sábado, 26 de outubro de 2019

NA NATUREZA NADA SE PERDE, TUDO SE TRANSFORMA >> Seguindo o princípio do químico francês Lavoisier (1743-1794), resíduos de óleo podem virar mistura para asfalto e blocos de construção

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Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) estão tentando minimizar os efeitos negativos do óleo recolhido nas praias do litoral do Nordeste.

Eles criaram uma técnica que transforma o óleo em um tipo de carvão granulado, que pode ser usado como mistura para asfalto e blocos de construção.

Segundo a professora Zenis Novais, o projeto de compostagem adiciona álcool, etanol e acetona no óleo achado nas praias e que, para fazer a mistura, é usada uma betoneira.O governador da Bahia, Rui Costa, informou que todo o material que for recolhido nas praias do estado será processado e reciclado por uma empresa especializada.

Origem desconhecida

Já foram recolhidas mais de 900 toneladas de petróleo cru em todo o litoral nordestino. Mais de 2 mil quilômetros de costa foram poluídos com o material, que também atingiu mangues e corais.

Os primeiros registros de manchas de óleo nas praias da Região Nordeste são do dia 30 de agosto deste ano. Ainda não há certeza sobre a origem do vazamento.Atualmente, mais de 200 localidades litorâneas registram presença de óleo cru. De acordo com o governo da Bahia, novas manchas apareceram nesta terça-feira (22) no litoral sul do estado.

Por Agência Brasil  

“VAI PRA CUBA!” FUNCIONOU >> Dobrou o número de turistas brasileiros na ilha

“Vai pra Cuba!” funcionou: dobrou o número de turistas brasileiros na ilha


Em dois anos, o número de brasileiros que visitaram Cuba mais do que dobrou, passando de 22.862, em 2016, para 45.723, em 2018.
Esse dado representa um grande salto em relação aos três anos anteriores (de 2013 a 2016), onde o número de turistas brasileiros aumentou de 17.795 para 22.338. 
Praia de Cayo Guillermo.

























O turismo é a principal atividade econômica de Cuba. No último ano, o setor gerou cerca de 2.9 bilhões de pesos convertibles (aproximadamente 2.9 bilhões de US dólares) 4.683.655 foi o total de turistas recebidos pela ilha em 2018, quase o dobro dos 2.838.684 recebidos em 2013. 
A maior parte dos visitantes vêm do Canadá e Estados Unidos, seguidos pela Itália, Alemanha e Rússia. Embora tenha aumentado o número de brasileiros, ainda estamos na 15ª posição dos que mais visitaram Cuba no último ano.

Desafios do turismo em Cuba

capitolio havana





















Apesar dos holofotes internacionais e do aquecimento do setor de turismo, os desafios que persistem não são facilmente ultrapassados. Atualmente, o governo de Donald Trump recrudesceu o bloqueio econômico, visando isolar Cuba. Os cidadãos norte-americanos, que já eram proibidos de viajar para Cuba para turismo, passaram a enfrentar novos empecilhos. 
Os cruzeiros da MSC, que eram vistos com frequência em Havana e traziam milhares de turistas a cada ano, foram proibidos ancorar em Cuba. Em setembro, novas sanções foram decretadas para empresas e navios que transportassem petróleo até a ilha, o que desencadeou uma crise energética sem precedentes na década atual, ainda que esta tenha sido amenizada com o apoio de aliados como Rússia e Venezuela.

