segundo lugar, com R$ 23 milhões negativos, seguida pela Imobiliária Vale do Ceará Mirim, que deve mais de R$ 13 milhões de FGTS e acumula R$ 150 milhões quando soma outras dívidas trabalhistas.
O ranking de maiores devedores do Fundo de Garantia segue com outras seis prefeituras: Pau dos Ferros (R$ 10.452.968,03), Macau (R$ 9.091.123,33), João Câmara (8.750.659,63), Nova Cruz (8.318.226,82), Pedro Velho (7.343.748,70), Tangará (6.327.318,29).
Na décima posição está a Empercom, com R$ 6.295.124,63. Prefeituras de Ipanguaçu (R$ 5.830.105,68), Apodi (R$ 4.354.592,97) e Extremoz (R$ 4.208.010,77) surgem na sequência. Juntos, os vinte maiores devedores (tabela) somam um débito de FGTS igual a R$ 160.533.682,59.
Os dados foram consultados pela Agência Saiba Mais nesta quinta-feira (8) na lista pública da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), onde aparecem 3.270 registros com esse tipo de dívida no estado.
O FGTS deve ser depositado pelo empregador até o dia 7 de cada mês em conta bancária vinculada, o equivalente a 8% da remuneração do trabalhador e não pode ser descontado do salário. Para os contratos de aprendizes, o percentual é de 2%.
No Brasil, a maior devedora de FGTS é a Viação Aérea RioGrandense, que decretou falência em 2010 e acumula ainda um negativo de R$ 683 milhões correspondentes a esse direito dos trabalhadores.
Confira 20 maiores devedores de FGTS no RN:
Ministério do Trabalho recolhe mais de R$ 21 milhões sonegados no RN
Prestes a ser extinto, o Ministério do Trabalho divulgou o recolhimento de mais de R$ 4,1 bilhões para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por meio de autuações realizadas pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) nos três primeiros trimestres de 2018. Só no Rio Grande do Norte, o valor recolhido foi de R$ 21.121.249,21.
O resultado geral é 19% superior ao alcançado no mesmo período de 2017 – que totalizou R$ 3,43 bilhões de FGTS e de Contribuição Social – e 53 % superior ao valor de R$ 2,67 bilhões, arrecadado no mesmo período em 2016.
Veja o total recolhido por estado:
  • Acre: R$ 11.011.704,36
  • Alagoas: R$ 73.663.291,78
  • Amazonas: R$ 34.733.802,30
  • Amapá: R$ 2.806.568,84
  • Bahia: R$ 128.101.389,76
  • Ceará: R$ 53.606.414,18
  • Distrito Federal: R$ 64.973.211,39
  • Espírito Santo: R$ 55.571.814,42
  • Goiás: R$ 43.530.289,36
  • Maranhão: R$ 57.732.608,89
  • Minas Gerais: R$ 191.568.854,83
  • Mato Grosso: R$ 53.625.323,02
  • Mato Grosso do Sul: R$ 36.528.260,88
  • Pará: R$ 63.895.154,42
  • Paraíba: R$ 33.566.502,12
  • Pernambuco: R$ 69.578.031,22
  • Piauí: R$ 23.674.674,08
  • Paraná: R$ 183.629.779,51
  • Rio de Janeiro: R$ 381.103.435,05
  • Rio Grande do Norte: R$ 21.121.249,21
  • Rondônia: R$ 7.695.539,97
  • Roraima: R$ 2.343.298,59
  • Rio Grande do Sul: R$ 264.568.855,89
  • Santa Catarina: R$ 134.386.742,95
  • Sergipe: R$ 33.654.668,96
  • São Paulo: R$ 674.560.265,01
  • Tocantins: R$ 4.907.697,25
Alerta
O trabalhador pode acompanhar o recolhimento do seu FGTS online.  Se identificar que a empresa não realizou o recolhimento do FGTS, ele pode entrar em contato com a empresa para o dinheiro ser depositado de imediato; procurar as Superintendências Regionais do Trabalho e formular uma denúncia formal; ou ainda acionar a Justiça do Trabalho.
A partir de novembro de 2019, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a prescrição do FGTS passará a ser de cinco anos, em vez dos 30 anos atuais, o que significa que o trabalhador deve ficar sempre alerta porque terá menos tempo para reclamar.
Se a empresa faliu ou não existe mais, é preciso entrar com uma ação na Justiça do Trabalho para requerer o pagamento do FGTS devido. Outra forma de resolver a situação é procurar o sindicato da categoria ou o Ministério Público do Trabalho.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

AGRICULTURA FAMILIAR NA EXPOTEC LAJES >> Campus do IFRN/Lajes incentiva a organização da Feira da Agricultura Familiar

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Logo mais, a partir das 8:00 horas, no Campus do IFRN Lajes, dentro da programação dessa 1ª Expotec, teremos também uma Feira da Agricultura Familiar, visando difundir essa prática como essencial para a sustentabilidade e mostrando a importância dessa prática para a Economia Solidária e para uma produção e consumo mais saudáveis.

