sábado, 1 de dezembro de 2018

MAIS UM BOM NOME >> Profº Getúlio Marques será o novo secretário de Educação no Governo de Fátima Bezerra

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sorrindo, óculos de solA governadora eleita do Rio Grande do Norte, senadora Fátima Bezerra, anunciou na quinta-feira (29) o nome do futuro secretário de Educação do Estado: Getúlio Marques Ferreira. O professor aposentado pelo Instituto Federal do RN (IFRN) é o idealizador do programa de expansão da educação tecnológica instituído no Brasil pelo Governo Lula, por meio de emenda ao Plano Plurianual (PPA) da então deputada federal Fátima Bezerra.
Fátima destacou que a experiência e sensibilidade social do professor Getúlio, já demonstradas nos exercícios de suas funções, contribuirão para o novo rumo da educação que se pretende implantar no Estado, com inclusão e oportunidades. “Será essencial na conquista do sonho de termos mais creches, mais educação de tempo integral. Pela reestruturação do ensino médio com ensino técnico e profissionalizante. Na luta incansável pelo novo Fundeb, para que os estados e municípios, especialmente do Nordeste e do Norte, possam cumprir com as metas de expansão, fortalecimento e melhoria da qualidade da educação no nosso estado. Pelo fortalecimento da Uern e pela valorização dos nossos professores“, assinalou a governadora eleita, ao falar sobre o futuro auxiliar.
Getúlio Marques destacou que os indicadores educacionais põem o estado em uma posição desconfortável em nível nacional e na região Nordeste, mas disse que a equipe da governadora eleita está preparada para enfrentar este desafio de reverter esta situação e melhorar a qualidade da educação no Rio Grande do Norte. “Buscaremos parcerias com as instituições de educação, com as federações e sociedade civil organizada. A integração da educação, cultura e esporte com a ciência e tecnologia, as políticas educacionais voltadas para a inclusão, diversidade e apoio às classes mais vulneráveis estarão presentes em nosso trabalho. O espaço de diálogo permanente com os profissionais da educação será fundamental para que, juntos, participemos de um processo de verdadeira revolução na educação do nosso Estado. É uma honra estar nessa equipe”, destacou o professor.
Perfil
Getúlio Marques Ferreira, professor aposentado do IFRN, foi o coordenador do processo de concepção, criação e expansão dos Institutos federais em nível nacional. Ele trabalhou como Técnico e Engenheiro no Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), foi diretor de Ensino e Diretor Geral do CEFET/RN, vice-presidente da AFURN e secretário Geral do SINTEST/RN. . No Ministério da Educação, foi coordenador de Orçamento e Planejamento, diretor da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e secretário adjunto da Secretaria de Ensino Tecnológico (SETEC/MEC). É engenheiro, especialista em Engenharia de Sistemas e Mestre em Engenharia da Produção.

O COISO COMO SEMPRE FORA DO CONTEXTO MUNDIAL >> BRICS também isolam Bolsonaro e defendem pleno acordo ambiental


















Assim como a França, que disse que não há hipótese de acordo comercial com o Brasil enquanto Jair Bolsonaro não se comprometer a respeitar as normas ambientais do Acordo de Paris, os países dos BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul) também defenderam a "plena implementação" das normas ambientais do acordo; ou seja, na prática, Bolsonaro vem sendo isolado na cena internacional; mais cedo, Bolsonaro disse que não assinaria acordos que prejudicassem o agronegócio.

O BRICS emitiu comunicado nesta sexta-feira (30) com críticas ao protecionismo e fez defesa da Organização Mundial do Comércio (OMC) como fórum do comércio mundial e da importância do Acordo de Paris.

A nota é assinada pelos líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

"Reafirmamos nosso total apoio ao sistema multilateral de comércio baseado em regras, representado pela OMC (...). O espírito e as regras da OMC são contrários a medidas unilaterais e protecionistas. Instamos todos os membros a se oporem a essas medidas inconsistentes com a OMC, a reafirmarem os compromissos que assumiram na OMC e a recuarem de tais medidas de natureza discriminatória e restritiva", afirmou o bloco em sua nota.

Os líderes das cinco principais economias emergentes disseram estar prontos para conversas francas com outros membros da OMC que ajudariam a melhorar o trabalho da organização.

O texto também pontua que o BRICS está comprometido com a "plena implementação" do Acordo de Paris e diz sobre "a importância e a urgência" de garantir recursos ao Fundo Verde para o Clima. "Instamos os países desenvolvidos a proverem aos países em desenvolvimento apoio financeiro, tecnológico e de capacitação, para aumentar suas capacidades de mitigação e adaptação [à mudança climática]", diz a nota.

Os líderes do BRICS pediram à comunidade internacional para unir esforços sob a égide da ONU na luta contra o terrorismo e aderir a uma abordagem multifacetada deste problema.

LIÇÃO DE CUBA SOBRE O MAIS MÉDICOS >> 'O povo cubano não dá o que sobra, compartilha o que tem'

médicas cubanas
Horas antes de embarcar para seu país, a médica cubana Marílyn Galloso lamenta deixar pacientes antes do esperado. Na bagagem, histórias de afeto e superação. Médicos que precisam posar as mãos nos ombros das pessoas, conhecer suas dificuldades, suas necessidades, e não apenas suas doenças.

