sábado, 14 de novembro de 2020

SOBRE A DISPUTA PRESIDENCIAL >> Para líderes do Congresso, Ciro e Lula ameaçam mais Bolsonaro do que Doria e Huck

As chances de o presidente Jair Bolsonaro se reeleger em 2022 cresceram, na avaliação dos principais líderes do Congresso. Para eles, os nomes mais fortes para enfrentar Bolsonaro são dois velhos conhecidos dos eleitores: o ex-governador Ciro Gomes (PDT) e o ex-presidente Lula (PT), pela ordem. Lula saiu vitorioso em duas das cinco disputas presidenciais de que participou. Ciro concorreu em três oportunidades, mas não chegou ao segundo turno.

Personalidades populares que nunca disputaram um mandato, o apresentador de TV e empresário Luciano Huck e o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro aparecem empatados na quarta colocação entre aqueles com maiores chances de derrotar Bolsonaro. Logo atrás, vem o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) (veja a diferença entre eles no quadro mais abaixo).

O cenário desenhado acima é uma das conclusões da nova edição do Painel do Poder, ferramenta de pesquisa do Congresso em Foco, que entrevistou 70 parlamentares entre os dias 14 e 20 de setembro. O Painel ouve a cada três meses as principais lideranças do Parlamento, como presidentes de comissões e frentes parlamentares, líderes de bancada e aqueles que se destacam pela influência política na Câmara e no Senado. A pesquisa leva em conta a proporcionalidade de partidos, posicionamento em relação ao governo e distribuição geográfica dos políticos entrevistados.

Entre outros questionamentos, os parlamentares entrevistados responderam à seguinte pergunta: “Na sua opinião, qual dos candidatos abaixo tem mais chances de se eleger presidente da República em 2022?”. Foram oferecidas a eles 13 opções, além de um campo em branco caso quisessem incluir algum nome na lista.

Fonte: Site Congresso em Foco

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

CURIOSIDADE POLÍTICA >> Cidade do RN tem 10 candidatos para 9 vagas de vereador; concorrência é a menor do país

 

Com pouco mais de 1,7 mil habitantes - a menor cidade do Rio Grande do Norte também tem a menor concorrência do Brasil, quando o assunto é a disputa a uma vaga na Câmara Municipal nas eleições de 2020. Viçosa, localizada no Alto Oeste potiguar, tem 10 candidatos às 9 vagas no Legislativo municipal. Ou seja, apenas um não será eleito no próximo domingo (15). Mais um detalhe chama a atenção: todos os candidatos são do mesmo partido.

A cidade está empatada com Curral do Povo (PI) como os municípios com menor concorrência na disputa ao cargo de vereador no país. Na prática, a disputa é de 1,1 candidato por vaga. Todos os 10 candidatos são do partido Republicanos. O mesmo partido do único candidato a prefeito de Viçosa.

Mas o município não é exceção no Rio Grande do Norte. O estado tem três cidades no ranking dos 10 brasileiros com menor concorrência na disputa ao Legislativo.

As outras duas cidades potiguares são Lucrécia e Frutuoso Gomes - cada uma com 13 candidatos para 9 vagas. Ambas as cidades também são localizadas na região do Alto Oeste. Em 2016, Lucrécia teve 9 candidatos para as 9 vagas.


quinta-feira, 12 de novembro de 2020

ENSINO >> Divulgados novos editais para 1343 vagas em cursos técnicos do IFRN

Documentos alteram editais anteriores do Subsequente e ProEJA; não será cobrada taxa de inscrição.


Devido à pandemia de COVID-19, a Pró-Reitoria de Ensino (Proen) do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) divulgou nesta sexta-feira, 23, os Editais nº 21 e nº 22 referentes ao cancelamento dos Editais nº 12 e nº 13 os quais previam provas presenciais de seleção para Cursos Técnicos de Nível Médio na forma Subsequente e na forma Integrada — Modalidade Educação de Jovens e Adultos, respectivamente.

Novos Editais

A Proen divulgou também nesta sexta os novos editais que regerão a seleção: nº 23, nº 24 e nº 25, referentes aos processos seletivos para os cursos Subsequentes e ProEJA.

Subsequente (Edital nº. 23/2020 e Edital nº 25/2020)

Os Cursos Técnicos de Nível Médio na forma Subsequente ofertarão 1303 vagas, divididas em diferentes campi do IFRN, para cursos presenciais. Destas vagas, 40 para o curso de Secretariado Escolar e 35 para o curso Informática para Internet, ambos na modalidade EaD.

