sábado, 28 de julho de 2018

LAJES E A PARTICIPAÇÃO POLÍTICA NAS ELEIÇÕES 2018 >> Mais um nome para as eleições desse ano!


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Depois de termos divulgado aqui os nomes das pré-candidaturas de Maricelma Pereira (PT) e do  Profº. Renier Martins (PCdoB) para a Assembleia Legislativa, surge mais um nome para as eleições desse ano.

Como a mídia estadual já vinha divulgando há vários dias, o nome de Benes Leocádio (PTC) está sendo lançado na manhã hoje como pré-candidato a uma cadeira na Câmara Federal. Com uma grande aceitação em Lajes onde foi eleito prefeito por 5 vezes e também por já ter presidido a FEMURN por vários mandatos, Benes Leocádio agora parte para uma nova disputa, dessa vez no âmbito federal.

De Lajes saiu uma caravana composta por amigos, familiares e militantes que se deslocaram até Natal para prestigiar esse momento e demonstrar seu apoio a essa candidatura. 

SOBRE LULA >> Só para lembrar aos coxinhas e midiotas...


80 Anos de Muita História pra Contar... >> Virgulino Ferreira da Silva, o sertanejo, homem, cangaceiro, mito. 80 anos de sua morte em Angico

Já se vão exatos 80 anos desde o longínquo 28 de julho de 1938 quando na grota do Angico; nas barrancas do lado sergipano do Velho Chico o fatídico episódio do cerco e morte de Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, acabaria marcando o fim do cangaço e iniciando uma verdadeira epopeia em busca da verdade em torno da morte do rei do cangaço. Virgulino se configura como o sul americano mais biografado do planeta, mais mil livros buscam contar a história desse fenômeno tipicamente do nordeste do Brasil, grupos de estudos, instituições e academias vem se debruçando sobre o curioso tema que se reveste envolto em "mentiras e mistérios" mesmo passados longos oitenta anos...

Seminários, simpósios e congressos em várias cidades nordestinas acontecem neste mês de julho, trazendo à mesa a discussão que mobiliza pesquisadores e escritores de todo o Brasil. Dentro desse contexto, a capital baiana Salvador sediou entre os dias 10 e 12 de julho; próximo passado; o "Seminário Angico 80 Anos – O Crepúsculo do Cangaço". Tendo a frente o professor Manoel Neto e o coronel Raimundo Marins, o evento aconteceu na Biblioteca Central dos Barris e foi uma promoção do Centro de Estudos Euclydes da Cunha – CEEC/UNEB, da Biblioteca Pública do Estado da Bahia e do Centro de Memória da Polícia Militar do Estado da Bahia. Com brilhantismo reuniu pesquisadores renomados do tema, como Luitgarde Cavalcanti Barros,  Oleone Coelho Fontes, José Bezerra Lima Irmão, Luiz Ruben Bonfim, Kiko Monteiro, além da presença importante da jornalista Vera Ferreira, neta de Lampião e Maria Bonita e Indaiá Santos, neta de Corisco e Dadá, dentre outros ilustres participantes.

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Outro grande evento dentro da comemoração dos 80 anos da morte do mais famoso de todos os cangaceiros; Virgulino Ferreira da Silva , Lampião; acontece entre os próximos dias 24 a 26 de julho, também em Salvador, desta vez uma promoção do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, e que promete reunir pesquisadores e apaixonados pela temática de todo o Brasil. Novamente personalidades da pesquisa do cangaço estarão presentes com destaque na programação para os escritores; José Bezerra Lima Irmão, Oleone Coelho Fontes, José Dionísio Nóbrega e Renato Luiz Bandeira.  
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Alagoas registra presença também no marco dos 80 anos da morte de Lampião a partir da 7
 
0ª Reunião Anual da SBPC - UFAL Sertão, no município de Delmiro Gouveia. No último dia 19 de julho reuniu na 
 
Mesa Redonda: "Os 80 anos da morte de Lampião: releituras do Cangaço" os qualificados pesquisadores: 
 