Essa ação é uma parceria do IFRN Campus Lajes com a SEMAGMA (Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente) e que tem por objetivo incentivar e mobilizar os agricultores familiares para a produção orgânica e para o desenvolvimento sustentável.

Venha conferir e adquirir produtos orgânicos e de excelente  qualidade.

Contamos com a presença de todos!

ANÁLISE SOCIAL >> Os riscos da redução da maioridade penal defendida por Bolsonaro


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Especialistas comentam o debate e os possíveis impactos nos índices de violência do país  
“Pode ter certeza que reduzindo a maioridade penal, a violência tende a diminuir", declarou Jair Bolsonaro à TV Bandeirantes após o final do segundo turno.
O presidente eleito afirmou também que se dependesse de sua vontade a idade penal seria reduzida para 14 anos. Como acredita que a medida não será aprovada, propôs uma redução gradativa começando com 17 anos.
O debate sobre a idade penal volta a ganhar espaço com a eleição do ex-militar, mas está longe de ser uma proposta nova. Sob comando do ex-deputado Eduardo Cunha, atualmente preso por corrupção, a Câmara aprovou em dois turnos a redução da maioridade penal para 16 anos em 2015. 
Quando o projeto seguiu para a apreciação do Senado, acabou sendo encostado diante da oposição da maioria da Casa. Com a nova configuração ainda mais conservadora do Congresso, e o apoio direto do presidente eleito, a pauta pode voltar à tona. 
A relação feita por Bolsonaro entre a idade penal e os índices de violência, no entanto, não é confirmada pelo levantamento ”A redução da maioridade penal diminui a violência? Evidências de um estudo comparado”, realizado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
De acordo com a conclusão dos pesquisadores Rodrigo Lins, Dalson Figueiredo Filho e Lucas Silva não há sinais de que haja um impacto positivo da redução da maioridade penal nos índices de violência.
Para chegar a esse resultado, o estudo levou em conta as taxas de homicídio por 100 mil habitantes de países com diferentes idades de maioridade penal e responsabilização penal. Na média, essas idades correspondem a 18 e 11 anos, respectivamente. O Brasil se aproxima da tendência global, com maioridade penal de 18 anos e responsabilização penal de 12 anos.
Não é só Jair Bolsonaro que apoia a redução. De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto DataFolha em janeiro de 2018, 84% dos brasileiros são a favor da mudança.
Rafael Custódio, coordenador do programa de justiça da ONG Conectas Direitos Humanos, acredita que esse resultado pode ser explicado por uma sensação de impunidade. No entanto, aponta que essa não é a realidade.
“É importante a gente quebrar essa falsa premissa de que não há responsabilização. Ela existe, mas ela é diferenciada”, explicou.
No Brasil, infratores menores de 18 anos estão sujeitos ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que prevê medidas socioeducativas no lugar do encarceramento do sistema penal adulto. Entre essas medidas está a internação, que pode variar entre 45 dias e três anos.
Custódio afirma que a falta de punição não se sustenta ao observar o sistema criado pelo ECA e por isso classifica o debate acerca do tema como falso.“Pelo que a gente conhece da realidade do sistema de Justiça socioeducativo, a internação do adolescente, o equivalente à sua prisão, é regra. Ou seja, mesmo atos infracionais mais leves são punidos pela internação, que é a punição mais séria”
Recordes brasileiros
De acordo com o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, entre 2006 e 2016 a população carcerária do Brasil dobrou, enquanto a população geral cresceu aproximadamente 10%. Ao alcançar a marca de 726 mil presos, o Brasil passou a ocupar o 3º lugar no ranking mundial de população carcerária, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.
Dados do Atlas da Violência apontam que nesse mesmo período a taxa de homicídios subiu 25%, batendo recorde em 2016 com 30 assassinatos por 100 mil habitantes. “Se prisão resolvesse alguma coisa nós deveríamos ser um país muito mais seguro”, comenta Custódio.
O sistema prisional brasileiro atravessa problemas históricos, como a superlotação e o alto índice de reincidência criminal. De acordo com dados do Conselho Nacional do Ministério Público do primeiro trimestre de 2018, a taxa de ocupação do sistema prisional atingiu 162,41%. Com capacidade para 31.463 pessoas, o Brasil aprisiona hoje 671.520.
Informações divulgadas pelo Conselho Nacional de Justiça em 2015 revelam que 1 em cada 4 condenados volta a cometer crimes. A pesquisa foi feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e levou em consideração os dados de indivíduos que voltaram a ser condenados num prazo de cinco anos. Índices de reincidência mais altos são revelados por pesquisas que levam em consideração também os presos provisórios.
Nesse cenário, Rafael Custódio aponta que inserir menores de idade no sistema penal adulto contribuiria para que a violência aumentasse ao invés de diminuir. “O Brasil criou um sistema carcerário que viola direitos, não recupera ninguém e só produz mais violência. Diante da realidade nós queremos trazer os adolescentes para essa lógica? Não faz sentido.”
Heloisa de Souza Dantas, mestre em Psicologia Comunitária pela Michigan State University, também afirma que a redução da maioridade penal não é o caminho para combater a violência. Além de investimentos em educação e saúde, a psicóloga defende que a sociedade deve mudar o tratamento dado a esse assunto. “É um país que precisa olhar os adolescentes como seus filhos e não como inimigos.”
Cortina de fumaça
Os dois especialistas entrevistados por CartaCapital são contra a PEC 33/2012, que prevê a redução da maioridade penal em caso de crimes hediondos. Heloisa de Souza argumenta que os adolescentes não devem ser inseridos na lógica penal adulta, pois o efeito poderia ser o contrário do esperado pela população que apoia a mudança. “Se você coloca um adolescente com outros adultos em uma condição precária e violenta, você está ajudando a produzir criminosos.”
Sobre o debate acerca da redução, a psicóloga acha que está se formando uma “cortina de fumaça” que desvia as atenções do problema real. A maioria dos atos infracionais cometidos por jovens estão relacionados ao tráfico de drogas, enquanto crimes hediondos representam um número menor.
Souza aponta que um investimento maior em inteligência policial ajudaria a pegar os “peixes grandes” do tráfico de drogas ao invés de manter a política de encarceramento em massa que não tem ajudado a reduzir os índices de violência no Brasil.
Custódio aponta que há ainda outro problema em segundo plano no debate da violência. Segundo dados do Ministério da Saúde, das 60 mil pessoas assassinadas por ano no Brasil 67,9% têm entre 15 e 19 anos. “Os números mostram que os adolescentes no Brasil são vítimas da violência e não autores da violência. Se nós quiséssemos tratar da questão dos jovens e da violência, deveríamos focar numa política de prevenção da morte dos próprios jovens.”