RESULTADOS DO CENSO AGROPECUÁRIO 2017 >> IBGE mostra que o campo está mais feminino e mais velho

Ilha da Marambaia (RJ) - Dona Tacira Julião Alves, remanescente quilombola, mostra o que cultiva em sua roça (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Ilha da Marambaia (RJ) - Dona Tacira Julião Alves, remanescente quilombola, mostra o que cultiva em sua roça (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
A participação de mulheres na direção dos estabelecimentos agropecuários aumentou entre 2006 e 2017, passando de 12,7% para 18,7% do total de 5,056 milhões de produtores, com um total de 946 mil mulheres. Além disso, outras 817 mil participam da direção do estabelecimento de forma compartilhada com o cônjuge.
Raça/cor e sexo
É o que mostram os resultados definitivos do Censo Agropecuário 2017, divulgado hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa fez uma fotografia do campo brasileiro no dia 30 de setembro de 2017, com dados relativos ao período entre 1º de outubro de 2016 e a data base.
Para o gerente do censo, Antônio Florido, pode estar havendo uma substituição no comando por diversas razões. “Não é que o campo esteja atraindo mulheres. É uma substituição de comando por envelhecimento, ou falecimento, aposentadorias, ou porque o marido teve que buscar outra atividade para manter a família e as mulheres então aparecem assumindo essa função”.
A pergunta sobre raça e cor entrou pela primeira vez no censo agropecuário em 2017. Os resultados mostram semelhanças com a distribuição constatada nos censos demográficos brasileiros, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua) 2017. Foi verificado que 45,4% dos produtores eram brancos, 44,5% pardos, 8,4% pretos, 1,1% amarelos e 0,6% indígenas.

Envelhecimento

Quanto à idade, o censo revela que não há renovação geracional nos estabelecimentos agrícolas. Se o comando das atividades por menores de 25 anos era de 3,3% em 2006, a proporção caiu para 2% em 2017, enquanto a participação de maiores de 65 anos subiu de 17,5% para 23,2%. Na faixa entre 25 e 35 anos, a taxa caiu de 13,6% para 9,3% e entre 55 e 65 anos passou de 20,4% para 23,5%. Isso se refletiu também no aumento de 92% no número de produtores que recebem aposentadoria.
Para o gerente do censo, é um motivo de preocupação. “Há um envelhecimento natural, o produtor está envelhecendo, foram 11 anos desde o último censo. Só que não está havendo uma reposição de produtores com idades menores. É preciso, e já há políticas para fixar o jovem no campo, para dar condições dele se manter no campo com qualidade de vida”.

Escolaridade

Com relação à escolaridade, comprova-se a falta de acesso à educação formal no campo. Cerca de 15,5% dos mais de 5 milhões de produtores nunca frequentaram a escola e 23,03% declararam não saber ler e escrever. Do total, 73% cursaram apenas o ensino fundamental, sendo que 66,5% destes não concluíram a fase. Verificou-se uma melhora na taxa de analfabetismo, já que em 2006, 24,5% não sabia ler nem escrever. Do total de produtores, 283 mil cursaram a graduação e 14,5 mil fizeram mestrado ou doutorado.
Por Agência Brasil

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

DEPUTADA FEDERAL NATÁLIA BONAVIDES(PT/RN) EM AÇÃO >> Compromisso com a luta e com a organização popular

O MAPA AMBIENTAL DO PAIS >> Com o desgoverno bolsonaro passamos a sofrer a regionalização do caos em nosso país!

REDE DE GRÊMIOS DO IFRN >> Aluna do IFRN Campus Lajes é empossada Vice-Presidente da REGIF