Luitgarde Barros (UERJ), Aldair Menezes (SEE-SE) e Antonio Fernando Sá (UFS).
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Mesa de Debates na UFAL de Delmiro Gouveiao
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O município de Lagarto no sertão sergipano foi outro que se somou ao conjunto de eventos que marcariam a data dos 80 anos da morte de Virgulino. Para um imensa platéia de estudantes o pesquisador Kiko Monteiro vem apresentando semanalmente neste mês de julho, palestras sobre a temática. Os eventos acontecem no auditório do Pré Seed - Polo Lagarto, sob a coordenação do professor Clécio.
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Kiko Monteiro no Pré Seed em Lagarto, Sergipe
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Mais uma vez a Bahia se faz presente nos eventos comemorativos em alusão aos 80 anos da morte de Lampião, desta vez o acolhedor município de Paulo Afonso reúne personalidades da pesquisa e estudo do cangaço para numa promoção da Academia de Letras de Paulo Afonso - ALPA - em alusão ao Dia do Escritor , dia 25 de Julho, no Clube Paulo Afonso e sob a coordenação do jornalista Antônio Galdino e do grande escritor João de Sousa Lima, realizar mais um conjunto de palestras que contará com as presenças de Luiz Ruben Bonfim, Benedito Vasconcelos, Celsinho Rodrigues, Elane e Archimedes Marques, Jurivaldo Alves, Louro Teles, dentre outros. Já no dia seguinte é a vez da prefeitura municipal de Paulo Afonso promover ainda dentro do Paulo Afonso Cangaço mais apresentações e debates dentro da mesma temática, com as participações de Aderbal Nogueira e Manoel Severo.

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Por fim o maravilhoso e encantador município de Piranhas em Alagoas reúne nos dias 26 a 28 de julho; em evento capitaneado pela prefeitura municipal através da Secretaria de Cultura , pesquisadores, escritores e professores para a promoção de mesas de debates, palestras e apresentação de video documentários com destaque para as presenças de Aderbal Nogueira, João de Sousa Lima, Wescley Rodrigues, Louro Teles, entre outros.


APOSENTADORIAS NA EDUCAÇÃO >> Novas exigências para aposentadoria é pauta de audiência entre o SINTE/RN, TCE e o IPERN

As novas exigências para se aposentar foram o tema da audiência entre o SINTE/RN, o Presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado) e representantes do IPERN. A audiência aconteceu na última segunda-feira (23).
O Sindicato fez uma exposição das preocupações da entidade com essas novas exigências. Isso porque para se aposentar tem sido solicitadas as cópias de certidão de nascimento e casamento. Os documentos custam, em média cada um, 80,00 reais: “Esse valor, se retirado, faz falta no orçamento de uma família, sobretudo de um trabalhador em educação, que recebe um salário baixo”, afirmou a coordenadora geral do SINTE/RN, professora Fátima Cardoso.
O coordenador geral do SINTE, professor José Teixeira, conta que o Sindicato deixou claro que não é contrário a rigorosidade do processo para se aposentar: “Até mesmo para evitar aposentadorias indevidas e outros abusos”, afirmou. Em compensação o Sindicalista relata que o SINTE exige que o caminho para a aposentadoria não seja burocrático: “A categoria não pode ser sacrificada com uma série de exigências desnecessárias. ”       
Em resposta, o presidente do TCE, Gilberto Jales, informou que uma auditoria na previdência estadual constatou que os dados dos servidores são frágeis ou insuficientes. Por isso, os documentos solicitados são necessários para se realizar os cálculos atuais das aposentadorias ou pensões.  
Para entender a fala do Presidente do Tribunal é preciso recorrer a um exemplo: No cadastro de Maria consta que o seu estado civil é solteira. Sem problema algum, Maria vai se aposentar como solteira e não acontecerá qualquer impacto nos recursos da previdência. Entretanto, Joana é casada e tem filhos que receberão pensão por ocasião do seu falecimento. Desta forma, os documentos são necessários para que o cálculo seja atualizado e a pensão garantida, quando for necessária.
Da audiência, ficou acertado o compromisso de que o TCE vai produzir uma nota técnica onde vai esclarecer todas as situações relativas as certidões. Além disso, segundo o IPERN, um formulário será disponibilizado para que os pré-aposentados coloquem as informações necessárias para se aposentar.