A IMPORTÂNCIA DE PRESERVARMOS A CAATINGA >> Pesquisa revela que o Juazeiro pode amenizar os impactos da seca

Um estudo do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) indica que a seca que atinge o Nordeste há sete anos é a mais intensa desde 1850, quando o monitoramento começou a ser feito. São mais de 100 mil municípios atingidos e mais de 20 milhões de pessoas afetadas. O estudo ainda estima mudanças climáticas na região até o final do século. Num cenário em que o acordo para diminuir as temperaturas não seja cumprido e o aquecimento global aumente em até 4 graus, a tendência é de que o Nordeste se transforme em um deserto.
Para amenizar estes efeitos, pesquisadores da Embrapa Semiárido descobriram que a árvore típica da caatinga, o juazeiro, pode ser uma aliada na diminuição dos impactos causados pela seca e para evitar a desertificação. Os estudos realizados pela Embrapa revelaram que o juazeiro tem papel fundamental na recuperação de áreas degradadas, em um trabalho com auxílio de abelhas.
"O juazeiro é uma espécie importante fornecendo néctar e pólen para as abelhas, numa época em que a caatinga tem pouca oferta. Com essa interação vai haver a frutificação, esses frutos vão servir de alimento para os pássaros que, consequentemente vão dispersar as sementes, originando assim novas plantas de juazeiro, que vão então sombrear novamente e repovoar essa região. Por ser uma espécie que se mantém enfolhada ao longo do ano, ele ameniza essa situação criando um ambiente propício para germinação, inclusive, de sementes de outras espécies nativas da região", declara a Bióloga e Doutora em Caracterização de Ecossistemas da Embrapa, Lúcia Kill.
Após os resultados, mudas foram distribuídas para projetos de recuperação e recomposição da caatinga. O objetivo é fazer com que o juazeiro seja usado da melhor forma possível. "As informações geradas já estão disponíveis na forma de calendários para as abelhas, orientando a época de floração e a oferta de néctar e pólen, bem como na forma de cartilhas, orientando no plantio dessas árvores, quer seja para recuperação de áreas degradadas, quer seja no uso do paisagismo urbano. Com isso a gente espera que reabrir o papel ecológico do juazeiro seja reconhecido e que a espécie seja preservada”, concluiu Lúcia.