Aluna do IFRN Campus Lajes é empossada Vice-Presidente da REGIF
Maria Vanessa Crispim, presidente do GEAS (Campus Lajes) é empossada vice-presidente da REGIF durante o IV EPOET que aconteceu no IFRN Campus Cidade Alta. 
Entre os dias 11/10 e 14/10 a delegação do IFRN Campus Lajes participou do IV Encontro Potiguar dos Estudantes de Escolas Técnicas (EPOET) que ocorreu no IFRN Campus Natal - Cidade Alta. Na ocasião, foi realizada a Plenária Final do IV EPOET, onde foi eleita a nova Diretoria Executiva da REGIF (Rede de Grêmio do IFRN), na qual nossa aluna Maria Vanessa, pertencente a chapa Mandacaru - É preciso resistir para florescer - foi eleita por 14 votos favoráveis, Vice-Presidente da REGIF.
Segue abaixo a nova Diretoria Executiva:
Presidente:
Felipe Garcia - IFRN Natal – Zona Norte
Vice-Presidente:
Maria Vanessa Crispim - IFRN Campus Lajes
Secretário Geral:
Lucas Nascimento -  IFRN Campus Mossoró
Secretaria de Finanças:
Maria Eduarda Oliveira - IFRN Campus São Gonçalo do Amarante
Secretaria de Apoio aos Grêmio:
Guilherme Moreira - IFRN Campus Macau
Secretaria de Comunicação:
Lanny Lorrany - IFRN Campus Apodi
“Nós do GEAS desejamos força, foco e sabedoria a todos que compõe a Rede de Grêmios do IFRN para enfrentar os desafios que virão e sucesso na admiração dos trabalhos para ampliação e manutenção da REGIF. 
Acreditamos fielmente na capacidade de nossa representante e sabemos que a mesma fará um excelente trabalho à frente do Movimento Estudantil na conjuntura política.

DESMONTE DA EDUCAÇÃO PÚBLICA >> MEC suspende recursos para ampliação de escolas em tempo integral a partir de 2020

O Governo Bolsonaro suspendeu os investimentos na ampliação das escolas de tempo integral previstos para 2020. A informação foi repassada pela equipe do Ministério da Educação aos secretários estaduais de Educação no início de setembro. Os repasses vinham sendo realizados desde 2016 através da política de fomento às escolas de ensino médio em tempo integral. 

Os convênios firmados até 2018, com validade de 10 anos, estão mantidos. O Governo Federal investe, em média, R$ 2 mil por ano em cada estudante que permanecia os dois turnos na escola, o que representa um terço do investimento por aluno que adere ao modelo em tempo integral.

O investimento federal total no programa chega a R$ 500 milhões por ano. Os recursos são repassados a 1024 escolas, beneficiando cerca de 240 mil alunos.

O Governo do Rio Grande do Norte previa efetivar mais 15 escolas a partir deste modelo em 2020, mas terá refazer o planejamento contando só com recursos próprios. O Estado potiguar conta hoje com 59 escolas em tempo integral. Dessas, 39 têm o apoio financeiro direto do MEC, o que beneficia aproximadamente 11 mil estudantes. Ao todo, 625 professores fazem parte do programa atualmente no RN.

A verba federal é usada no transporte de estudantes que precisam se deslocar de um bairro para outro, alimentação e na estrutura das escola.

O secretário de Estado da Educação Getúlio Marques lamenta a decisão do Governo Federal:

– Em não vindo verba federal, como a meta é ampliar, vai interferir no nosso plano de ampliação. Independente do valor repassado, todos os institutos e organizações que acompanham os índices de educação evidenciam que a escola em tempo integral melhoraram o desempenho dos alunos. Com esse fomento investido pela União, desde o governo Temer, os estudantes têm desempenho melhor, é investimento na formação, no transporte, na alimentação. Infelizmente fomos informados na última reunião de secretários que não haveria a publicação da portaria renovando o convênio. Estamos agora nos planejando para tentar a ampliar esse modelo com recursos próprios”, disse.

Os planos nacional e estadual de Educação orientam o governo a adotar o modelo de tempo integral em metade das escolas do Estado até 2024. No caso do Rio Grande do Norte seriam 160, o que demandaria um esforço para implementar a mudança em mais 121 pelos próximos cinco anos, o que incluiria dois anos do mandato do próximo governador.

– Teremos um pouco mais de dificuldade. Vamos mexer na legislação. O professor que adere à escola em tempo integral, por trabalhar mais tempo, recebe uma pequena gratificação. Para isso (pagar com recursos próprios) estamos fazendo o processo de alterar nossa legislação. Professores entram com 30 horas, e eu vou precisar de 40 horas. Estamos estudando alternativas”, destacou.

A decisão do Governo Federal de não ampliar os investimentos nas escolas em tempo integral acontece em meio ao lançamento do programa de escolas cívico-militares, que apresenta novo conceito de gestão nas áreas educacional, didático-pedagógica e administrativa e contará com o apoio de militares.