EM NATAL >> Shows gratuitos neste sábado em Ponta Negra com o projeto Samba Negra

Enaltecendo o melhor da música brasileira, chega a capital potiguar a primeira edição do projeto Samba Negra. No dia 28 de julho, a partir das 16h, a praia de Ponta Negra vai receber os artistas Adilson Bispo, Debinha & Roda de Bambas e Samba Preto no Branco em uma noite com muita alegria, diversão e samba no pé. O palco para essa reunião será o Deck de Ponta Negra, localizado em frente à barraca Astral Sucos, estrelando os maiores clássicos do samba nacional para o público aproveitar gratuitamente.
 
Este evento é realizado pela Idearte Produções e Atividade Promoções, com o patrocínio da Prefeitura do Natal, Lei Djalma Maranhão de Incentivo à Cultura, Nutrivida, Prontoclínica de Olhos e B&F Funilaria.
 
Sobre os artistas
Nascido no Rio de Janeiro, Adilson Bispo é um sambista, cantor e compositor de música popular brasileira com mais de 100 canções gravadas e que começou a carreira frequentando o Pagode de Arlindo Cruz no início da década de 1980.
 
Muito atuante no cenário do samba natalense, o cantor Carlos Antônio Ramos, mais conhecido como Debinha, nasceu nas Rocas e lançou seu primeiro CD e DVD em 2012, celebrando seus trinta anos de experiência com ritmo brasileiro. Junto com a Roda de Bambas, Debinha canta clássicos e músicas próprias que agitam todas as idades.
 
Fundado em 2012, o Samba Preto no Branco conquistou rapidamente o público potiguar e já acumula mais de nove mil fãs nas redes sociais. A banda é formada pelos músicos Matheus Magalhães, Yuri Galvão, Carlinhos, George Augusto, Allyson Santos e Paulo Rafael.
 
Assessoria de Imprensa Idearte Produções
Acarta Comunicação
Jeanny Damas 84 99451-4577
Tainá Rodrigues 84 99616-7532

sexta-feira, 27 de julho de 2018

ARTE E CULTURA COMO INSTRUMENTO DE LIBERTAÇÃO >> Mais uma obra de arte desse grande poeta amigo Lino Sapo


Resultado de imagem para rio grande do norte Meu Rio Grande do Norte
Onde fica essa porteira?
Pra tua gente guerreira
Se livrar dessa má sorte
Pois não há quem mais suporte
Servi as oligarquias
Cheias de demagogias
Enganando nossa gente
De forma covardemente
Prometendo melhorias
Oh, meu pobre Rio Grande
Administrado tão mal
Herança medieval
Que na eleição se expande
Com quatro famílias no estande
Se alternando no poder
Fazendo a gente sofrer
Na base da vassalagem
Um feudo de vadiagem
Que o progresso fez morrer

Rio de belas alegrias
De um tempo que passou
Teu rosado desbotou
Orquestrado em parcerias
Com Alves, Maias, Farias.
Maltratando-nos sem dó
Da central ao Seridó
Causando um Potiguacídio
Promovendo fratricídio
Reduzindo a gente a pó