ARTE, LAZER E CULTURA >> Zé Ramalho chega à Natal em turnê comemorativa aos 40 anos de música

Show que revisita carreira do paraibano chega ao Teatro Riachuelo no dia 23 de novembro
Zé Ramalho está na estrada. E desta vez, celebrando seus 40 anos de carreira. Desde o lançamento do primeiro álbum solo do artista paraibano, que emplacou de cara o hino “Avohai”, Zé traçou uma ponte que unia Pink Floyd e Beatles a Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga. Cidade grande e sertão, psicodelismo e regionalismo, o Nordeste inserido no mundo, o universo conectado ao Nordeste. Um trovador urbano comparado por muitos aos ícones da música mundial. A turnê que celebra as quatro décadas de carreira chega ao Teatro Riachuelo, em Natal, no dia 23 de novembro. 
 
Neste show, o cantor revisita alguns de seus maiores êxitos, como “Avohai”, “Frevo Mulher”, “Admirável Gado Novo”, “Chão de Giz”, “Beira-Mar”, “Eternas Ondas”, “Garoto de Aluguel”, “Vila do Sossego” e “Banquete de Signos”, além de releituras de Raul Seixas (“Trem das Sete” e “Medo da Chuva”). No palco, acompanha o artista a Banda Z, formada por Chico Guedes (contrabaixo), Zé Gomes (percussão), Vladmir Oliveira (teclados), Edu Constant (bateria) e Toti Cavalcanti (sopros).
 
Este evento é mais uma produção da Viva Entretenimento. Os ingressos já podem ser adquiridos na bilheteria do teatro e também pelo site www.uhuu.com.
 
Sobre o artista
 
Zé Ramalho estreia, em 1978, com LP que leva seu nome e já traz músicas que virariam clássicos, como “Chão de Giz”, “Avohai” e “Bicho de 7 Cabeças". Sua história com a dramaturgia televisiva sempre rendeu grandes frutos: ele ultrapassou a barreira de um milhão de discos vendidos com o êxito de “Entre a Serpente e a Estrela”, que fez parte da trilha sonora da novela “Pedra Sobre Pedra”, da Rede Globo. Protagonizou o fenômeno de retornar às paradas de sucesso com uma mesma música, “Admirável Gado Novo”, incluída na trilha de “O Rei do Gado”, conectando o artista à juventude brasileira e fazendo o CD da novela vender nada menos do que 3 milhões de cópias, um recorde que permanece inalcançável.
 
Ao lado dos amigos Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e Alceu Valença, Zé liderou, em 1996, um dos projetos mais bem-sucedidos da música brasileira. “O Grande Encontro” levou multidões aos shows em todo o país e gerou o lançamento de um disco ao vivo, vendendo mais de 500 mil cópias. A continuação do projeto rendeu outras duas turnês vitoriosas, um CD de estúdio e outro gravado ao vivo, que alcançaram a marca de 480 mil, recebendo disco de ouro e de platina. Zé realizou ainda uma apresentação histórica no Rock In Rio 3, assistida por mais de 50 mil pessoas em 2001, com Elba Ramalho.
 
O álbum “20 Anos – Antologia Acústica” é seu maior êxito comercial até hoje, com aproximadamente 2 milhões de cópias vendidas e vencedor do Prêmio Sharp como melhor projeto gráfico. Este disco deu início a uma trilogia que seguiu com “Nação Nordestina”, um mapeamento da história musical e política da sua região natal, indicado ao Grammy Latino de melhor álbum regional; e “Estação Brasil”, um passeio pelo cancioneiro nacional. Nesta época, Zé Ramalho ainda homenageou Raul Seixas, gravou seu primeiro CD ao vivo, lançou o inédito “O Gosto da Criação” e convidou amigos para participar do CD e DVD “Parceria dos Viajantes”. 
 
De 2008 a 2012, retorna com a série “Zé Ramalho Canta”, com homenagens a Bob Dylan, Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Beatles. Também em 2012 lança “Sinais”, CD de inéditas pelo selo Avohai. Em 2013, consagração no Rock In Rio 5 com a banda Sepultura  e o projeto Zepultura. 
 