Cuba mantém 50 mil médicos espalhados por 67 países. Eles se despedem temporariamente de suas famílias para trabalhar nas áreas mais carentes, muitas vezes em conflito. Em terras estrangeiras, compartilham conhecimento e solidariedade.
Deixam marcas nas vidas dos pacientes e, ao retornar para a ilha caribenha, são recebidos como heróis. Geralmente, levam anos para cumprir suas missões. No Brasil, algumas dessas histórias, trazidas pelo ProgramaMais Médicos, foram interrompidas de forma precoce.
É o caso de Marílyn Gonzalez Galloso, que deixou o país na madrugada desta terça-feira (27), depois de menos de um ano de trabalho em São Paulo. “Vou chorando e outros choram comigo. Deixei muitas pessoas que precisavam de nós”, conta. Ela atuou no município paulista de Andradina, a mais de 600 quilômetros da capital. Uma das primeiras a chegar ao aeroporto, de uma leva de mais de 200 cubanos que deixaram o país, Marílyn mostrou pesar por partir e chegou a perder a voz, emocionada, ao lembrar de seus pacientes brasileiros.
“Vou embora agora com muita dor. Deixamos uma população carente de médicos. Mais do que médicos, humanistas. Médicos que precisam posar as mãos nos ombros das pessoas, conhecer suas dificuldades, suas necessidades, e não apenas suas doenças.”
Durante a formação em medicina, os cubanos têm treinamentos específicos para um cuidado mais próximo do paciente. Eles passam por experiências em medicina comunitária, familiar. “A diferença é muito grande”, afirma Marílyn sobre o trato dos profissionais cubanos.
“Não falo só do Brasil. O médico cubano é humanista, pergunta pela necessidade do paciente (…) No tempo em que trabalhei com a população brasileira, notaram a diferença.”
A médica lembra com carinho e pesar de uma paciente em especial. “Ontem, me ligou uma mulher que está grávida de 35 semanas. Ela tem data provável de parto para o Natal, dia 25 de dezembro. É a terceira gravidez dela. Nas outras duas, perdeu a criança. Ela sofre de um processo clínico que a leva ao aborto. Depois que começamos a cuidar dela, ela melhorou, está muito bem. Ela vai colocar meu nome em sua filha.”
Ao lamentar que não deve conhecer a criança que ajudou a viver, Marílyn alterna entre a emoção de partir e o sorriso de dever cumprido. O caso também a faz lembrar de sua filha, que mora em Havana e tem 15 anos. “Ela está me esperando”, diz ao mostrar fotos da menina. “Ela está estudando e também quer ser médica”, completa.
O Brasil não foi o primeiro país em que Marílyn cumpriu com sua missão. Em sua bagagem, a experiência de passar por países como Bolívia, Nicarágua e Venezuela. “Saio sempre com a satisfação de ter dado o melhor de mim”, afirma. Sobre a saudade de sua filha, sua família, durante suas jornadas, a médica afirma que eles entendem e ela assim faz por responsabilidade.
“Minha família sabe da minha responsabilidade e eles podem esperar por meu abraço, meu carinho. Minha família está consciente da minha razão de ser, de meu amor pela minha profissão. Mesmo longe, eles têm todo o meu carinho e amor.”
Marílyn ressalta a solidariedade do povo cubano e a importância disso para a construção da identidade daquele povo. “Tive o prazer de ter o melhor presidente do mundo, Fidel Castro. Tive a oportunidade de abraçá-lo três vezes. Ele ensinou a todo o povo cubano que precisamos dar carinho. O mundo está carente de médicos e Fidel me formou para isso. O povo cubano não dá o que sobra, compartilha o que tem.”