Oh, meu esplêndido estado
Que expulsou lampião
Hoje anda na contra mão
Sofrendo desgovernado
Há tempo foi raptado
Tratado como curral
No processo eleitoral
Vira pequeno riacho
Um Refém do cambalacho
Dos que só nos fazem mal
Oh, minha terra querida
Onde corre o Potengi
Ostentando o Cabugi
No presente, tão sofrida.
Sangrando pela ferida
Dos que fazem do poder
Meio de sobreviver
De maneira hereditária
E de forma autoritária
Impedem nosso crescer
Meu lindo solo sagrado
Chão de Alzira Soriano
Que sofre a cada ano
Com seu povo feito gado
Produto nesse mercado
De campanhas eleitorais
Com coronéis municipais
Que a nossa venda compete
Cento e sessenta e sete
São os exatos currais
Oh, Meu pequeno elefante
De Felipe Camarão
Miguelinho, Fabião.
E Jesuíno brilhante
Desse povo fascinante
Figuras de nossa história
Muito vivas na memória
Dessa gente potiguar
Querendo se libertar
Do cabresto dessa escória
Oh, Rio Grande do Norte.
Filho macho do nordeste
Lutando contra essa peste
Que nos levará pra morte
Mas nossa gente é forte
Já aprendeu dizer não
Fugindo do acordão
Desses clãs parasitários
Não vamos mais ser otários.
Pra vocês nessa eleição
Aqui nasceu o Brasil
Cascudo e Militana
Com Tanta gente bacana
Moldando nosso perfil
Desse povo varonil
Que expulsou o holandês
Nós não somos de burguês
Merecemos mais respeito
Se não tiver outro jeito
Expulsaremos vocês
                                         (Poeta Lino Sapo)

E EM LAJES >> A caótica situação da comunicação via celular



HOJE EM NATAL >> Lançamento das pré-candidaturas de Fátima Governadora e Lula Presidente, para o RN voltar a viver melhor!!!

TENDO APOIO, A AGRICULTURA FAMILIAR SE DESENVOLVE >> Agricultoras de Caraúbas são exemplo de superação e sucesso na Agroecologia

Agricultoras de Caraúbas são exemplo de superação e sucesso na Agroecologia
Cinco mulheres e uma terra. Cinco histórias de vida que foram entrelaçadas pela luta na criação dos filhos e filhas, no sustento da família e no empoderamento feminino que se consolidou após a derrubada de muitas barreiras. Cinco exemplos de superação que a Agroecologia reuniu num único lugar, no Assentamento São José, município de Caraúbas, sertão do Rio Grande do Norte.
Estamos falando de Alessanda Farias, Maria do Socorro (Corrinha), Damiana Veríssimo, Maria das Dores Veríssimo e Josilene Ferreira. Há oito anos, elas administram com maestria quase 100 metros quadrados de terra. Lá, elas cultivam quase tudo. O solo fértil produz batata, macaxeira, cheiro verde, alface, berinjela, hortaliças em geral; frutas como caju, acerola, maracujá, mamão, morango; e plantas medicinais a exemplo da hortelã, mastruz, malva risco, dipirona, entre outras. Contudo, para que elas chegassem ao sucesso de hoje, o caminho foi árduo.
“Esse pedaço de terra foi adquirido pelo meu irmão e marido há muitos anos. Foram eles que deram início a uma hortinha para garantir nossa sobrevivência com o que a terra dava. Nós íamos buscar água no açude com baldes e latas carregados nas nossas cabeças para aguar a plantação. Hoje temos essa lindeza”, disse Alessandra. Damiana Veríssimo acrescenta. “Desde 2010 estamos tomando conta dessa horta. Me sinto feliz por trabalhar, vender nossos produtos na feira agroecológica de Caraúbas e dividir com meu marido nas despesas da casa de igual para igual”.
Assim como Alessandra e Damiana, Corrinha e Maria das Dores também trabalham no local. “Chegamos aqui bem cedinho e no final da tarde para arar a terra, colher os produtos para levar para casa e para a feira, e também para plantar mais”, disse Maria das Dores. Corrinha acrescenta: “Somos felizes aqui. Somos guerreiras e a nossa união irá nos levar muito longe”. Elas formaram o grupo de mulheres “Unidas pela Paz”.
Além da horta, as agricultoras ainda mantêm uma cozinha que foi construída na comunidade para a fabricação de doces e salgados. Quem comanda o espaço é Josilene Ferreira, que se afastou da horta para se dedicar exclusivamente à cozinha. “Aqui nós fazemos bolo de macaxeira, mamão, batata, biscoitos, doces e salgados em geral. Levamos esses produtos para serem vendidos na feira de Caraúbas e até aceitamos encomendas”, disse.
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Superação
De acordo com as agricultoras, depois da chegada da Diaconia no assentamento, a vida delas mudou significativamente. “Recebemos orientações importantes sobre nosso trabalho por meio dos técnicos e técnicas que também nos trouxeram equipamentos como os da irrigação para nos ajudar na produção e colheita”, disse Damiana. Contudo, a parceria vai além do material. Está nas relações pessoais que foram estabelecidas. E quem exemplifica bem essa relação é Alessandra. Sua história de vida não foi fácil. A agricultora perdeu o marido que morreu eletrocutado no açude que abastece a produção. Dois anos depois, o irmão que originou tudo também se foi.
“Entrei numa depressão profunda. Não sabia mais o que fazer da minha vida. Perdi a vontade de trabalhar na horta, cuidar dos filhos, perdi até a vontade de viver. Me vi tendo que caminhar sozinha e não tinha forças para isso. Ter conhecido o pessoal da Diaconia me ajudou a superar uma crise muito séria. Os técnicos e técnicas são pessoas humanas, muito inteligentes e profissionais. Hoje estou participando de feiras, congressos, encontros, eventos que eu nunca imaginei participar e que estão me mostrando o quanto somos capazes de sermos o que a gente quiser ser”, vibrou.
Damiana também tem histórias para contar. “Meu marido nunca gostou desse meu serviço. Mas eu sou batalhadora e não dei atenção para as besteiras que falava. Hoje eu tenho o mesmo peso que ele dentro da nossa casa. E crio todos os meus filhos mostrando que nós, mulheres, estamos de igual para igual com os homens”.
Por Tádzio Estevam (Assessor de Comunicação da Diaconia).

