sábado, 17 de agosto de 2019

EM NATAL >> Acontece hoje e amanhã o 10º Encontro de Automóveis Clássicos no RN

Esse Encontro de Automóveis Clássicos do RN, ocorre desde 2010 e está em sua 10 edição.
Data e local: 17 de ago às 09:00 e 18 de ago às 18:00  no Direta Shopping

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COM ISSO, PAGAREMOS PARA TRANSITAR >> Governo Federal ameaça privatizar BR 101 e BR 304


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Em decreto publicado nesta quinta-feira (15) o presidente Jair Bolsonaro deu início à tentativa do Governo Federal de privatizar várias rodovias federais, incluindo trechos da BR 101 e 304, vias que conectam importantes estados e cidades do Nordeste ao Rio Grande do Norte.

A iniciativa faz parte do Plano Nacional de Desestatização, apresentado pelo Executivo, e prevê a análise de estudos para viabilizar a privatização e aplicação de pedágios aos motoristas que utilizarem esses trechos, como já acontece em estados como São Paulo e Rio de Janeiro onde os preços podem chegar até R$ 27. 

No mês de junho, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, havia afirmado que o Governo Federal pretende transferir 16 mil quilômetros de rodovias federais para a iniciativa privada por meio de concessões.

Entre as rodovias citadas no decreto estão a BR 101, entre os estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, onde se liga com a BR 304. Dentro do Rio Grande do Norte, do entroncamento com a BR-304 até a divisa com a Paraíba, o trecho tem cerca de 80 quilômetros e é todo duplicado.

Outro trecho que será passível de privatização é o da BR 304, principal ligação entre Natal a Mossoró, as duas maiores cidades do Estado, e que conta com um trecho de 310 quilômetros. A BR 304 também conecta o Estado ao Ceará, por meio do entroncamento com a BR 116, na divisa entre os estados.

Ao contrário da BR-101, a BR-304 não é duplicada, apesar de haver um trabalho em curso para a duplicação do trecho conhecido como Reta Tabajara, realizada com recursos públicos por meio da iniciativa com o Governo do Estado. A BR-304 é a principal rota de escoamento de mercadorias e fluxo de pessoas entre Natal, Mossoró e Fortaleza, pela BR 116.

A entrega dessas rodovias à concessão privada promoverá a cobrança de pedágio aos motoristas que utilizarem os trechos, como já acontece em outras regiões do país, inclusive em outras partes da BR 101, um dos principais eixos rodoviários do país e que possui 4.658 quilômetros, do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul.

Além dessas rodovias, mais trechos de BRs estão ameaçados com a política de privatização. Em todo o país, são 7.213 km de rodovias federais divididas em quinze lotes que atravessam treze estados.

CAMPANHA LITERÁRIA >> Ajudem a divulgar o projeto! Estamos recebendo as doações na secretaria do curso de Biblioteconomia da UFRN

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TERÁ SIDO PARA ISSO QUE ELE FOI ELEITO? >> CNPq deve suspender bolsas de 84 mil pesquisadores

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O CNPq deve suspender bolsas de 84 mil pesquisadores João Luiz Filgueiras de Azevedo, presidente do CNPQ, afirmou que as bolsas de 84 mil pesquisadores estão em risco Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil do UOL, em São Paulo. O CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), caso não consiga sanar o déficit de R$ 330 milhões no seu orçamento, deverá suspender o pagamento de bolsas a 84 mil pesquisadores espalhados pelo Brasil. Segundo o Jornal da USP, o rombo existe desde o começo do ano e, caso não seja solucionado, o dinheiro do CNPq acabará nas próximas semanas. 

João Luiz Filgueiras de Azevedo, presidente do órgão, disse à USP que o órgão pagará as bolsas de agosto normalmente, "mas de setembro em diante não tem como pagar mais nada. A folha de agosto, essencialmente, zera o nosso orçamento". Principal agência ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o CNPq financia projetos de pesquisa e apoia mais de 80 mil bolsistas em universidades e institutos do país. 

Os beneficiados são desde alunos de iniciação científica - com bolsas de R$ 400 - a professores experientes - com auxílio de até R$ 1,5 mil mensais. No início da semana, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) criou um abaixo-assinado em defesa do CNPq. A ação é apoiada por 65 entidades científicas e acadêmicas. "Em função dos drásticos cortes orçamentários para a Ciência, Tecnologia e Inovação, já se observa uma expressiva evasão de estudantes, o sucateamento e o esvaziamento de laboratórios de pesquisa, uma procura menor pelos cursos de pós-graduação e a perda de talentos para o exterior. Este quadro se acelerará dramaticamente com a suspensão do pagamento das bolsas do CNPq", informa o manifesto. 