O Rio Grande do Norte e mais nove estados decidiram não aderir ao modelo de escola cívico-militar proposto pelo governo Bolsonaro. Criticado por “ideologizar” a decisão, Getúlio Marques rebate as acusações:

– Não estamos ideologizando. Estamos defendendo um modelo de educação que nós acreditamos, que não é autoritário, que é usado no mundo inteiro. As melhores escolas do mundo não tem modelo militar. O Rio de Janeiro e o Espírito Santo também decidiram não aderir. A região Nordeste tem uma visão mais crítica da educação, é um trabalho mais aberto”, disse.

O secretário cita como exemplo de bons resultados a recente Olimpíada Nacional de História, na qual estudantes do IFRN conquistaram mais medalhas que todos os estados da região Sudeste e Sul juntos:

– Veja a Olimpíada de História. Das 20 medalhas que o Rio Grande do Norte ganhou, 19 foram do IFRN, mais do que o Sul e o Sudeste juntos. Provavelmente lá eles não valorizam a questão da história e a sociologia. O Nordeste trabalha com foco na arte e na cultura, elementos que estão muito presentes na nossa realidade. Temos pensamentos divergente quanto a visão de educação, mas não ideológicos”, frisou.

O secretário não tem dúvidas de que a permanência do estudante durante os dois turnos na escola é o melhor modelo de educação.

– É o projeto ideal se tivéssemos recursos suficientes. A família participa mais da escola em dois turnos. Lamentei porque já tenho um caminho acertado. Não é desviando o rumo e focando na autoridade, na obediência e na disciplina vamos alcançar os objetivos. Temos que buscar, como diria Paulo Freire, uma escola mais amorosa”, concluiu. 

O Ministério da Educação não confirmou nem negou a suspensão dos investimentos na ampliação do modelo de escolas em tempo integral no país. Procurado pela agência Saiba Mais, a assessoria de comunicação do MEC informou que os atuais convênios estão mantidos, mas não respondeu sobre se manterá os investimentos a partir de 2020.

A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA CIENTÍFICA PARA A SOCIEDADE >> Com projeto para filtrar água, brasileira é 1ª a ganhar prêmio da ONU


 
Um filtro que purifica a água usando apenas a luz solar rendeu à empreendedora social baiana, Anna Luisa Beserra, 21 anos, o prêmio Jovens Campeões da Terra, da Organização das Nações Unidas (ONU) Meio Ambiente. É a primeira vez que uma brasileira recebe o prêmio.

A ideia do projeto, chamado Aqualuz, surgiu quando Anna Luisa ainda cursava o ensino médio, e viu um cartaz do Prêmio Jovem Cientista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que tem uma categoria voltada para a etapa escolar. Naquele ano, o tema foi Água - Desafios da Sociedade. “Eu quis pensar em algum projeto para participar que pudesse resolver uma das maiores problemáticas do Semiárido”, disse.

Na época, a estudante não ganhou a premiação. Quando ingressou na Universidade Federal da Bahia, no curso de biotecnologia, decidiu tirar a ideia do papel. “Comecei a conhecer o empreendedorismo e a ver o potencial da ideia.”

O Aqualuz foi desenvolvido junto com outros estudantes da Universidade Federal da Bahia e da Universidade Federal do Ceará. Hoje, distribui água potável para 265 pessoas e alcançará mais 700 ainda neste ano.

Projeto Aqualuz

O Aqualuz funciona da seguinte forma: o filtro purifica a água da chuva coletada por cisternas de áreas rurais por meio de raios solares e um indicador muda de cor quando o consumo é seguro. A água é desinfetada sem o uso de substâncias nocivas como o cloro, por exemplo.