FLIP: LITERATURA E CIDADANIA >> Autoras defendem enfrentamento conjunto de machismo e racismo



Em meio a uma edição mais intimista da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), o encontro entre as autoras Djamila Ribeiro e Selva Almada cumpriu a expectativa de trazer à tona debates de cunho social mais "candentes", como tinha definido a curadora da Flip, Josélia Aguiar. Aplaudidas em diversos momentos na noite de hoje (26), as escritoras defenderam um feminismo amplo e que enfrente os problemas, dando a eles os nomes que têm.
"Não dá para ser feminista sem ser antirracista. Não dá para ser feminista sem lutar contra a opressão por orientação sexual", resumiu Djamila Ribeiro, autora do livro Quem tem medo do feminismo negro?. "Não dá para ser feminista e ser a favor da maioridade penal. Não dá para ser feminista e ser a favor da reforma trabalhista, por que quem vai sofrer com isso?", questionou ela, se referindo à população negra como a mais prejudicada por essas políticas. 
A autora destacou que é preciso reconhecer as opressões específicas que as mulheres negras sofrem, e que os grupos marginalizados não devem escolher contra qual opressão lutar, mas enfrentar o machismo e o racismo conjuntamente, já que, na visão da autora, são ambos que estruturam todas as opressões da sociedade brasileira. 
"Muitas pessoas pensam que nomear é dividir, mas é o contrário. A sociedade já é dividida com homens brancos no topo e mulheres negras na base".
Djamila argumentou que mesmo estereótipos como o da mulher frágil e delicada ou a circunscrição da mulher na casa com os filhos são características da opressão contra a mulher branca e não se aplicam à vivência das negras no Brasil. "A mulher negra não foi aquela que ficou em casa, e o homem negro saiu para trabalhar. As mulheres negras se tornaram empregadas domésticas", diz ela, que destrincha que os estereótipos contra a mulher negra foram muito mais no sentido de brutalizar e hipersexualizar seus corpos.
Ao responder a mediadora da mesa, Alice Sant'Anna, Djamila considerou que uma demonstração da vulnerabilidade das mulheres negras foi o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), ainda sem solução depois de mais de quatro meses. 
"Mesmo sendo uma parlamentar, isso não a protegeu de ser assassinada de forma tão brutal", disse ela, que contou conhecer Marielle e ainda não ter terminado seu processo de luto. "Isso foi uma resposta a todas nós. A gente sentiu muito medo. Fiquei dias sem sair de casa, fiquei de cama. Ainda estou elaborando esse luto".