CARTA AO DIRETÓRIO NACIONAL DO PT

Resultado de imagem para CARTA AO DIRETÓRIO NACIONAL DO PTCompanheiras e companheiros,
Do fundo do meu coração, agradeço por tudo o que fizeram neste processo eleitoral tão difícil que vivemos, absolutamente fora da normalidade democrática. Quero que levem meu abraço e minha gratidão a cada militante do nosso partido, pela generosidade e coragem diante da mais sórdida campanha que já se fez contra um partido político neste país.
Agradeço à companheira Gleisi Hoffmann e a toda a nossa direção nacional, por terem mantido o PT unido em tempos tão difíceis; por terem sustentado minha candidatura até as últimas consequências e por terem se engajado totalmente, com muita força, na candidatura do companheiro Fernando Haddad.
Agradeço ao companheiro Fernando Haddad por ter se entregado de corpo e alma à missão que lhe confiamos. Ele enfrentou com dignidade as mentiras, a violência e o preconceito. Saiu das eleições como um líder brasileiro reconhecido internacionalmente.
Agradeço à companheira Manuela D’Ávila e aos partidos que nos acompanharam com muita lealdade nessa jornada.
Saúdo os quatro governadores que elegemos, em especial a companheira Fátima Bezerra, e também os que não conseguiram a reeleição mas não desistiram da luta nem dos nossos ideais. Saúdo os senadores e deputados eleitos e todos os que, generosamente, se lançaram candidatos, fortalecendo a votação em nossa legenda.
A luta extraordinária de vocês nos levou a alcançar 47 milhões de votos no segundo turno. Apesar de toda perseguição, de todas as tramoias que fizeram contra nós, o PT continua sendo o maior e mais importante partido popular deste país. E isso nos coloca diante de imensas responsabilidades.
O povo brasileiro nos deu a missão de manter acesa a chama da esperança, o que significa a defesa da democracia, do patrimônio nacional, dos direitos dos trabalhadores e do povo que mais precisa. Tudo isso está ameaçado pelo futuro governo, que tem como objetivo aprofundar os retrocessos implantados por Michel Temer a partir do golpe que derrubou a companheira Dilma Rousseff em 2016.
Esta não foi uma eleição normal. O povo brasileiro foi proibido de votar em quem desejava, de acordo com todas as pesquisas. Fui condenado e preso, numa farsa judicial que escandalizou juristas do mundo inteiro, para me afastar do processo eleitoral. O Tribunal Superior Eleitoral rasgou a lei e desobedeceu uma determinação da ONU, reconhecida soberanamente em tratado internacional, para impedir minha candidatura às vésperas da eleição.
Nosso adversário criou uma indústria de mentiras no submundo da internet, orientada por agentes dos Estados Unidos e financiada por um caixa dois de dimensões desconhecidas, mas certamente gigantescas. É simplesmente vergonhoso para o país e para a Justiça Eleitoral que suas contas de campanha tenham sido aprovadas diante de tantas evidências de fraude e corrupção. É mais uma prova da seletividade de um sistema judicial que persegue o PT.
Se alguém tinha dúvidas sobre o engajamento político de Sergio Moro contra mim e contra nosso partido, ele as dissipou ao aceitar ser ministro da Justiça de um governo que ajudou a eleger com sua atuação parcial. Moro não se transformou no político que dizia não ser. Simplesmente saiu do armário em que escondia sua verdadeira natureza.
Eu não tenho dúvida de que a máquina do Ministério da Justiça vai aprofundar a perseguição ao PT e aos movimentos sociais, valendo-se dos métodos arbitrários e ilegais da Lava Jato. Até porque Jair Bolsonaro tem um único propósito em mente, que é continuar atacando o PT. Ele não desceu do palanque e não pretende descer. Temos de nos preparar para novos ataques, que já começaram, como vimos nas novas ações, operações e denúncias arranjadas que vieram neste primeiro mês depois das eleições.
Jair Bolsonaro se apresentou ao país como um candidato antissistema, mas na verdade ele é o pior representante desse sistema. Foi apoiado pelos banqueiros, pelos donos da fortuna; foi protegido pela Rede Globo e pela mídia, foi patrocinado pelos latifundiários, foi bancado pelo Departamento de Estado norte-americano e pelo governo Trump, foi apoiado pelo que há de mais atrasado no Congresso Nacional, foi favorecido pelo que há de mais reacionário no sistema judicial e no Ministério Público, foi o verdadeiro candidato do governo Temer.
Não teve coragem de participar de debates no segundo turno, de confrontar conosco suas ideias para a economia, o desenvolvimento, a geração de empregos, as políticas sociais, a política externa. E vai executar um programa ultraliberal, de entreguismo e privatização, que não foi apresentado aos eleitores e muito menos aprovado nas urnas.
Ele explorou o desespero das pessoas com a violência; a indignação com a corrupção e a decepção com os políticos. Mas não tem respostas concretas para nenhum desses desafios. Primeiro porque a proposta dele para segurança é armar as pessoas, o que só vai aumentar a violência. Segundo, porque Sergio Moro e a Lava Jato premiaram os corruptos e corruptores da Petrobrás. A maioria está solta ou em prisão domiciliar, gozando as fortunas que roubaram. E por fim, Bolsonaro é, de fato, o representante do sistema político tradicional, que controla a economia e as instituições no país.
As mesmas pessoas que elegeram Bolsonaro vão julgá-lo todos os dias, pelas promessas que não vai cumprir e pelo que vai acontecer em nosso país. Temos de estar preparados para continuar construindo, junto com o povo, as verdadeiras soluções para o Brasil, pois acredito que, por mais que queiram, não vão conseguir destruir nosso país.
O PT nasceu na oposição, para defender a democracia e os direitos do povo, em tempos ainda mais difíceis que os de hoje. É isso que temos de voltar a fazer agora, com o respaldo dos nossos 47 milhões de votos, com a responsabilidade de sermos o maior partido político do país.
E como diz a companheira Gleisi, não temos de pedir desculpas por sermos grandes, se foi o eleitor que assim decidiu. Queremos e devemos atuar em conjunto com todas as forças da esquerda, da centro-esquerda e do campo democrático, num exercício cotidiano de resistência.
Temos de voltar às ruas, às fábricas, aos bairros e favelas, falar a linguagem do povo, nos reconectar com as bases, como disse o Mano Brown. Não podemos ter medo do futuro porque aprendemos que o impossível não existe.
Até o dia do nosso reencontro, fiquem com um grande abraço do
Luiz Inácio Lula da Silva

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE LAJES >> Segue a programação com as várias atividades/ações comemorando mais um aniversário de nossa cidade


VEXAME MUNDIAL >> Mais um absurdo do presidento coiso, coloca nosso país na contramão do mundo!