 
SERVIÇO - ZÉ RAMALHO 40 ANOS
Data: 23 de novembro (sexta), às 21h
Local: Teatro Riachuelo Natal
Ingressos: Bilheteria do Teatro Riachuelo ou www.uhuu.com
Produção local: Viva Entretenimento 
 
VALOR DOS INGRESSOS
Pista: R$ 260,00 (inteira) e R$ 130,00 (meia)
Plateia B: R$ 280,00 (inteira) e R$ 140,00 (meia)
Camarote: R$ 300,00 (inteira) e R$ 150,00 (meia)
Frisa: R$ 240,00 (inteira) e R$ 120,00 (meia)
Balcão nobre: R$ 260,00 (inteira) e R$ 130,00 (meia)
 
Assessoria de Imprensa Viva EntretenimentoAcarta Comunicação
Jeanny Damas 84 994514577
Tainá Rodrigues 84 99616-7532

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

PRIORIDADE >> Salário dos servidores na pauta da primeira reunião da Comissão de Transição do governo do RN

Com salários de servidores na pauta, comissão de transição do Governo do RN se reúne pela primeira vez Robinson Faria (PSD) e governadora eleita, Fátima Bezerra (PT), se encontraram nesta terça (6) para discutir situação do estado. Para Executivo, salários em dia dependem de decisão judicial.
O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), e a governadora eleita, Fátima Bezerra (PT), se reuniram na tarde desta terça-feira (6), acompanhados de suas equipes, para dar inicío ao processo de transição entre a atual administração e a que vai começar no dia 1º de janeiro de 2019. Entre os temas debatidos pela comissão esteve os salários dos servidores, que, na avaliação do Executivo, só terminarão o ano em dia se o Estado conseguir uma liberação da antecipação dos royalties na Justiça.
No encontro, Robinson assegurou total transparência e agilidade na liberação das informações da atual gestão. “O novo governo terá todas as condições de iniciar dando continuidade às obras e ações em curso, diferente de quando assumi em 2015”, afirmou o chefe do Executivo, lembrando que sua obteve nota 9,7 da Transparência Brasil. “E essa transparência vai continuar nos trabalhos junto à comissão de transição”, reforçou.
Fátima Bezerra, por sua vez, explicou que adotou como critério para escolha sua equipe de transição o perfil técnico, obedecendo critérios de competência e experiência. “Estes critérios não eliminam atuação na gestão pública, por isso temos também pessoas experimentadas na condução de órgãos das esferas municipal, estadual e federal”, declarou Fátima.
A comissão deverá trabalhar em uma sala localizada nas dependências da Escola de Governo, que já está disponível para a equipe. De acordo com a secretária chefe do Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha, o ambiente dispõe de toda estrutura necessária para o trabalho da comissão, que, além do contato direto com os secretários e gestores da atual administração, poderá também acessar informações através do SEI – Serviço Eletrônico de Informações – implantado este ano.
Os secretários da Casa Civil, da Tributação, Planejamento, o coordenador do Governo Cidadão e o procurador-geral do Estado serão os interlocutores da atual gestão com a equipe do futuro governo.
Após a reunião, Fátima seguiu para Brasília, onde tinha compromissos ainda como senadora.
Salários dependem de decisão Após a reunião, o governador Robinson Faria afirmou que depende de uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte para conseguir concluir o mandato com os salários dos servidores em dia. Ele considerou que vai contar com a ajuda da futura governadora para conseguir isso.
O Estado quer que os desembargadores liberem a antecipação dos royalties do gás e do petróleo aprovada pela Assembleia Legislativa em junho deste ano. Em setembro, uma decisão da primeira instância da Justiça Estadual proibiu o uso dos R$ 162 milhões previstos, atendendo a um pedido deo Ministério Público. Em agosto, o Tribunal de Contas do Estado já havia determinado de forma cautelar que os atos administrativos para que a operação fossem suspensos.
“Os governos anteriores já fizeram isso”, reforçou o governador, dizendo que o recursos seria limitado a pagamento de salários.
O Tribunal de Justiça do RN informou que o pedido de suspensão da decisão já foi rejeitado monocraticamente no Segundo Grau da Justiça Estadual. Depois disso, o Poder Executivo entrou com embargos de declaração no Tribunal para modificar a decisão mais recente, mas o Ministério Público apresentou parecer contrário aos embargos na tarde desta terça-feira (06), no sentido de manter a decisão que indefere o pedido do governo.

PRESTAÇÕES DE CONTA >> Candidatos contribuem pra que o TRE/RN seja destaque nacional


Nenhum texto alternativo automático disponível.
Foi com enorme satisfação e alegria que recebemos, do TSE, a estatística final do ranking da entrega das prestações de contas finais alusivas ao pleito de 2018, a partir do que pudemos verificar a posição de destaque do TRE/RN frente às demais unidades federativas do país, alcançando o índice de 75,11% de contas entregues, o que o alçou ao 1° lugar naquele ranking. 