Para aqueles que pretendem seguir o caminho da ciência, Anna Luisa tem conselhos. “Eu diria que o primeiro passo é começar. Muitas pessoas têm ideias, mas não passam para a execução. Um fator que faz as pessoas desistirem é errar, achar que não vai dar certo. Isso é super normal, o Aqualuz está na versão 10, o que significa que erramos em pelo menos nove versões até chegar a um modelo funcional”.

O prêmio será entregue a Anna Luisa e outros seis vencedores durante a 74ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, em 26 de setembro, em Nova York.

Jovens Campeões da Terra

O prêmio Jovens Campeões da Terra é inspirado no prêmio Campeões da Terra, que é o principal prêmio da ONU para pessoas cujas ações tiveram um impacto positivo e transformador no meio ambiente. Criado em 2017, o prêmio é voltado para jovens de 18 a 30 anos.

Neste ano, cada jovem vencedor receberá 15 mil dólares em capital para investir em seu projeto e US$ 9 mil para investimento em comunicação e marketing, além de mentorias e convites para participação em eventos globais.

O Brasil nunca havia sido destaque na premiação até este ano. Em 2019, das quase mil inscrições recebidas em todo o mundo, 158 foram do Brasil. Além de Anna Luisa, três jovens brasileiros estão entre os 35 finalistas globais.

De acordo com a representante da ONU Meio Ambiente no Brasil, Denise Hamú, a intenção é atrair cada vez mais jovens para o prêmio, estimulando o desenvolvam projetos voltados para o meio ambiente. “Os jovens, muitas vezes estão conectados com tecnologias e estão vendo problemas que são absolutamente invisíveis para todo mundo, mas que eles percebem”, disse.

Sobre as iniciativas contempladas na premiação, Denise afirmou que são multifacetadas, com elementos de mudança climática, envolvimento das comunidades, são aplicáveis e são replicáveis, são de baixo custo, simples. "O que a gente percebe é que as mudanças não precisam ser complicadas. Uma ideia simples pode achar soluções impressionantes”, afirmou.

Brasileiros finalistas

Bárbara Schorchit é formada em engenharia química, e natural do Rio de Janeiro. Ela fundou a empresa Genecoin, que utiliza tecnologias de blockchain - tecnologia por trás, por exemplo, das chamadas criptomoedas como o Bitcoin - para rastrear o uso da biodiversidade em toda a cadeia de valor de um produto.

Bernardo Andrade é cearense, formado em arquitetura e desenvolveu o projeto Casa do Seminárido, que oferece um modelo de arquitetura e engenharia domiciliar sustentável para lidar com a falta de água e o calor intenso da região. O projeto tem custo acessível, trabalha com com economia circular, reciclagem e adaptação a mudanças do clima.

Felipe Villela é natural do Rio Grande do Sul, formado em agricultura sustentável. Ele fundou a empresa reNature, que utiliza técnicas agroflorestais para enfrentar desafios do desmatamento, degradação dos solos e recursos hídricos, ineficácia econômica e aumento de emissões causados por práticas agrícolas insustentáveis. A empresa aproxima especialistas e produtores.

COMUNIDADES TRADICIONAIS >> Livro aborda importância dos Protocolos de Consulta para a garantia de direitos de comunidades tradicionais