A DESASTROSA POLÍTICA AMBIENTAL DE BOLSONARO >> Noruega congela repasses ao Fundo da Amazônia

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A gestão de Jair Bolsonaro (PSL) perdeu mais um aliado do Brasil na preservação da Floresta Amazônica. Após a Alemanha congelar repasses ao Fundo da Amazônia, a Noruega anunciou na quinta-feira (15) o bloqueio de um repasse de R$ 134 milhões. O país nórdico é o maior financiador do Fundo criado em 2008, tendo sido responsável por 94% dos recursos arrecadados até hoje. O ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Ola Elvestuen, explicou que a decisão foi tomada após o ministério do Meio Ambiente extinguir o Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa) e centralizar as decisões sobre aplicação dos recursos.

O ministro Ricardo Salles planeja ainda reduzir o número de conselheiros de 24 para 7, priorizando o governo federal na composição e excluindo representantes da sociedade civil. A Noruega entende que a manobra do governo brasileiro compromete a transparência e a eficiência do Fundo. "Eles não poderiam fazer isso sem um acordo com a Noruega e a Alemanha", declarou o ministro Elvestuen.

Durante os primeiros meses da gestão Bolsonaro, a destruição da maior floresta tropical do mundo tem batido recordes. Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostraram que as áreas com alerta de desmatamento na Amazônia aumentaram 278% em julho deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2018. Em junho, o aumento foi de 88%.

Empoderados pelas declarações do mandatário contra as políticas de preservação da Amazônia, fazendeiros paraenses promoveram um "dia do fogo" ao longo da BR-163, no sudoeste do Pará. No sábado (10) a principal cidade da região, Novo Progresso, teve 124 registros de focos de incêndio, aumento em 300% em relação ao dia anterior. No domingo, foram 203 casos. Outra cidade bastante atingida foi Altamira, com 194 casos no sábado e 237 no dia seguinte.

O CORDEL E A QUESTÃO DE GÊNERO >> Caminhos da Reportagem mostra busca de mulheres cordelistas por espaço


cordelistas

Os livretos de literatura de cordel já se enfileiravam em cordas nas feiras e praças do sertão nordestino desde o fim do século 19, mas foi somente em 1938, na Paraíba, que uma mulher se atreveu a disputar aquele espaço. Ainda assim, somente nos bastidores. Maria das Neves Baptista Pimentel, “para ser levada a sério”, precisou tomar emprestado o nome do marido Altino Alagoano. A trajetória de mulheres cordelistas é o tema do Programa Caminhos da Reportagem, que foi ao ar no último dia 13 às 22h30, na TV Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Mais de 80 anos se passaram desde que Maria das Neves assinou como um homem o cordel “O Violino do Diabo ou o Valor da Honestidade”. A presença de mulheres nesse meio, no entanto, ainda é desafiador. Dos 40 poetas da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), cinco são mulheres. “O mundo do cordel era um mundo de homens”, diz Maria Rosário Pinto, integrante da academia.
O programa As Cordelistas apresenta histórias como a da cearense Dalinha Catunda, também integrante da ABLC. “Eu vim para o Rio de Janeiro em 1972. A saudade era tanta que eu só pensava no Ceará. E toda a saudade que eu sentia, eu fazia versos”, conta a poeta nascida na cidade de Ipueiras. Os livretos “O Jumento do Maurício” e “O Forró do Zeca” retratam essas lembranças. “Eu rimo e metrifico tudo o que vivi naquele sertão”, relata à reportagem da TV Brasil.
O Caminhos da Reportagem mostra histórias de mulheres que quebraram barreiras para se impor em uma literatura essencialmente masculina e como elas vêm conquistando cada vez mais espaço. “Você pode simplesmente criar uma personagem mulher, que faz algo muito legal, heroico, e isso por si só já é uma grande subversão no mundo cordelista, porque poucas foram as personagens mulheres, heroicas, como os grandes heróis do cordel”, diz a escritora Jarid Arraes.
Na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) deste ano, os dois livros de cordel mais vendidos são de Jarid, escritora jovem, negra e nordestina. A história da primeira cordelista indígena, Auritha Tabajara, também é apresentada no programa.
Em diálogo entre gerações, o Caminhos da Reportagem mostra diferentes visões de como a mulher se inseriu, ao longo da história, na literatura de cordel. “Eu acho que a mulher escreve de forma diferente que o homem. Os dois têm qualidades. Mas acho que a mulher escreve de batom, o homem escreve de terno. Isso é uma figura de linguagem, mas é o olhar feminino de uma mesma realidade”, afirma Almir Gusmão, cordelista da ABLC.
História
O cordel foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2018. De acordo com o instituto, o gênero resultou da conexão entre as tradições orais e escritas presentes na formação social brasileira, e carrega vínculos com as culturas africana, indígena, europeia e árabe. Tem ligação com as narrativas orais, como contos e histórias; à poesia cantada e declamada; e à adaptação para a poesia dos romances em prosa trazidos pelos colonizadores portugueses.