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Sem dar muito bola para o aquecimento global e crítico do Acordo de Paris, o presidente eleito decidiu suspender a candidatura do Brasil para sediar a mais importante conferência climática da ONU em 2019. 

Depois de muito esforço diplomático, o Brasil havia conseguido apoio unânime dos países da América Latina e Caribe para ser a sede e já havia previsto dinheiro no orçamento para realizar o evento. 

Infelizmente, perdemos uma grande oportunidade de mostrar o nosso trabalho e liderança na área ambiental ao mundo.

AMEAÇA DA VOLTA DA FOME >> Uma triste notícia depois de nosso país ter sido exemplo para o mundo no combate a fome com os Governos Lula

Nenhum texto alternativo automático disponível.
Com os cortes nas políticas e programas de combate à pobreza, o Brasil corre o risco de voltar a figurar no mapa da fome da ONU, do qual saiu em 2014. 
Além de voltar a crescer no país, a fome ameaça principalmente regiões que, como o Semiárido, passam por longos períodos de escassez de chuvas. Para reverter esse quadro é preciso a presença e a atuação forte do poder público. 
Neste programa, vamos apresentar dados que mostram como está a fome no Brasil e apontar caminhos que devem ser seguidos para que o Brasil volte a garantir o direito humano à alimentação às populações, em especial para as mais carentes.
Clique no link e confira o Programa: https://goo.gl/18ZRym

TEMOS O DIREITO DE SABER O QUE COMEMOS >> Estamos cobrando a Anvisa por mais saúde! | #RotulagemAdequadaJá

Idec
Desde o início de novembro, nossa campanha de rotulagem tem gerado debates ao apresentar depoimentos reais de médicos, pacientes diagnosticados com doenças relacionadas à alimentação não saudável e pessoas que se preocupam com o que consomem.


Em parceria com a Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável, a campanha envolve as TVs aberta e fechada, jornais, rádios e até pontos de ônibus e outdoors gigantes em Brasília: tudo para pressionar a Anvisa a aderir um modelo adequado de rotulagem. E tem dado certo.A proposta de rotulagem que defendemos inclui a inserção de um triângulo preto na parte da frente das embalagens de produtos processados e ultraprocessados com os dizeres ‘’alto em’’ ou ‘’contém’’, indicando de forma clara o excesso de nutrientes que podem ser prejudiciais à saúde, como açúcar, sódio e gorduras totais e saturadas, além de gorduras trans e adoçantes.
AJUDE-NOS A COBRAR MUITO MAIS!
Com a partir de R$ 30 por mês, você dá uma força para nossas lutas e passa a ter acesso a orientações e documentos exclusivospara solucionar mais de 600 problemas, como reaver pagamentos indevidos, conseguir indenização e evitar reajustes abusivos. Além disso, recebe em casa revistas com informação de alta qualidade.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

HOJE EM LAJES >> Audiência Pública será realizada para apresentação e debate do Plano Diretor do Município

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ESCLARECENDO S FATOS >> A Deputada Federal Natália Bonavides - PT/RN, emite nota esclarecendo os fatos sobre a prestação de contas de sua campanha


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Sobre o parecer do MPF protocolado hoje nos autos do seu processo de prestação de contas eleitoral, a Vereadora e Deputada Federal eleita, Natália Bonavides, informa que:

1 – O parecer se omitiu sobre diversas informações e documentos comprobatórios anexados aos autos, mesmo os que foram reiterados em petição protocolada neste domingo, dia 25 de novembro de 2018, de forma que a Deputada eleita reitera os termos da nota já divulgada no sábado e das explicações prestadas no dia de hoje na rádio 96,7FM;
2 – Conforme é cristalino ao se analisarem os autos, não houve doação de dinheiro algum por parte de pessoa morta. Tampouco houve doação de dinheiro algum por parte de beneficiário de Bolsa Família. Tampouco doação de dinheiro algum por parte de pessoa sem capacidade econômica. Quem veicula tais informações age por desinformação ou má-fé.
3 - Sobre o veículo emprestado (cedido) para a campanha, cuja propriedade estava em nome de pessoa falecida, ficou devidamente esclarecido que seu atual proprietário (que havia comprado o carro sem passar o documento para seu nome) foi o responsável pelo empréstimo; como também responsável pela prestação de informações erradas, pelo que deve responder. O valor dessa cessão (empréstimo) foi estimado em R$ 210,00.
4 – A suposta existência de doador cadastrado no Bolsa Família já foi cabalmente desmentida, com a identificação do real doador, um advogado.
5 – Por fim, a hipotética existência de doadores desempregados não passa de mais um equívoco. Todos os doadores listados possuem ocupação e fonte de renda, a exemplo de professores ou aposentados, o que também está devidamente explicado e provado nos autos.
A defesa de Natália Bonavides esclarece que está à disposição para prestar à Justiça Eleitoral qualquer esclarecimento adicional que seja eventualmente necessário, e expressa a sua confiança de que a Justiça prevalecerá.
Assessoria de Natália Bonavides