Feminicídio na Argentina

Ao lado da brasileira estava a autora argentina Selva Almada, que publicou o livro Garotas Mortas, que conta histórias reais de feminicídio em seu país. Selva lembra que as histórias a marcaram porque as vítimas, como ela, eram jovens de povoados menores. Nesses lugares, uma série de costumes tentam assustar as mulheres em relação a ameaças fora de suas casas, mas não são denunciados com a mesma frequência os perigos que vêm das pessoas próximas, como vizinhos e familiares.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

A justiça, a verdade e a lei....


ELEIÇÕES 2018 >> Os candidatos, as fotos, o povo, o voto...

Como esse ano teremos eleições e com um período eleitoral ainda mais curto, temos visto nas redes sociais e nos blog's que diariamente recebem as comunicações das assessorias dos pré-candidatos (que agora tornam-se pessoas simples, carismáticas, comprometidas com as necessidades sociais...) e que muitos deles estão “até visitando” as esquecidas cidades do interior. E isso me fez imaginar que esses políticos terão oportunidade de conhecer um pouco sobre essas cidades e seus problemas e também verem in loco a situação horrível da malha viária estadual.

Outro ponto que quero abordar aqui é sobre esses “pré-candidatos” talvez muitos que nem conheciam o interior do RN, mas chegam nas cidades capitaneados pelos prefeitos, vereadores ou até por cabos eleitorais que farão de tudo para apresentá-los ao povo como sendo a solução para os mais diversos problemas e dessa forma conseguirem os prometidos votos. E esse será um momento de muitas fotos, sorrisos, abraços.

Porém o cidadão/eleitor terá tempo e oportunidade (já que a eleição só acontecerá em 07 de outubro) para procurar saber quem realmente é essa pessoa que está chegando agora, qual o seu posicionamento no que diz respeito às questões sociais, pois cem reais nesse período, pode resultar em mais quatro anos sem escola, sem emprego, sem saúde, sem segurança...

Por Canindé Rocha - Profº  da Rede pública e Coordenador Mul de Meio Ambiente

DEMOCRACIA: UMA IDEIA A SER SEGUIDA >> UFERSA revoga homenagem a ditador Costa e Silva no RN

O Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) aprovou, à unanimidade, a retirada do nome General Costa e Silva que batizava o ginásio de esportes da instituição.
A decisão foi tomada nesta terça-feira (24) e divulgada em primeira mão pelo blog do jornalista Saulo Vale, de Mossoró.
A proposta de mudança foi encabeçada pelo grupo de pesquisa História Constitucional e Direitos Sociais, orientado pelo professor da Ufersa Rafael Cabral. Eles questionavam o fato da universidade homenagear um dos mais truculentos governantes do país.
Com isso, a estrutura passa a se chamar Ginásio de Esportes da Ufersa.
A decisão pressiona a UFRN a também retirar a homenagem feita a dois ditadores do regime militar. O general Humberto Castelo Branco, primeiro presidente militar pós golpe, e o general Emílio Garrastazu Médici receberam o título de Doutor Honoris Causa pela UFRN. Castelo Branco foi homenageado em abril de 1966 e Médici recebeu a honraria em setembro de 1971. Os dois títulos foram aprovados pelo Conselho Universitário da Instituição, o CONSUNI, o mesmo fórum que, na Ufersa, decidiu retirar a homenagem.
Agência Saiba Mais publicou reportagem em 20 de maio deste ano destacando que a UFRN não pretendia rever as homenagens, mesmo após as recentes revelações de memorando da CIA, agência de inteligência americana, que mostrou que o presidente Ernesto Geisel (1974-1979) autorizou a execução de opositores do regime militar.
O memorando, divulgado em maio pelo jornal Folha de S. Paulo, relata um encontro entre Geisel, João Batista Figueiredo, então chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI), e os generais Milton Tavares de Souza e Confúcio Danton de Paula Avelino, ambos na ocasião no Centro de Informações do Exército (CIE).
O mais duro golpe
O General Costa e Silva governou o Brasil durante o Regime Militar, no período de 1967 – 1969. Foi no governo dele que foi instituído o Ato Institucional nº 5 (AI-5), considerado o mais duro golpe do Regime.
Só para se ter uma ideia, foi através dessa medida que parlamentares contrários aos militares tiveram direitos políticos cassados. Foi também proibida qualquer manifestação popular. Jornais, revistas, peças de teatro e músicas eram censurados previamente, com o AI-5.