O Campus Avançado Lajes está oferecendo 36 vagas no curso de Informática na modalidade Subsequente, e se você se inscreveu ou tem interesse em concorrer a uma vaga, poderá tirar algumas dúvidas logo abaixo:

  • Estou inscrito no processo seletivo que foi cancelado, já estou inscrito automaticamente nesse novo edital?

Não. É preciso se inscrever novamente.

  • Preciso pagar algo ou pedir isenção?

Não, a inscrição será gratuita.

  • Preciso comparecer ao Campus para fazer alguma prova ou avaliação?

Não, o candidato só precisa comparecer ao Campus se for chamado e decidir por fazer a matrícula presencial. Não haverá avaliações para seleção de entrada, esta seleção irá ocorrer através da avaliação do histórico escolar, como descrito no item "DA SELEÇÃO E DA CLASSIFICAÇÃO".

  • Até quando posso me inscrever?

Até o dia 11 de novembro de 2020, mas é importante buscar o quanto antes.

Outras dúvidas poderão ser enviadas para o e-mail: seac.laj@ifrn.edu.br

Os candidatos interessados podem se inscrever, exclusivamente via internet, no Portal do Candidato IFRN, a partir das 14h do dia 26/10/2020 até as 23h59min de 11/11/2020. As seleções serão feitas por meio de análise do histórico escolar dos candidatos, tomando as notas de Língua Portuguesa e Matemática obtidas no último ano do Ensino Médio (para os cursos Subsequentes) e no último ano do Ensino Fundamental (para os cursos ProEJA). Não será cobrada taxa de inscrição.

Acesse

Edital nº 21/2020-Proen — Cancelamento do Edital nº 12/2020 – Cursos Técnicos Subsequentes 2020.2

Edital nº 22/2020 — Cancelamento do Edital nº 13/2020 – Cursos Técnicos Integrados Proeja 2020.2

Edital nº 23/2020-Proen — Cursos Técnicos Subsequentes 2020.2

Edital nº 24/2020-Proen — Cursos Técnicos Integrados Proeja 2020.2

Edital nº 25/2020-Proen — Cursos Técnicos Subsequentes EaD 2020.2

Portal do Candidato IFRN 

terça-feira, 10 de novembro de 2020

MOMENTO HISTÓRICO PARA A LUTA DAS MULHERES >> Primeiro voto feminino completou 90 anos no último dia 03/11


A data em que a mulher pôde votar pela primeira vez no Brasil completa 90 anos esta semana.

Foi em 24 de fevereiro de 1930, que o presidente Getúlio Vargas estabeleceu um decreto permitindo o voto a uma parte das mulheres, mas ainda demorou para que ele entrasse em vigor.

ENCANTAMENTOS DA CAATINGA >> As características que tornam o umbuzeiro uma das árvores de grande importância nesse bioma

Com a copa em formato de um imenso guarda-chuva verde durante o período chuvoso, as raízes do umbuzeiro (ou imbuzeiro) armazenam até 1000 litros de água em seus xilopédios! Árvore cisterna! Durante o período da seca, quando a árvore perde todas as suas folhas, é só ir atrás de suas batatas embaixo da terra. Seu nome de origem tupi-guarani, "ymbu", revela exatamente isso: "árvore que dá de beber". Seu fruto é o umbu, pequeno, arredondado e verde-amarelado.

Consta ser meio azedo, mas rico em vitamina C. O umbu pode ser consumido in natura ou ser usado no preparo de doces e salgados. Cooperativas de produtores agroextrativistas no sertão da Bahia e na Central do Cerrado vendem polpa, geleia e doces.

O site CERRATINGA.org.br descreve espécies da caatinga e do cerrado, com fotos, boas práticas de manejo para o extrativismo sustentável, produtos do beneficiamento, links das cooperativas, contato de pequenos produtores e receitas!
Saiba mais:
UMBU - Cerratinga, Produção Sustentável e Consumo Consciente: https://bit.ly/2TAGqwr

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

ARTE E A CONSTURÇÃO HISTÓRICA E SOCIAL DO BRASIL >> 10 filmes para conhecer o Brasil

 

Embarque em uma viagem por diferentes épocas e regiões do país em dez importantes produções do cinema brasileiro. Confira a lista!