Certamente, esse fato se deu devido às inúmeras tratativas que este Tribunal envidou junto aos representantes partidários, candidatos, seus advogados e contabilistas, bem como face às diversas entrevistas e matérias veiculadas sobre a temática, com grande repercussão junto ao nosso público-alvo. Orgulho da nossa instituição!
Por Lígia Limeira em sua página no Facebook

VAMOS APOIAR ESSE MOVIMENTO >> Movimento de professores e pesquisadores defende diversidade de opiniões nas escolas e questiona o “Escola sem Partido”

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Movimento de professores e pesquisadores defende diversidade de opiniões nas escolas e questiona o “Escola sem Partido”
Carta organizada pelo Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), por professores e pesquisadores traz 8 aspectos que são inegociáveis nas escolas. Leia a íntegra da carta abaixo e participe do movimento "Escola com Diversidade e Liberdade":
Queremos uma escola com diversidade e liberdade de opiniões, inclusiva e laica
Escrevemos essa carta em contestação ao projeto de lei 7180/14 que visa instituir a “Escola sem Partido” que, segundo descrição no site de movimento que apoia a iniciativa, tem por objetivo “inibir a prática da doutrinação política e ideológica em sala de aula e a usurpação do direito dos pais dos alunos sobre a educação moral dos seus filhos”.
Nós, professores e pesquisadores da área de educação, estamos preocupados.
Para além do quesito partidário, o projeto “Escola sem Partido” questiona a realização de várias outras discussões em sala de aula. E a falta de especificação sobre o que é doutrinação gera incontáveis dúvidas e abre espaço para as mais diversas interpretações. Trabalhar na sala de aula o respeito às mulheres, às diferentes etnias e raças, aos imigrantes e à comunidade LGBT, por exemplo, pode ser considerado doutrinação? Trabalhar o respeito aos direitos de cada um dos cidadãos é doutrinar?
A falta de clareza sobre o que é doutrinação possibilita que cada um entenda o que quiser sobre o termo e interprete as aulas também de acordo com suas próprias convicções e ideologias. Assim, abrem-se caminhos para denúncias indevidas que podem corroer profundamente as relações de confiança entre educadores, estudantes e seus familiares, fundamentais ao bom funcionamento das escolas e à aprendizagem dos alunos. Não queremos isso.
A “Escola sem Partido” tem como princípio a pluralidade. No entanto, não fornece aos professores instrumentos para que isso aconteça e, ao construir um canal de denúncia ao Ministério Público, diminui as possibilidades de diálogo na sala de aula e na comunidade.
Não defendemos que as escolas tenham uma posição partidária. Ao contrário, defendemos nessa carta que visões múltiplas possam ser admitidas em sala de aula. O professor deve ser livre para conduzir a aula de forma a cumprir com os objetivos curriculares de aprendizagem.
Por isso, apoiados na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação e nas Diretrizes Nacionais de Educação em Direitos Humanos, nós:
1. Defendemos a liberdade de expressão nas salas de aula para a garantia do direito de aprender de todos os alunos.
2. Defendemos a promoção da diversidade de opiniões e do debate de ideias em contraposição a visões unipartidárias e unilaterais.
3. Defendemos uma educação laica, inclusiva, plural e que permita aos estudantes a formação do pensamento crítico.
4. Reconhecemos que o Brasil é um país onde ainda prevalecem práticas racistas, sexistas, homofóbicas e discriminatórias, que devem ser fortemente combatidas. Acreditamos que a sala de aula é um espaço fundamental para a formação para a cidadania, para a promoção dos valores plurais e para o combate a todas as formas de discriminação e preconceito. Por isso, não aceitamos discriminação ou intolerância por causa de raça, orientações sexuais, antecedentes, convicções políticas ou religiosas, tampouco toleramos manifestações que, de alguma forma, firam a dignidade humana.
5. Reconhecemos que o Brasil é, inegavelmente, um país que precisa avançar muito na defesa da vida das mulheres e enxergamos o ambiente escolar como importante para a promoção do respeito mútuo entre os sexos, para a igualdade de oportunidades e contestação de quaisquer atitudes violentas.
6. Defendemos o uso de diferentes mídias e fontes jornalísticas para pesquisas escolares, bem como a participação de convidados e especialistas com múltiplas visões para atingir os objetivos de aprendizagem.
7. Acreditamos que nas aulas devem ser abordados fatos científicos e históricos de acordo com a apuração e evidências já sistematizadas e documentadas em estudos, pesquisas e livros didáticos.
8. Defendemos a autonomia das escolas e seus colegiados para coibir práticas docentes que eventualmente se afastem do cumprimento dos projetos políticos pedagógicos, dentro do princípio constitucional da gestão democrática. Click abaixo e assine:
Assinar este abaixo-assinado  
 Publicações que subsidiam essa carta:
BRASIL. Constituição, 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996.