O GOVERNO GOLPISTA ESTÁ NEGANDO, mas nenhum país mata mais ambientalistas que o Brasil, diz ONG

Protesto de indígenas em Brasília em abril: a situação vai de mal a pior”, diz ONGLevantamento da Global Witness denuncia assassinato de 57 ativistas e defensores de terras em 2017, 80% deles na Amazônia. Planalto classifica estudo como exagerado e exemplo de "fake news" para atacar o governo. O Brasil foi o país que mais matou ambientalistas e defensores de terras em 2017, divulgou a ONG Global Witness, em um relatório classificado pelo governo Michel Temer como "fake news".
O relatório da Global Witness, divulgado nesta terça-feira (24/07), aponta que o Brasil teve o maior número de mortes já registrado em um ano em qualquer país, com o assassinato de 57 pessoas, 80% delas tentando proteger a Amazônia.
Mundialmente, 207 defensores da terra e do meio ambiente foram mortos em 2017 nos países monitorados pela ONG, seis a mais que no ano anterior, fazendo do período o mais sangrento desde o início do levantamento em 2015. O Brasil é seguido no ranking por Filipinas (48 mortes), Colômbia (24) e México (15).
A ONG diz que, no Brasil, "a situação vai de mal a pior" e mostra especial preocupação com o aumento no número de chacinas no ano passado, quando o país foi palco de três massacres que, juntos, levaram à morte de 25 ativistas.
Os números incluem o massacre de nove trabalhadores rurais no Mato Grosso em abril, assim como a morte de dez agricultores sem terra no Pará em maio.
O governo Temer reagiu duramente ao relatório e qualificou os dados de "equivocados", "frágeis" e "inflados". Para o Planalto, a metodologia do levantamento é duvidosa.
"Denúncias falhas e mal apuradas são exemplo de fake news usadas para atacar o governo, cujo compromisso essencial tem sido defender o povo brasileiro", diz nota da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência. 
Para o governo, a ONG teria contabilizado como ativistas mortos em supostos conflitos agrários os assassinatos atribuídos por investigações policiais a ajustes de contas entre narcotraficantes.
A Global Witness não poupa críticas a Temer e afirma que, em vez de tomar medidas para acabar com os ataques, o presidente e o Congresso brasileiro estão ativamente enfraquecendo as leis e as instituições destinadas a proteger os direitos à terra e os povos indígenas.  
A ONG lamenta, ainda, os cortes orçamentários de 30% para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e de quase metade do orçamento da Fundação Nacional do Índio (Funai), o que obrigou a agência a fechar algumas bases regionais.
"[Temer ] facilitou, mais do que nunca, que indústrias, como o agronegócio – associado a pelo menos 12 dos assassinatos no Brasil em 2017, de acordo com as estatísticas da Global Witness, – imponham seus projetos sem consultar as comunidades afetadas", diz a ONG, que cita uma assimetria de poder entre o agronegócio e seus apoiadores políticos e os povos indígenas, afrodescendentes e pequenos agricultores.
O governo brasileiro retrucou que o agronegócio é responsável por grande parte da geração de emprego e renda no país.
Os resultados do levantamento da Global Witness não indicam uma nova tendência: o Brasil também havia tido os resultados mais funestos no relatório da ONG sobre 2016, quando foram registrados 49 assassinatos no país.
A ONG alerta que os números reais de mortes provavelmente são ainda maiores devido aos desafios na identificação e na denúncia dos assassinatos.