Ao longo de toda a sua história, o cinema brasileiro tem produzido diferentes representações e narrativas sobre o país e sua cultura. É verdade que, com certa frequência, os filmes sobre Brasil recorrem a certos estereótipos associados a uma ideia de identidade nacional que parece estar mais preocupada em adequar-se às expectativas do olhar estrangeiro do que com a concepção de imagens que estejam de fato atreladas a realidade brasileira.

Nos últimos anos, porém, é possível notar um movimento de mudança na construção de um imaginário nacional nas produções cinematográficas brasileiras. O samba, o carnaval e o futebol se deslocam na cena, abrindo espaço para questionamentos que dizem respeito a temáticas urgentes no país, como as desigualdades sociais, os embates políticos, as lutas de classe, os direitos trabalhistas e o acesso à moradia.

Aqui, nós preparamos uma lista com dez obras fundamentais do cinema nacional para quem deseja compreender a fundo os processos e complexidades que constituem o nosso país. Confira as dicas e boa sessão!

Arábia (2017), João Dumans e Affonso Uchoa

Na cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, um jovem (Murilo Caliari) encontra sem querer o diário de um operário metalúrgico que sofreu um acidente de trabalho. Através das memórias do trabalhador, o menino irá embarca em uma jornada pelas condições de vida das pessoas que trabalham nas fábricas.


Baile Perfumado (1997), Lírio Ferreira e Paulo Caldas

Amigo de Padre Cícero (Jofre Soares), o mascate libanês Benjamin Abrahão (Duda Mamberti) imagina que, fazendo um filme sobre Lampião (Luís Carlos Vasconcelos) e o seu bando, ele poderá ficar rico. Benjamin, então, procura o famoso cangaceiro para compartilhar a sua ideia, mas os seus planos serão prejudicados pela ditadura do Estado Novo.


Central do Brasil (1998), Walter Salles

Dora (Fernanda Montenegro) é uma escrivã que passa os dias redigindo cartas para analfabetos na estação Central do Brasil, no centro do Rio. Embora não envie todas as cartas que escreve, ela decide ajudar um menino (Vinícius de Oliveira) a encontrar o pai que vive no interior do Nordeste e ele nunca conheceu.


Cabra Marcado Pra Morrer (1984), Eduardo Coutinho

No início dos anos 1960, o líder camponês João Pedro Teixeira foi assassinado por ordem dos latifundiários do Nordeste. Eduardo Coutinho começou a fazer um filme em homenagem a sua trajetória, mas foi interrompido pela ditadura militar. Dezessete anos depois, o diretor retoma o projeto e procura a viúva Elizabeth Teixeira e seus dez filhos, que agora vivem espalhados em diferentes lugares do país.

Doméstica (2012), Gabriel Mascaro

Ao longo de uma semana, sete adolescentes brasileiros filmam o dia a dia de suas empregadas domésticas. Com o material que recebeu dos cineastas amadores, Gabriel Mascaro produziu um documentário que fomenta a discussão sobre as relações de poder e carinho estabelecidas entre patrões e empregados.

Madame Satã (2002), Karim Ainouz

No Rio de Janeiro dos anos 1930, João Francisco (Lázaro Ramos) é um artista transformista que sonha em tornar-se um astro dos palcos após deixar o cárcere. Livre da prisão, ele vai viver com a sua companheira, Laurita (Marcélia Cartaxo), e outros amigos próximo ao bar Danúbio Azul. Neste ambiente, João se tornará a mitológica Madame Satã.

O Processo (2018), Maria Augusta Ramos

Sem entrevistas ou intervenções, O Processo aborda a crise política enfrentada pelo Brasil desde 2013. O filme de Maria Augusta Ramos revela imagens raras das votações e discussões que determinaram a destituição da presidente Dilma Rousseff.

O Som Ao Redor (2012), Kleber Mendonça Filho

Um grupo de supostos seguranças chega a uma rua de classe média na Zona Sul de Recife com a promessa de garantir proteção aos moradores do lugar. Se de um lado há pessoas que comemoram a presença da segurança privada, há também os que vão passar momentos de tensão causados justamente por esse grupo.

Temporada (2019), André Novais

Juliana (Grace Passô) se muda de Itaúna, no interior de Belo Horizonte, para a periferia de Contagem, localizada na região metropolitana. Na nova cidade, ela começa a trabalhar no combate às endemias na região e conhece pessoas e situações que vão mudar a sua vida. Por outro lado, Juliana precisa enfrentar as turbulências na relação com seu marido, que em breve também irá para a cidade grande.