PRESERVAÇÃO AMBIENTAL >> O Conselho Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (Consema), aprova proteção de cerca de 30 mil hectares de Caatinga

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Serra das Caatingueiras resguarda cerca de 21,6 mil hectares de Caatinga - Foto: Divulgação / Semas

A criação de duas novas Unidades de Conservação (UCs) de Caatinga foi aprovada, por unanimidade, em reunião extraordinária ocorrida nesta sexta-feira (23) pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema). Com a implantação do Refúgio de Vida Silvestre Serra das Caatingueiras, entre as cidades de Salgueiro e Cabrobó, e Refúgio de Vida Silvestre Serra do Giz, entre Afogados da Ingazeira e Carnaíba, sobe para 82 o número de áreas legalmente protegidas no Estado, sendo 33 na categoria de Refúgio de Vida Silvestre. 

Esse tipo de classificação de UC tem a intenção de assegurar a conservação da biodiversidade local, garantindo condições para a existência da fauna e flora endêmicas. A iniciativa foi coordenada pela gestão estadual, por meio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semas) e Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH)

Somadas, ambas as Unidades de Conservação somam uma proteção de quase 30 mil hectares de Caatinga no Sertão pernambucano. Só no RVS Serra das Caatingueiras, os cerca de 21,6 mil hectares abrigam uma vasta riqueza ambiental. Lá foram identificadas 423 espécies vegetais, sendo 35 endêmicas, como, por exemplo, o cascudo, espécie ameaçada de extinção. 

Em relação à fauna, foram encontradas 39 espécies de mamíferos, sendo seis ameaçadas, além de 202 espécies de aves e 42 de borboletas. O levantamento contou com o Centro de Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna) e Núcleo de ecologia e Monitoramento Ambiental (Nema), ambos da Univasf com apoio do Ministério da Integração.

O RVS Serra do Giz, com 310,2 hectares no Sertão do Pajeú, também resguarda espécies da fauna e flora específicas da Caatinga e que estão em perigo de extinção. Foram identificadas no território cerca de 66 espécies vegetais, uma delas a aroeira do sertão, bastante ameaçada. 

E, das 116 espécies de animais que fazem parte da região, destaque para o gato do mato, também na lista de espécies que correm o risco de desaparecer da natureza. Os estudos para a criação da Serra do Giz contou com o apoio do Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan).

No placar das UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: Pernambuco 82 x 23 Rio Grande do Norte

Fonte: https://www.folhape.com.br/noticias/noticias/meio-ambiente/2018/11/23/NWS,88456,70,645,NOTICIAS,2190-CONSELHO-APROVA-PROTECAO-CERCA-MIL-HECTARES-CAATINGA.aspx?fbclid=IwAR1hVuoCY8P7A-KbL9FBYu5hVmXtf2yYMXApF_P_gwSq9wpKxJTct2m8vw0
  

A LUTA PERDEU UMA DE SUAS GUERREIRAS >> Ex-operária e 1ª mulher a presidir a CUT no Brasil, Vilma Aparecida morre em Natal

Candidata à vereadora pelo PT, Vilma discursa ao lado do então sindicalista Luís Inácio Lula da Silva, em 1996, (foto: arquivo pessoal / Carlinhos de Vilma)
Primeira mulher a presidir uma regional da Central Única dos Trabalhadores no Brasil, Vilma Aparecida de Araújo, 61 anos, morreu nesta terça-feira (27) após sofrer uma parada cardíaca, no hospital do Coração. Ela estava internada desde 30 de outubro e deixa marido, cinco filhos, além de dezenas de amigos e admiradores.
Vilma Aparecida é sinônimo de pioneirismo no país e uma referência na luta pela emancipação das mulheres. Natural de Ituiutaba, interior de Minas Gerais, veio com apenas 10 anos de idade para o Rio Grande do Norte e se estabeleceu com a família em Natal.
Além de ter sido a primeira mulher a presidir a CUT, também foi a primeira presidenta do Sindicato dos Comerciários do Rio Grande do Norte após o processo de redemocratização no Brasil e a primeira mulher a dirigir a Executiva estadual do Partido dos Trabalhadores.
A governadora eleita Fátima Bezerra se manifestou por meio das redes sociais lembrando o pioneirismo de Vilma:
– Hoje perdemos uma companheira de luta, Vilma Aparecida. Primeira mulher a presidir a CUT no estado, foi também presidenta do PT de Natal, militante incansável pelos direitos das mulheres e por igualdade social. Aos familiares, meus mais sinceros sentimentos. Vilma, presente!
O deputado federal eleito Fernando Mineiro tinha uma forte ligação afetiva com Vilma Aparecida. Ele divulgou uma mensagem ressaltando o carinho que sentia pela amiga e colega de partido:
– Obrigado, companheira, por me ensinar a ter compromisso com o povo brasileiro, sempre. Pelas lições de luta, quando muitos escolhem a omissão. Pela coragem de viver, quando tantos parecem conformados. Pela grandeza de alma, em tempos tão pequenos. Pelos sonhos compartilhados, sem medo de ser feliz.
A secretária de Mulheres do PT Divaneide Basílio também se manifestou destacando o legado da companheira de partido:
– Educadora popular, sindicalista e socióloga, Vilma nos ensinou muito com sua coragem de viver, de lutar contra as injustiças e de perseverar na esperança do sonho de um mundo melhor, mais igualitário e sem nenhuma opressão. Obrigado, minha companheira, amiga e irmã de luta. O seu legado continuará nos inspirando nessa difícil caminhada por justiça, democracia e direitos humanos.
Apesar da forte ligação com o PT, a história política de Vilma Aparecida começa no final dos anos 1970 no Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), fundado em 1968 como dissidência do PCB e com força tanto no Rio de Janeiro como na região Nordeste.