Originalmente, a expressão literatura de cordel não se refere em sentido estrito a um gênero literário específico, mas ao modo como os livros eram expostos ao público, pendurados em barbantes, em uma espécie de varal.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

O preço de termos um governo que vive apenas para satisfazer o "mercado"

DICA DE LITERATURA PROGRESSISTA >> Conheça os inúmeros títulos publicados pela Editora Expressão Popular

20 anos na Batalha das Ideias - Expressao Popular
| Novos títulos | Alameda Editorial
espaco alameda
CATIVEIRO SEM FIM
ONDE FOI QUE VOCÊS ENTERRARAM NOSSOS MORTOS?
a nova ordem
CATIVEIRO SEM FIM
ONDE FOI QUE VOCÊS ENTERRARAM NOSSOS MORTOS?
A NOVA ORDEM
Eduardo Reina
Aluízio Palmar
Bernardo Kucinski
pensar as direitas na america latina
As direitas têm sido um ator mais rejeitado que estudado pela história e as ciências sociais, motivo pelo qual suas ações geram surpresa e incompreensão entre os acadêmicos.

Este livro contribui para o adequado conhecimento de alguns traços essenciais das direitas latino-americanas desde o começo do século XX até a realidade atual, marcada pelos triunfos eleitorais de alianças e candidatos explicitamente alinhados com valores conservadores e autoritários.

Historiadores, cientistas políticos e sociólogos oferecem neste livro um olhar renovador, crítico e, sem dúvidas, muito necessário para pensar sobre alguns dos desafios da democracia no nosso continente.
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NOSSOS REPRESENTANTES NA CÂMARA FEDERAL >> Cinco deputados do RN votaram a favor do trabalho aos domingos e feriados sem hora extra



A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (13) o texto-base da MP da Liberdade Econômica. Apelidada de minirreforma trabalhista pela oposição, a medida provisória foi aprovada por 345 votos a 76 com uma abstenção, após perder pontos polêmicos como a anistia das multas da tabela de frete e o fim das regras trabalhistas para quem ganha mais de 30 salários mínimos. O trecho mais questionado pelos deputados, que é a liberação dos trabalhos aos domingos e feriados, contudo, foi mantido. Essa e outro tema deve ser debatido nos destaques, que serão votados nesta quarta-feira (14).
Da bancada do Rio Grande do Norte, os deputados Benes Leocádio (PRB), Beto Rosado (PP), Fábio Faria (PSD), João Maia (PR) e Walter Alves (MDB) votaram a favor da MP. Apenas Natália Bonavides (PT) e Rafael Motta (PSB) foram contra. O general Eliézer Girão (PSL) faltou à sessão em razão da recuperação de uma cirurgia.
O texto-base da medida provisória, que agora precisa ser aprovada pelo Senado até o próximo dia 27 para não caducar, foi votado nesta terça graças a um acordo costurado entre os deputados e o governo. Depois de criticar os excessos da medida provisória, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) pediu que o relator tirasse alguns pontos que não constavam no projeto inicial do governo e concordou com o pedido da oposição de fazer votação nominal em todos os destaques que foram apresentados ao texto.
Saíram do texto, cujo objetivo inicial é desburocratizar e garantir o livre mercado no Brasil, emendas artigos como os que possibilitavam a venda de remédios no mercado privado e a flexibilização das cotas no programa Jovem Aprendiz. A liberação do trabalho aos domingos e feriados sem o pagamento de hora extra, desde que o trabalhador ganhe uma folga em outro dia da semana, por sua vez, continuou no texto. A flexibilização do registro de pontos dos trabalhadores, que segundo o texto passa a ser obrigatório apenas em empresas com mais de 20 funcionários, também foi mantido.
Com informações do portal Congresso em Foco