Torre das Donzelas (2019), Susanna Lira

Quarenta anos depois de serem presas durante a ditadura militar, um grupo de mulheres revisita memórias e fala sobre a sua experiência na Torre das Donzelas, nome como era chamada a penitenciária feminina.


Cinema Brasileiro: propostas para uma história, Jean-Claude Bernardet

Publicado em 1979, Cinema brasileiro: propostas para uma história explora a presença do cinema no cenário cultural do país desde o fim do século XIX até os anos 1970. Além de resgatar a história do cinema brasileiro e as discussões relativas à sua realização no país, o livro discute a importância do cinema como uma política cultural no país.


Feminino e Plural: Mulheres No Cinema Brasileiro, Karla Holanda e Marina Cavalcanti Tedesco

Feminino e Plural: Mulheres No Cinema Brasileiro discute a dimensão da participação feminina na construção do cinema nacional. A obra reúne uma série de textos que propõem a intervenção, o resgate e a reavaliação do papel das mulheres no cinema brasileiro e de sua representação nos filmes produzidos no país.


Nova História do Cinema Brasileiro, Fernão Pessoa Ramos e Sheila Schvarzam

Organizada por Fernão Pessoa Ramos e Sheila Schvarzam, a coletânea Nova História do Cinema Brasileiro reúne textos escritos por pesquisadores e especialistas e que delineiam um panorama atualizado e detalhado do cinema brasileiro. Nesse volume, o primeiro da coleção, a história do cinema nacional é abordada desde a década de 1910 aos anos 1950.


O Negro Brasileiro e o Cinema, João Carlos Rodrigues

Em O Negro Brasileiro e o Cinema, João Carlos Rodrigues discute a posição das pessoas negras diante da produção nacional cinematográfica nacional, na frente e por trás das câmeras. A obra nos mostra que, infelizmente, a presença das pessoas negras no cinema permanece ligada a representações associadas às raízes escravocratas, presentes tanto no papel que lhes é dado nas produções cinematográficas como na restrição do seu acesso à educação e à cultura no país.

Revisão Crítica do Cinema Brasileiro, Glauber Rocha

Revisão Crítica do Cinema Brasileiro é o primeiro volume da Coleção Glauberiana e reúne artigos escritos por Glauber Rocha entre os anos de 1958 e 1963. Os textos do diretor baiano discutem desde o pioneirismo de Humberto Mauro e Mario Peixoto ao surgimento do Cinema Novo brasileiro com a trilogia carioca de Nelson Pereira dos Santos, lançada no final da década de 1950.

Fonte: https://blog.estantevirtual.com.br/2020/10/28/10-filmes-para-conhecer-o-brasil/?utm_source=facebook&utm_medium=cpc&utm_term=ROIHUNTER&utm_campaign=IMPRESSIONS--IMPRESSIONS&utm_content=at1!24051873&utm_id=at1!24051873&fbclid=IwAR0nSTIgYHVPtdV5mrPlBNonPzOEI2k-96vwowl1hGC9aE-_5PnRcWNJp1Q


UMA REFLEXÃO BEM ESCLARECEDORA >> A simbologia da eleição norte americano no contexto da consciência de classe

Uma emissora estadunidense entrevistou pessoas de origem latina e árabe que votaram em Donald Tump e apoiavam seus projetos, entre eles crianças postas em jaulas e separadas de seus pais, construção de muros e deportações.

Durante a entrevista, o jornalista perguntou para um imigrante latino-americano: “o senhor apoia a construção de muros e as deportações mesmo sendo originário de outro país da América Latina?”
O entrevistado responde: “claro!”.
O repórter insistiu: “mas você é latino!”.
O entrevistado finaliza: “não, agora eu tenho green card”.
Em outros termos, o entrevistado diz: agora não quero fazer parte dos excluídos, quero fazer parte dos que excluem. Assim, sinto-me fazendo parte de uma maioria que reforça em mim um gozo que pressupõe uma fantasia de dominação.
Tais votos e apoios, em sua grande maioria, não se referem a projetos econômicos, de investimento e de estrutura social. Em sua maioria são sobre afetos, pulsões e gozos que encontram vazão. São ações, comentários, discursos e pedidos de intervenção, de repressão e aniquilação do outro que refletem uma demanda social. Por isso, não é surpresa o apoio de eleitores latinos, árabes e negros em candidatos racistas e autoritários, seja nos Estados Unidos ou no Brasil.
Texto: Luis Gustavo Reis