O economista e militante dos Direitos Humanos Roberto Monte recorda que Vilma fez parte de uma geração que renovou o perfil do sindicalismo no Rio Grande do Norte nos anos 1980:
– “Junto com Aldemir Lemos, Régis Cortez, Raimundo Viturino, Crispiniano Neto, Luiz Alves e demais companheiros, Vilma deu um novo perfil ao sindicalismo no RN com a retomada de diversos sindicatos no campo e na cidade, e também com a fundação da CUT. Deixará saudades pela sua combatividade”, disse.
Uma fase marcante na trajetória de Vilma Aparecida também lembrada por Monte foi como operária e líder dos trabalhadores numa greve histórica dos funcionários da empresa Seridó, que mais tarde seria comprada pelo empresário e ex-vice-presidente da República José Alencar e passaria a ser conhecida como Coteminas:
– Eu conhecia a Vilma operária da fábrica Seridó que comandou uma greve épica, quando os trabalhadores saíram da empresa e ocuparam o hotel Ducal, na Cidade Alta, que pertencia ao mesmo grupo. Os trabalhadores passaram vários dias no hotel e impediram a entrada dos hóspedes. Um acampamento foi montado na frente, na praça Kennedy, e por coincidência, num dos dias da greve, chegou para se hospedar o cantor Nelson Gonçalves, que não conseguiu entrar e teve que dormir no hotel Reis Magos.
Vilma Aparecida também fez história no movimento sindical ao liderar uma greve em 1995 mesmo grávida. Na época, ela rebateu, ao vivo, uma piada machista do apresentador e ex-vereador pela Arena nos anos 1970 Eugênio Neto, que no programa Tropical Comunidade, afirmou que ela deveria estar em casa:
– “Lugar de mulher é na luta”, respondeu.

Da política sindical à eleitoral

Os amigos e colegas que conviveram com Vilma Aparecida destacam como características marcantes a oratória e a capacidade de mobilização dos trabalhadores. “Foi o maior quadro sindical do Rio Grande do Norte”, defende Roberto Monte, que narra o último encontro que teve com Vilma, na homenagem que os dois fizeram para um amigo em comum, o advogado Régis Cortêz:
– Gostava muito de Vilma e a ultima vez que “tramamos” juntos foi quando faleceu o nosso grande amigo e companheiro Régis Cortez. Ela ligou para mim propondo fazermos uma homenagem a ele. Vilma conseguiu um carro de som e eu escolhi algumas versões da Internacional Comunista. E assim foi o cortejo do Centro de Velório ao Cemitério, ao som da Internacional…
Já filiada ao PT, Vilma disputou a eleição para vereadora de Natal em 1996 e ficou na segunda suplência. Educadora popular e formada em Ciências Sociais pela UFRN, Vilma Aparecida também foi fundadora do Fórum Potiguar de Economia Solidária e dirigiu a Escola de Formação Nacional da CUT.
Problemas de saúde no coração agravados nos anos 2000 afastaram Vilma Aparecida da luta diária sindical e partidária. Ainda assim, sempre que se sentia disposta, e mesmo amparada por uma cadeira de rodas, não deixava de participar de manifestações e atos de rua do PT.
Vilma deixa Carlinhos e os filhos Luana, Carol, Gutemberg, Gustavo e Pedro.

COBRANÇA >> MPF cobra melhoria nas futuras casas dos moradores desalojados pela Barragem de Oiticica


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Perícia apontou diversas falhas na construção das primeiras residências da nova comunidade, das quais 38 sofreram desabamentos no início do ano


O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma ação civil pública contra o Estado do Rio Grande do Norte, o Consórcio Solo-Consbrasil e a KL Engenharia, por causa dos problemas detectados nas casas que vêm sendo construídas para receber a população transferida do local que será a futura Barragem de Oiticica, em Jucurutu.

A população da comunidade de Barra de Santana - que será transferida para a área que ficou conhecida como Nova Barra de Santana – já vinha denunciando falhas nos imóveis em construção. No início deste ano, 38 casas sofreram desabamento de parte de suas estruturas em decorrência de fortes ventos e chuvas na região.

O fato chamou ainda mais atenção para os possíveis problemas, tanto do ponto de vista do material e da técnicas que vinham sendo utilizados na obra, quanto ao risco que essas falhas podem representar à vida dos futuros moradores. 