Brasil, Resolução nº1, DE 30 DE MAIO DE 2012, Estabelece Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos

Escreveram essa carta:
Ademir Almagro
Adolfo Ignacio Calderón
Alenmar Laborda
Caio Callegari
Charles Kirschbaum
Ernesto Martins Faria
Fabio Augusto Machado
Gina Vieira Ponte de Albuquerque
Gustavo Rodrigues
João Paulo Araújo
Jonei Cerqueira Barbosa
Lecticia Maggi
Mara Mansani
Marlúcia da Silva Souza Brandão
Máximo Ribeiro
Raquel Guimarães
Regina Madalozzo
Telma Vinha

AGROECOLOGIA EM ALTA >> Como o MST se tornou o maior produtor de arroz orgânico da América Latina

João Pedro Stédile (à esq), coordenador nacional do MST, na abertura da colheita do arroz orgânico
Stédile (à esq) fala na abertura da colheita do arroz orgânico; líder do MST diz que movimento incorporou a agroecologia
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão do governo federal, não diferencia a produção orgânica da convencional (com agrotóxicos e outros aditivos químicos) na sua estimativa atual de safra. Mas o Instituto Riograndense do Arroz (Irga), do governo gaúcho, confirma que o MST é, no momento, o maior produtor orgânico do grão na América Latina.

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O movimento exporta 30% de sua produção, segundo Emerson Giacomelli, coordenador do Grupo Gestor do Arroz Agroecológico do MST.
Um dos responsáveis pela exportação é o zootécnico Anderson Bortoli, de 41 anos, da empresa Solstbio, na cidade de Santa Maria.
A empresa - sem relação institucional com o MST - compra o arroz orgânico de três assentamentos gaúchos e exporta-o para Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Nova Zelândia, Noruega, Chile e México.
Bortoli coleta amostras do arroz nos silos e envia para a Bélgica para análises que garantem que não contenha nenhum agrotóxico e, assim, obtém as certificações de produto orgânico.
Apenas no município gaúcho de Nova Santa Rita, a produção do MST faz circular R$ 7 milhões por ano, movimentando a economia local, diz a prefeita Margarete Simon Ferretti (PT).
Os 4 mil alunos das 16 escolas municipais consomem alimentos orgânicos adquiridos pela prefeitura diretamente dos agricultores.
E os produtores de arroz orgânico trabalham no sistema de cooperativa e recebem, de acordo com Giacomelli, 15% a mais do que agricultores convencionais.
"Essa valorização é possível porque colocamos um produto de qualidade no mercado, com preço maior. Isso ajuda a manter os trabalhadores no campo", explica o gestor.

Agroecologia x agronegócio

"No início do MST, durante a crise da década de 1980, a meta principal do movimento era terra para trabalhar e criar as famílias. Naquele âmbito a visão era até um pouco ingênua: terra para quem nela trabalha. É um princípio justo, porém insuficiente para resolver os problemas da produção de alimentos. Na medida em que o MST foi evoluindo, fomos adequando nosso programa, fomos incorporando a agroecologia", diz João Pedro Stédile, coordenador nacional do Movimento Sem Terra, em entrevista à BBC Brasil.
Estudos acadêmicos mostram que o discurso da agroecologia foi incorporado pelo MST a partir dos anos 2000.
"A agroecologia passa a ser o principal discurso (do MST) para a viabilidade da reforma agrária e para dialogar com a sociedade civil - urbana ou rural", opina Caetano De'Carli Viana Costa, professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) que estudou essa mudança do MST.
O modelo agroecológico, segundo Stédile, é antagônico ao do agronegócio porque este último "visa o lucro a qualquer custo, usando agrotóxicos, transgênicos e maquinário, o que afasta os trabalhadores rurais do campo".
De um lado, essa nova fase do movimento gera críticas de quem acha que ele deixou de lado sua pauta original para sucumbir às demandas do mercado consumidor.
"O MST abandonou sua pauta de luta para absorver um modelo de produção liberal - e por que não dizer capitalista - para lograr sucesso", critica Adriano Paranaiba, mestre em Agronegócios pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e diretor de ensino e pesquisa do Instituto Liberdade e Justiça (ILJ).
De outro, há quem critique as táticas tradicionais de invasão de terras, mas veja com bons olhos o avanço na produção de orgânicos.
"É um movimento invasor, próximo de uma atividade guerrilheira e que, por várias vezes, traz conflitos que ameaçam a vida das pessoas", opina Paulo Ricardo de Souza Dias, presidente da Comissão de Assuntos Fundiários da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul).
"No momento em que eles são produtores, eles são nossos colegas. A nossa visão crítica é quando estão nesse movimento de guerrilha."
Procuradas pela BBC Brasil para comentar a posição do MST, a Sociedade Rural Brasileira (SRB) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que representam o agronegócio, não quiseram se manifestar.

