Fonte: Site do SINTE/RN
O Governo do Estado não tem dinheiro e a
 Lei de Responsabilidade Fiscal impede que novos compromissos sejam 
assumidos. Quem é servidor público estadual, já cansou de ouvir isso nos
 últimos 18 meses, afinal, essas são as principais justificativas da 
gestão Rosalba Ciarlini para não atender aos pleitos dos trabalhadores. 
Contudo, se realmente não tem dinheiro, o motivo não é porque a volume 
de recursos que entra no Estado é pequeno. Afinal, com base no Portal da
 Transparência do Governo do Estado, em 18 meses de administração, 
Rosalba teve uma receita realizada superior aos R$ 12 bilhões, o que 
representa uma média de R$ 700 milhões por mês ou R$ 23 milhões por dia.
Para deixar claro, a receita realizada é
 o recurso “arrecadado previsto em legislação pelo poder público com a 
finalidade de realizar gastos que atendam as necessidades ou demandas da
 sociedade”. Neste ano, a receita realizada já está em cerca de 48% do 
total previsto, que são os “recursos previstos em legislação a serem 
arrecadados pelo poder público com a finalidade de realizar gastos que 
atendam as necessidades ou demandas da sociedade”. No ano passado, o 
total previsto foi de R$ 9,4 bilhões e o realizado foi de R$ 7,7 
bilhões, segundo o Portal da Transparência.
Somados os R$ 7,7 bilhões do ano 
passado com os R$ 4,5 bilhões deste ano, a quantia arrecadada chegou aos
 R$ 12 bilhões. Com o valor, o Governo do Estado poderia construir quase
 300 mil casas populares no valor de R$ 42 mil cada uma. Ou então 1,2 
mil hospitais infantis como o “São Cosme e Damião”, inaugurado no mês 
passado, em Porto Velho, que tem 95 leitos, três unidades 
intermediárias, 16 para observação, dois para isolamento e outros dois 
destinados a casos de emergência, e que custou R$ 9,7 milhões.
O Governo também poderia pagar, à 
vista, 30 estádios Arena das Dunas, no valor de R$ 400 milhões, e teria 
evitado de pagar um financiamento que custará aos cofres públicos mais 
de R$ 1 bilhão. Ou então construir 60 pontes como a Newton Navarro, que 
custou R$ 200 milhões, e foi considerada a maior obra da gestão Wilma de
 Faria, com indícios de superfaturamento, em tramitação na Justiça.
Se quisesse investir só na saúde 
pública, os R$ 12 bilhões permitiriam que o Governo Estadual injetasse 
375 vezes, na Urgência e Emergência, os R$ 32 milhões anunciados quando a
 gestão decretou a “Situação de Calamidade”. E isso, vale lembrar, com 
recursos próprios, sem a ajuda do Governo Federal.