Diálogo durante o IV Encontro Nacional de Agroecologia inspirou a escrita da obra, que mostra como os protocolos contribuem na organização política das comunidades ameaçadas por projetos estatais e privados
Os protocolos de consulta livre, prévia e informada às comunidades são previstos pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), e buscam garantir a autonomia dos povos e comunidades na gestão dos seus territórios tradicionais, em situações de ameaça por projetos estatais e privados, a  exemplo de rodovias, hidrelétricas, ferrovias e mineração durante o IV Encontro Nacional de Agroecologia inspirou a escrita da obra, que mostra como os protocolos contribuem na organização política das comunidades ameaçadas por projetos estatais e privados
Buscando dar visibilidade para o tema e auxiliar comunidades e operadores do direito no processo de construção de protocolos, a Fundação Rosa Luxemburgo produziu o livro “”Protocolos de Consulta Prévia e o direito à livre determinação”, com contribuições de diferentes especialistas da área.  
De forma didática, a obra aprofunda questões como: “Quem pode reivindicar a Consulta Prévia e por quais motivos? Por que é importante que a comunidade faça um Protocolo de Consulta? O que esse processo exige da organização e que ganhos ele gera? Por que é imprescindível que o judiciário reconheça e aplique os Protocolos nos processos da Convenção 169? Por que é imprescindível que a decisão da comunidade seja respeitada?”.
No livro, também são apresentados oito Protocolos de Consulta construídos entre 2014 e 2018 por comunidades de diferentes origens e regiões, demonstrando a diversidade de processos de organização social em torno dos Protocolos, e inspirando outras comunidades a se mobilizarem.
De acordo com a coordenadora de projetos da Fundação Rosa Luxemburgo e organizadora da obra, Verena Glass, “o livro tem o potencial de auxiliar tanto as comunidades quanto o conjunto dos operadores do direito a entender melhor o processo de construção de protocolos”, e são previstas várias atividades de apresentação material; a primeira delas ocorreu nesta quinta-feira (6), em Curitiba, durante o VIII Congresso Nacional de Direito Socioambiental.  
A obra pode ser lida online gratuitamente (clicando aqui), e exemplares podem ser solicitados diretamente à Fundação Rosa Luxemburgo    

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

QUANDO UMA CELA RECEBE MAIS PERSONALIDADES QUE O PALÁCIO DO PLANALTO >> Lula recebe visita de Nobel da Paz indiano nesta quinta



O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe nesta quinta-feira (24) a visita de Kailash Satyarthi, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2014.

Ativista pelos direitos das crianças, o indiano já se encontrou com Lula outras vezes quando o ex-presidente estava em liberdade. 

É o segundo Nobel da Paz a visitar Lula na prisão, onde é mantido injustamente desde abril de 2018. A visita será realizada excepcionalmente às 8h30.

O MAR, O ÓLEO E O DESGOVERNO >> Greenpeace vai ao palácio do Planalto mostrar ao governo o que está acontecendo nas prais do NE

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e atividades ao ar livre

Frente do Palácio do Planalto amanhece cheia de óleo. 'Artivismo' do Greenpeace é em protesto ao descaso do governo federal com o derramamento de óleo que atinge em larga escala o litoral nordestino. Será que agora Bolsonaro enxergará o problema?

Com imagens de Gabriel Paiva


PRECISAMOS RETOMAR AS CONQUISTAS SOCIAIS DEIXADAS POR LULA >> Brasil é “raio de esperança” no mundo apesar de Bolsonaro, diz Angela Davis

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A ativista e escritora americana Angela Davis diss nesta segunda-feira que o Brasil é um raio de esperança no mundo, apesar de ter Jair Bolsonaro como presidente, e afirmou estar muito impressionada com os avanços sociais conquistados nos últimos anos pelo país.
“Estou muito impressionada com o profundo trabalho que aconteceu aqui. Para muitos de nós, o Brasil é um raio de esperança. Claro que quando ocorreram as eleições (de 2018) prometemos não pronunciar o nome do líder eleito porque na tradição africana isso credencia poder a alguém. Nos recusamos a fazer parte desse processo”, disse Davis em entrevista coletiva concedida em São Paulo.
Agência EFE

O MEIO AMBIENTE AGRADECE >> Ufersa e Prefeitura de Mossoró se unem para o plantio de 10 mil mudas

Um convênio de cooperação técnica entre a Universidade Federal Rural do Semi-Árido e a Prefeitura de Mossoró vai possibilitar melhorias na arborização do município. Será por meio do Projeto Meu Bairro Arborizado. A celebração do convênio aconteceu na manhã desta quarta-feira, 23, na reitoria da Ufersa, com a assinatura do reitor da Universidade, professor José de Arimateia Matos e, da prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarline.