A Procuradoria da República no Município de Caicó, que vem acompanhando o caso, solicitou a realização de perícia técnica, realizada por expert dos quadros do MPF. O laudo pericial constatou diversas irregularidades na técnica empregada na construção das casas, incluindo concretagem mal executada; piso cedendo; contrapiso mal executado; vazios na argamassa das juntas; estrutura em madeira do telhado apoiada diretamente na alvenaria, sem previsão de estruturas de apoio ou de maiores cuidados na distribuição das cargas; tijolos com furos na vertical; falta de alinhamento da alvenaria; entre outros.

Com base na perícia, a ação civil pública requer a execução das obras de reparo que forem necessárias, após serem analisadas as possíveis soluções técnicas. Já em relação aos imóveis não periciados (ao todo serão 186 casas, sem contar outros prédios públicos), o pedido é para que seja promovido um levantamento que comprove sua adequação, ou não, às normas de segurança. Caso se encontre novas irregularidades, deverão ser tomadas as providências necessárias. 

As empresas responsáveis devem garantir ainda, na construção das casas ainda não erguidas, a correção de todas irregularidades apontadas no laudo. O MPF destaca também a necessidade de a União e o Dnocs serem intimados para integrar a a ação, bem como assumirem “uma posição mais ativa na fiscalização das obras”. 

Reservatório - A construção da barragem de Oiticica é, atualmente, a maior e mais importante obra do Rio Grande do Norte, com custo estimado em R$ 559 milhões, e financiada com recursos federais. A expectativa é que garanta benefícios diretos e indiretos para meio milhão de pessoas, sobretudo moradores da região do Seridó.

Enquanto as obras físicas da barragem eram realizadas, o Governo do Estado e a Secretaria de Recursos Hídricos (Semarh/RN) aceitaram pedidos do Movimento de Atingidos pela Construção da Barragem de Oiticica e de diversos outros grupos sociais e se comprometeram a promover uma série de ações que minimizariam o impacto da obra na população local.

Comunidade - A Nova Barra de Santana irá incluir cemitério, escola, creche, posto de saúde, centro comercial, quadra poliesportiva, praças, associação de moradores, quiosques, igreja e 186 unidades residenciais, além de sistemas de esgotamento sanitário, de abastecimento de água e de energia elétrica, bem como serviços de terraplanagem, pavimentação e drenagem.

O Consórcio Nova Barra de Santana - formado pela Solo Moveterras Construções e Serviços Ltda. e Consbrasil Construtora Brasil Ltda. - foi selecionado para a realocação da comunidade. A elaboração dos projetos e a fiscalização dos serviços estão sob a responsabilidade da KL Serviços de Engenharia.
A ação do MPF tramita na Justiça Federal sob o número 0806191-36.2018.4.05.8402.

DESTAQUE INTERNACIONAL >> Músico nascido em Angicos recebe prêmio internacional de música nos EUA



A entrega do Prêmio Fox Music USA Wards 2018, na versão latino-americana, aconteceu semana passada na cidade de Miami, na Flórida. E das 12 categorias em disputa, apenas um representante brasileiro. E esse brasileiro é potiguar, e um potiguar nascido nas brenhas do município de Angicos. O angicano Geraldo Carvalho conseguiu reconhecimento primeiro em Brasília, onde está radicado há uns bons 10 anos para só depois ganhar a premiação nos “esteites”.
“Geraldinho” venceu na categoria Melhor Balada Pop, com a canção Estilhaço de Alegria, em parceria com Mário Noya e que também intitula seu terceiro CD. Os dois primeiros, Manhecença (2001) e Um Toque a Mais (2007, acho) são dois primores. Os tenho aqui e já escutei muito. Estilhaço de Alegria está disponível nas principais plataformas digitais. Segue AQUI o link do spotify.
O potiguar foi representado no prêmio pela Banda da Árvore, um projeto musical com produção de André Trindade e Alípio Videira que ele desenvolve há anos em Brasília. Já passaram pelo palco do projeto mais de 100 artistas em mais de 70 edições. Uma ação cultural de completo sucesso e que já em 2014 lhe rendeu a comenda cultural Dom Pedro I no Grau Cavaleiresco de Comendador da República Brasileira, outorgado pela Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura, em reconhecimento ao conjunto de sua trajetória artística e atuação no Distrito Federal.

DO RN À BRASÍLIA

A realidade do músico que se arrisca fora da clausura natalense para morar em outro “palco” se distingue entre casos os mais variados. Via de regra, os instrumentistas – dos mais virtuosos do país, muitos reconhecidos mundialmente – se dão bem. Mas aos compositores e cantores, geralmente a sorte é outra. Sobretudo naquela época, ainda na primeira década deste século.
Desde quando Pedrinho Mendes amargou o pão que o diabo amassou no Sul nem tão maravilha assim, na década de 1980, poucos se arriscaram e pouquíssimos conseguiram se manter por lá. O nicho da MPB, da música bem composta e arranjada, padece em solo potiguar sem a almejada projeção nacional.
Por aqui, como é de praxe entre bons artistas potiguares, se gabava em ter feito a abertura dos shows de artistas nacionais no extinto projeto Seis e Meia. Por lá, idealizou ele mesmo um projeto musical Banda da Árvore e toca por lá toda semana – por essas e outras, recebeu a tal comenda.
Por aqui, Geraldo Carvalho procurava palco aqui, participava de show acolá e recebia o abraço de artistas, críticos e amigos, sem reconhecimento do público. Por lá, foi até convidado para participar de um CD junto a Roberto Menescal, Zé Renato, Rildo Hora e outros. Nenhum superstar, mas já há o buscado reconhecimento.
Se Natal fecha os olhos aos seus talentos da MPB, embora tenha lá um olhar caolho para outros gêneros musicais, em Brasília ou em boa parte de outras selvas de pedra, a aceitação é mais generosa. Por lá se escuta Muito Mais (parceria de Geraldo Carvalho e o saudoso Franklin Mário – letra lá embaixo, após o papo com o cantor):