Menos desapropriações

Na teoria, os sem-terra invadem áreas improdutivas e desocupadas, o governo então indeniza os proprietários das terras, pagando o valor da área, e, por fim, dá a posse aos camponeses. Esse processo, vale lembrar, nem sempre é pacífico.
Segundo o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), o Brasil tem 9.355 assentamentos. Nas contas do MST, o país possui 1,1 milhão de famílias assentadas e 130 mil famílias acampadas (sem a posse legal da terra).
"Durante os governos Lula e Dilma (2003-2016) a gente tinha uma briga porque tinha gente que dizia que os dois modelos, agronegócio e agroecologia, são compatíveis. E foi essa a política de Lula e Dilma, porque eles apoiavam o agronegócio e apoiavam a agricultura familiar", critica Stédile.
Stédile é ainda mais crítico ao governo de Michel Temer (PMDB), por causa da extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
"Deram a prova concreta de que não querem saber dos pobres do campo", diz o líder sem-terra.
À BBC Brasil o Incra afirmou que a extinção da pasta não prejudica as políticas voltadas para os assentamentos porque foi criada a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário.
Ao mesmo tempo, os decretos presidenciais que determinam a desapropriação de terra para destiná-las a assentamentos caíram 86,7% na comparação entre 2010 e 2016. Em 2010, Lula assinou 158 decretos desapropriatórios, contra 21 decretos assinados em 2016 (Dilma Rousseff foi afastada em maio, quando assumiu Temer).
No mesmo período, a quantidade de área desapropriada caiu 89%, de 321.525 hectares em 2010 para 35.089 hectares em 2016.
Por consequência, o valor pago pelo governo aos proprietários das terras desapropriadas também caiu, mas não na mesma proporção: 64,62% foi a redução entre 2010 para 2016, de R$ 326,4 milhões para R$ 115,4 milhões.

Assentamentos x acampamentos

O decreto presidencial é uma das últimas etapas da criação de um assentamento. Antes de serem assentados, os sem-terra passam pelos acampamentos.
É nessa fase que ocorre o maior número de desistências, conta Cedenir de Oliveira, de 38 anos, da coordenação estadual do MST. Sem água encanada, eletricidade e morando em barracas, algumas famílias não aguentam esperar pela desapropriação.
Nilce de Oliveira, de 40 anos, é uma das que aguardam: saiu de Guarujá (SP) com o marido e dois filhos. Eles são acampados na cidade de Charqueadas, a 40 km de Porto Alegre.
"Estamos debaixo da lona preta. O mais difícil é o inverno, porque é muito frio, a chuva molha tudo, o jeito é fazer fogo para se aquecer", conta Oliveira.
"A gente fica abraçado e enrolado nas cobertas", conta a filha Ingrid, de 7 anos, apontando para o irmão Michael, de 13 anos.
Além dessa precariedade, outra questão constantemente envolvendo os assentamentos é a violência no campo. Lideranças sem-terra dizem conviver com ameaças de morte e execuções de integrantes.
Em 19 de abril deste ano, nove homens sem-terra foram assassinados em um assentamento na área de Colniza, no Mato Grosso. As vítimas foram amarradas e torturadas antes de serem mortas. A suspeita é que capangas de fazendeiros da região tenham cometido os crimes.
Em 25 de abril, um dirigente do MST foi assassinado em casa, no Assentamento Liberdade, em Minas Gerais.
Relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT), ligada à Igreja Católica, aponta que 59 pessoas foram mortas em 2016 por defender a reforma agrária e também áreas indígenas. O número é maior do que o registrado em 2003, ano com 71 mortes no campo.
Enquanto a violência no campo persiste, o MST espera que a produção de orgânicos seja adota em outras regiões do país. Emerson Giacomelli, de 43 anos, começou a desenvolver a técnica de manejo do arroz orgânico do MST há 15 anos.
Hoje, Giacomelli enxerga benefícios que vão além dos assentamentos: "É saúde para quem produz e para quem consome. Ajuda na permanência dos camponeses na terra, mas também ajuda quem compra a não ter que se preocupar com os malefícios dos agrotóxicos".