Para o professor José de Arimatea o convênio é mais uma parceria da Universidade com o poder público municipal no sentido de oportunizar melhorias para a sociedade. “Nessa fase inicial são 10 mil mudas para que a Prefeitura possa distribuir nos bairros da cidade a partir de critérios estabelecidos pela Secretaria de Meio Ambiente. A nossa expectativa é para que a Ufersa possa colaborar com a arborização de Mossoró”, afirmou o reitor. Atualmente, a Universidade já desenvolve ação com a distribuição de mudas nativas e frutíferas a população.Com o Projeto Meu Bairro Arborizado a Ufersa, por meio do Setor de Mudas, irá disponibilizar o quantitativo de 10 mil mudas para a Secretaria de Meio Ambiente de Mossoró, que definirá quais os bairros serão beneficiados. A Universidade também dará assessoria técnica no plantio. Em contrapartida, a Prefeitura de Mossoró disponibilizará dois profissionais jardineiros para atuarem na produção das plantas na Ufersa, bem como carradas de arisco (areia) e estrume. As 10 mil mudas serão plantadas até o final de 2020.

O convênio estabelece condições para a cooperação técnica, científica e cultural que viabilizam a execução do Projeto Meu Bairro Arborizado pela Universidade. A execução do plano de trabalho se dará com a participação de discentes e docentes da Ufersa, bem como da Prefeitura de Mossoró. Na ocasião, o reitor José de Arimatea levou a prefeita Rosalba Ciarline a visitar o Setor de Mudas da Ufersa.A prefeita Rosalba Ciarline acredita que o Projeto irá contribuir para deixar os bairros de Mossoró mais agradáveis. “A participação da Ufersa é muito importante na preservação do meio ambiente com a produção das mudas e com orientações técnicas para o planteio o que vão deixar os nossos bairros mais arborizados”, considerou.

A TRAGÉDIA DA PREVIDÊNCIA >> Do RN, Jean Paul Prates e Zenaide Maia votaram contra a reforma; Styvenson foi único a favor

O Senado Federal aprovou nessa terça-feira (22) o texto-base da reforma da Previdência. Votação ainda segue nesta quarta (23) para concluir decisão sobre mais dois destaques. Da bancada do Rio Grande do Norte, os senadores Jean Paul Prates (PT) e Zenaide Maia (PROS) votaram contra a proposta que pretende diminuir os direitos dos trabalhadores e aposentados, retirar R$ 800 bilhões da economia e ampliar as desigualdades. Já Styvenson Valentim (PODE) votou a favor da proposta, que teve quatro destaques apresentados pela Oposição rejeitados. Assim, a matéria segue para promulgação.

A principal medida da reforma da Previdência é a fixação de uma idade mínima (65 anos para homens e 62 anos para mulheres) para a aposentadoria, extinguindo a aposentadoria por tempo de contribuição. Com a nova redação, a aposentadoria será de 60% com o mínimo de 15 anos de contribuição. Isto significa que para se aposentar com 100% do benefício calculado a partir da contribuição de cada um, o trabalhador precisará contribuir por 35 anos no caso das mulheres e 40 anos para os homens.

Para Jean Paul Prates (PT), os esforços da bancada de oposição conseguiram retirar alguns pontos considerados negativos para os trabalhadores, apesar da aprovação do texto-base.

“A PEC retira direitos históricos da classe trabalhadora, dificulta o acesso dos mais pobres à aposentadoria e atende aos interesses do mercado financeiro. A bancada do PT conseguiu fazer algumas emendas para amenizar os efeitos da reforma, mas, mesmo assim, considerando o risco social apresentado pelo projeto, votamos contra a matéria”, defende Jean Paul Prates.

Ainda segundo o senador, os efeitos da aprovação da reforma podem levar o Brasil a seguir os mesmos rumos que o Chile, que enfrenta protestos contra a agenda neoliberal implantada no país nas últimas quatro décadas. Mesma agenda defendida para o Brasil pelo ministro da economia Paulo Guedes.