COM GERALDO CARVALHO

Qual sua ligação com a capital federal e qual o real motivo de você ter buscado uma carreira em Brasília?

Acho que desde moleque sonhava conhecer Brasília, a capital do País, uma cidade projetada, construída a partir de um sonho. Porém, fui conhecendo pessoas que moravam em Brasília, uma atrás da outra; parecia coisa do destino. Foi quando recebi um convite para participar do projeto Mão Dupla, realizado em Natal, com o mineiro, que mora em Brasília, Mário Noya; eu e o Romildo Soares. O Projeto, como o nome sugere, consistia em levar nomes de Natal para Brasília e Belo Horizonte. Eu fiquei com aquilo na mente e resolvi encarar meio que sem planejamento.

Quanto tempo por aí? Como foi a chegada, a adaptação ao clima e às pessoas?

Cheguei em Brasília em 2009. Fui muito bem acolhido pelos amigos. Estava frio. Era junho. Senti um pouco de dificuldade com a secura. Os lábios ficaram detonados. Hoje já estou mais adaptado. Cheguei aqui só, curti sim um pouco a solidão e a saudade dos amigos e familiares em Natal, mas segurei a onda.

E a evolução do seu trabalho por aí? Como surgiram os primeiros convites? Conseguiu estabelecer uma agenda regular de shows já no início?

Consegui, através de um amigo, uma pauta pra fazer uma apresentação no Feitiço Mineiro, espaço que já recebeu vários nomes da MPB: Beto Guedes, João Bosco, Jards Macalé e muitos outros, inclusive os potiguares Pedro Mendes e Valéria Oliveira. Foi muito legal, a casa lotou. Aos poucos fui organizando uma agenda, e toda semana aparecia uma apresentação: Rayula Bistrô, Vila Madá, projeto cultural Alô Brasília, Pirenópolis, Belo Horizonte, mais recentemente no Clube do Choro. E, como Brasília tem muitos clubes, me apresentei em alguns: Asbac, Iate clube, Clube da Aeronáutica. Participei do festival da Nacional FM, fiz bastante entrevistas nas rádios daqui: Nacional FM, Verde Oliva FM, FM Cultura, programa Escala Brasileira, na Senado FM…

Nesses shows, você mostrava apenas as músicas dos seus dois CDs ou mesclava com clássicos da MPB?

Sempre colocava algo autoral. Dependendo do espaço eu organizava o repertório. Em casas como Feitiço Mineiro, Clube do Choro, projetos culturais, eu fazia 80% autoral. O público sempre muito atento e receptivo.

Você foi homenageado por um projeto musical. Fale mais sobre ele. É algo semelhante ao Som da Mata?

Na realidade recebi o Mérito Cidadão Candango 2013 por conta do Projeto Música na Árvore. O Projeto foi uma ideia minha quando andava pelas ruas de Brasília e comecei a me encantar com belas árvores – Brasília é uma cidade muito arborizada, com muitos parques e conversando com o produtor André Trindade ele encarou comigo a ideia de realizar o projeto; ele é o produtor e eu o diretor artístico, além de uma equipe de apoio. Tem algo a ver com o Som da Mata, sim, pois é em um parque, em baixo de uma árvore e rola muita música; se não me engano o Som da Mata era instrumental e o nosso é aberto tanto para cantado como para instrumental.

Qual a comparação você pode fazer da cena musical de Brasília e de Natal?

Olha, aqui eu percebo uma facilidade maior com editais para projetos culturais. Brasília tem uma cena musical muito bacana, tenho conhecido muitos músicos aqui, sempre muito acolhedores e talentosos. Mas eu sempre falo aqui, da qualidade dos músicos de Natal, que inclusive, são conhecidos por aqui. Brasília é uma cidade que surpreende. De repente você fica sabendo de um show maravilhoso que vai acontecer. É notícia que vem do nada e o público comparece; é uma onda!

MUITO MAIS

(Geraldo Carvalho e Franklin Mário)

Será que esse mel que nos separa
Adoça a minha aurora

Será que eu disse tudo que queria
E esqueci de ir embora

Será que eu tive medo do barulho
Silenciando lá fora

Será que me ocupei com meu orgulho
E esqueci o ser que aflora

Será que minha alma é sua alma
E não deu dentro de nós

Será que essa vontade se desarma
Quando eu desatar os nós

Será só eu que sinto a tempestade
Pra você dormir em paz

Será que eu te deixo à vontade
Pra dizer que nunca mais

Medo desassossego
Me diz que somos muito muito mais.