sábado, 12 de novembro de 2011

Desigualdade na distribuição de renda cai 41,6 por cento

O Rio Grande do Norte é o segundo Estado do país com maior queda de desigualdade na distribuição de renda, com 41,6%, nos últimos 30 anos, segundo o estudo "Evolução da desigualdade no rendimento domiciliar per capita nos municípios brasileiros", divulgado na quinta-feira, dia 10, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

 Estudo aponta queda nas desigualdades sociais, mas RN ainda possui vários bolsões de pobreza 
Estudo aponta queda nas desigualdades sociais, mas RN ainda possui vários bolsões de pobreza.
À frente do Rio Grande do Norte, apenas o vizinho estado da Paraíba, que reduziu em 47,9% a  desigualdade de renda domiciliar, levando em conta o Índice Gini, que varia de zero a 1 (quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade).

De acordo com o Ipea, O índice de Gini do rendimento domiciliar per capita médio dos municípios é  menor que o do rendimento per capita domiciliar dos indivíduos porque há maior variação entre a renda das pessoas que entre a renda dos municípios.

 Os dados do Ipea apontam que a diminuição da desigualdade de renda domiciliar no conjunto dos 167 municípios do Rio Grande do Norte superou, inclusive, os índices da região Nordeste e do Brasil, que tiveram uma redução de 22,8%  e 39,3% entre os anos de 1980 e 2010.

Os estados brasileiros com os mais baixos graus de desigualdade no rendimento domiciliar per capita médio dos municípios são Paraíba, Ceará, Rondônia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul e Goiás, todos com 0,11 em 2010. O Estado de São Paulo reduziu o índice de 0,18 em 1980 para, 12 em 2010.

Segundo o Ipea, os dados mostram que a diferença entre a renda dos moradores das cidades mais ricas e mais pobres vem diminuindo, principalmente por causa do aumento da geração de empregos em regiões como o Nordeste.

O Comunicado 120 do Ipea tem como objetivo analisar a evolução da desigualdade no rendimento domiciliar per capita médio entre todos os municípios do país. Para isso, tomam-se como referência as informações primárias geradas pelo IBGE, por meio dos censos demográficos, para os anos de 1980, 1991, 2000 e 2010.

Nordeste é a região que mais diminuiu desigualdades

Em 30 anos, o índice de Gini do rendimento domiciliar per capita médio no conjunto dos municípios caiu 22,8%, passando de 0,31, em 1980, para 0,24 em 2010.

Embora entre as décadas de 1970 e 1980, a desigualdade no rendimento domiciliar per capita médio nos municípios tenha aumentado, a partir dos anos de 1990, o índice de Gini registra trajetória de queda.

Nesse mesmo período de tempo, a região Nordeste foi a que registrou a maior queda no grau de desigualdade no rendimento domiciliar per capita médio dos municípios (39,3%) e a região Norte apresentou a menor redução no índice de Gini (14,9%). Atualmente, o menor índice de Gini encontra-se na região Centro Oeste (0,12), enquanto o maior é de responsabilidade da região Norte (0,18).

O estado de Roraima (0,19) tem o maior índice de Gini. Nos últimos 30 anos, o estado da Paraíba (-47,9%) foi o que apresentou a maior queda no índice de Gini, enquanto Roraima (22,8%) teve a mais alta elevação no grau de desigualdade no rendimento domiciliar per capita médio dos municípios.

Fonte: Jornal Tribuna do Norte

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