“A crise no Chile é resultado dessa política praticada pelo governo Bolsonaro, tendo à frente o ministro Paulo Guedes. Crescimento econômico sem justiça social só serve para aprofundar desigualdades. A retomada da agenda neoliberal, com o desmonte da Previdência Social, a venda das empresas públicas e o aumento de preços, interessa a banqueiros, especuladores e rentistas, não ao povo”, concluiu o senador do PT.

Já a senadora Zenaide Maia (PROS) lamentou o resultado da votação que recebeu 60 votos a favor da reforma e 19 contra. “É muito triste ver os colegas senadores condenando os trabalhadores a nunca se aposentarem”, disse logo após a sessão de votação do texto-base. “Não boto minha digital nesta Reforma”, finalizou.

O objetivo com a reforma, segundo o governo, é reduzir o rombo nas contas da Previdência Social. A estimativa de economia com a PEC 6/2019 é de cerca de R$ 800 bilhões em 10 anos. Para a oposição, no entanto, o cálculo é um equívoco e significa a retirada de direitos dos trabalhadores e aposentados.

“Sob o argumento de um pretenso desequilíbrio das contas da Previdência, essa proposta pretende implantar no Brasil uma era em que direitos são retirados e os valores das aposentadorias e pensões por morte serão reduzidos de forma intensa. Se dificulta de todas as maneiras o acesso aos benefícios da Previdência Social e, com toda certeza, vão aprofundar o quadro de pobreza e a crise econômica”, criticou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).

O vice-líder da bancada, senador Rogério Carvalho (SE), criticou a desonestidade no discurso dos defensores da reforma. O senador lembrou que os recursos retirados dos trabalhadores não poderão ser redirecionados para outras áreas do orçamento por conta das restrições impostas pela Emenda Constitucional 95 (Teto de Gastos).

“O Brasil vai sentir a retirada desses R$ 800 bilhões da economia ao longo dos próximos dez anos. E esse recurso não pode ir para a saúde pública, para a educação pública e para os investimentos por conta da emenda constitucional 95 que impede o aumento do gasto público. É mais uma informação equivocada que é passada para o povo”, criticou o vice-líder da bancada ao portal PT no Senado.

Styvenson Valentim (PROS) foi procurado pela reportagem para declarar sobre a sua posição favorável à reforma, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno do contato por parte da assessoria do senador. A atualização com a resposta será publicada ao longo do dia.

*Informações: Agência Senado

A FORÇA DO SERIDÓ POTIGUAR >> 'Carne de sol' de Caicó e 'pastel de Tangará' viram patrimônio cultural do RN

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O “pastel de Tangará”, a “Carne de Sol” e o “Queijo de Coalho” de Caicó foram considerados pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Social como patrimônio cultural imaterial  do Rio Grande do Norte, em Projetos de Lei de iniciativa do deputado Albert Dickson (Pros) aprovado na reunião desta terça-feira (22).

“As iguarias são um patrimônio importante dado a uma tradição nesses dois municípios. Quem viaja pela BR-226 sempre para em Tangará para comer o pastel e o queijo de coalho e a carne de sol de Caicó tem a mesma importância para aquela cidade seridoense e os seus visitantes. O Projeto aprovado hoje valoriza a gastronomia dos dois municípios”, disse o deputado Francisco do PT, relator das matérias.


Participaram da reunião que teve uma pauta com 15 matérias, os deputados Hermano Morais, Francisco do PT e Allyson Bezerra (SDD).

Ao final da reunião, o presidente da Comissão, deputado Hermano Morais comunicou o convite feito à professora Ângela Paiva, ex-reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para vir à próxima reunião da Comissão para discutir o Projeto do Parque Tecnológico coordenado pela professora.


“É um Projeto muito importante para o desenvolvimento da Ciência e Tecnologia no Estado. É um Projeto Metropolitano, denominado de Augusto Severo, no município de Macaíba. É importante que a sociedade conheça esse projeto. A professora Ângela virá à nossa Comissão no próximo dia 7”, concluiu o deputado Hermano. 

Fonte: Portal Grande Ponto