7 pontos fundamentais do relatório especial do IPCC sobre uso da terra

Cerca de 23% das emissões causadas pelo homem provêm da silvicultura, da agropecuária e de outros usos da terra (foto: Cunningchrisw/Wikimedia Commons)

Cerca de 23% das emissões antrópicas provêm da silvicultura, da agropecuária e de outros usos da terra (foto: Cunningchrisw/Wikimedia Commons)

Este artigo foi escrito por Kelly Levin e Sarah Parsons e publicado originalmente no Insights.
A maioria das discussões sobre ação climática se concentra em energia, indústria e transporte. Um novo relatório especial do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) é direto ao afirmar que o uso da terra também é criticamente importante – tanto como fonte de emissões de gases de efeito estufa (GEE) quanto como parte da solução para as mudanças climáticas.
De fato, o relatório constatou que, uma vez que o solo sequestra quase um terço de todas as emissões de dióxido de carbono causadas pelo homem, será impossível limitar a elevação da temperatura a níveis seguros sem alterar fundamentalmente a forma como o mundo produz alimentos e administra o uso da terra.
Confira alguns dos principais tópicos do relatório:

1. A maneira como estamos usando o solo está piorando as mudanças climáticas

Cerca de 23% das emissões globais de gases de efeito estufa causadas pelo homem provêm da agropecuária, da silvicultura e de outros usos da terra. A mudança no uso da terra, como pela derrubada de florestas para dar lugar à pecuária, impulsiona essas emissões. Além disso, 44% das recentes emissões antrópicas de metano, um potente gás de efeito estufa, vieram da agropecuária, da destruição de turfeiras e de outras fontes ligadas à terra.

2. Mas, ao mesmo tempo, o solo funciona como um enorme sumidouro de carbono

Apesar do aumento do desmatamento e outras mudanças no uso da terra, as terras ao redor do mundo estão capturando mais emissões do que emitem. De 2007 a 2016, o solo sequestrou 6 gigatoneladas (Gt) líquidas de CO2 por ano, equivalente a cerca de três vezes as emissões anuais totais de gases do efeito estufa do Brasil. Mais desmatamento e degradação da terra, no entanto, irão destruir esse sumidouro de carbono.

3. O mesmo solo do qual dependemos para estabilizar o clima está sendo atingido pela mudança climática

Os cientistas descobriram que a temperatura do solo aumentou 1,5°C entre os períodos de 1850 a 1900 e de 2006 a 2015, 75% a mais do que a média global (que combina mudanças de temperatura tanto em terra quanto nos oceanos).
Esse aquecimento já teve impactos devastadores sobre a terra, incluindo incêndios florestais, mudanças na precipitação e ondas de calor. Impactos adicionais irão prejudicar a capacidade da terra de agir como um sumidouro de carbono. Por exemplo, o estresse hídrico poderia transformar as florestas em ambientes semelhantes ao cerrado, comprometendo sua capacidade de sequestrar carbono, sem mencionar os danos aos serviços ecossistêmicos e à vida selvagem. O relatório descobriu que "a janela de oportunidade, o período em que mudanças significativas podem ser feitas para conter as mudanças climáticas dentro de limites toleráveis, está se estreitando rapidamente".

4. Várias soluções climáticas baseadas na terra podem reduzir as emissões e/ou sequestrar carbono

O maior potencial para reduzir as emissões do uso da terra é conter o desmatamento e a degradação florestal, que podem evitar a emissão de 0,4 a 5,8 GtCO2 eq (gigatoneladas de carbono equivalente) por ano. Também precisaremos de mudanças em larga escala na forma como os alimentos são produzidos e consumidos a nível mundial, incluindo mudanças na agropecuária, maior inclusão de vegetais na dieta e redução do desperdício de alimentos e dos resíduos agropecuários.
Além de reduzir as emissões, o setor também pode remover dióxido de carbono da atmosfera. O relatório concluiu que a restauração florestal e o reflorestamento têm o maior potencial de captura de carbono, seguidos por melhorar o armazenamento de carbono no solo e pelo uso de bioenergia combinada com captura e armazenamento de carbono (BECCS), um processo que utiliza biomassa para gerar energia e captura e armazena o carbono resultante antes de ser liberado na atmosfera. Dito isso, os autores observam que a maioria das estimativas não leva em consideração fatores como competição pelo acesso à terra e questões de sustentabilidade, de modo que o potencial real de remoção de carbono dessas soluções pode ser significativamente menor do que a maioria dos modelos sugere.

5. Muitas soluções climáticas baseadas na terra têm benefícios significativos além da mitigação

O relatório descobriu que as seguintes soluções têm os maiores co-benefícios: manejo de florestas, redução do desmatamento e degradação, aumento da quantidade de carbono orgânico no solo, aumento do intemperismo mineral (um processo de aceleração da decomposição de rochas para aumentar a absorção de carbono), mudança de dieta e redução do desperdício de alimentos. Por exemplo, o aumento do armazenamento de carbono do solo pode não apenas sequestrar emissões, mas também tornar as culturas mais resilientes às mudanças climáticas, melhorar a saúde do solo e aumentar a produtividade.

6. Algumas soluções climáticas baseadas na terra acarretam riscos e contrapartidas importantes e devem ser buscadas com prudência

Por um lado, será importante ponderar os benefícios líquidos de qualquer intervenção. Por exemplo, o plantio de florestas em campos nativos poderia na verdade diminuir a quantidade de carbono armazenada no solo, prejudicando um importante sumidouro de carbono. Algumas intervenções podem reduzir as emissões, mas causam outras mudanças que acabam aumentando as temperaturas. Por exemplo, plantar uma floresta perene em altas latitudes tornaria as superfícies mais escuras. Durante o inverno, ao invés de estar exposta, a camada de neve estaria encoberta, aumentando a absorção da radiação solar – como ao trocar uma camiseta branca por uma preta em um dia ensolarado. Plantar certas espécies de árvores ou plantas pode ameaçar outras espécies e ecossistemas. E a maior parte dos sumidouros biológicos de carbono eventualmente chegará a um ponto de saturação em que não absorverá mais carbono. Além disso, a absorção de carbono florestal futura não é garantida, uma vez que é provável que os incêndios florestais e a propagação de doenças aumentem em um mundo mais quente.

7. Soluções climáticas baseadas na terra que exigem grandes áreas podem ameaçar a segurança alimentar e exacerbar problemas ambientais

Os esforços de redução de emissões e de remoção de carbono baseados no uso da terra que exigem grandes áreas – por exemplo, o plantio de florestas em grande escala e os cultivos para bioenergia – competirão com outros usos da terra, como a produção de alimentos. Isso pode, por sua vez, aumentar os preços dos alimentos, agravar a poluição da água, prejudicar a biodiversidade e levar a uma maior conversão de florestas em outros usos da terra, aumentando assim as emissões.
Além disso, o relatório constatou que, se o mundo não conseguir reduzir as emissões em outros setores, como energia e transporte, dependeremos cada vez mais de soluções soluções baseadas na terra, exacerbando as pressões alimentares e ambientais.

Aprendendo com o relatório do IPCC

Talvez o insight mais abrangente do relatório do IPCC seja sobre o delicado ponto de equilíbrio entre uso da terra e estabilidade climática: acertá-lo pode reduzir as emissões e, ao mesmo tempo, criar co-benefícios significativos; errar pode intensificar as mudanças climáticas e agravar a insegurança alimentar e os problemas ambientais.
O recente World Resources Report da WRI apresenta 22 soluções para criar sistemas alimentares e terrestres mais sustentáveis. Nós podemos alimentar o mundo ao mesmo tempo em que combatemos as mudanças climáticas, protegemos as florestas e fazemos avançar a economia – mas temos de melhorar a forma como produzimos e agimos sobre o planeta.

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

ATENÇÃO TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO >> Golpistas estão tentando lesar beneficiários de ações impetradas pelo SINTE/RN


Vários trabalhadores em educação sofreram tentativas de golpe nessa terça e quarta-feira (13 e 14/08). A informação recebida pela direção do SINTE/RN é a de que golpistas estão tentando lesar beneficiários de ações impetradas pelo Sindicato.
Segundo as informações relatadas, o golpe é executado por meio de uma ligação telefônica. Na conversa, o criminoso que se identifica como Augusto afirma ser integrante do escritório de advocacia que assessora o SINTE e pede para a vítima depositar uma determinada quantia em dinheiro em uma conta corrente.
Até o momento, o que se sabe é que ninguém caiu no golpe. Porém, fica o alerta. O assessor jurídico do SINTE/RN, Odilon Garcia, explica que nem o Sindicato nem os advogados ligam para as pessoas pedindo para depositar dinheiro.