quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Quero ver agora! >> Deputado Ivan Valente (PSOL) quer aprovar quebra de sigilos e convocação de Eduardo Cunha na CPI da Petrobras

Foto de Ivan Valente.
Diante das denúncias contra Eduardo Cunha (PMDB/RJ), acusado pelo empresário Júlio Camargo de receber propina no esquema de desvios da Petrobras, o deputado Ivan Valente (PSOL/SP) irá cobrar, na primeira sessão da CPI da Petrobras após o recesso parlamentar, aprovação do requerimento de sua autoria, apresentado no início da CPI, para convocação imediata do presidente da Câmara para prestar esclarecimentos. 

Na ocasião, Ivan Valente também irá apresentar requerimento solicitando a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de Eduardo Cunha.

“Para provar sua versão, Eduardo Cunha deveria abrir os seus sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático. Seria coerente com sua política ofensiva, mas isso ele não faz”, ressaltou Ivan Valente.
Em depoimento à Justiça, o empresário Júlio Camargo afirmou que Eduardo Cunha recebeu US$ 5 milhões em propina por um contrato de navios-sonda da Petrobras. Nesta semana, a defesa do empresário acusou o peemedebista de intimidar quem o denuncia. Valente irá defender prioridade na convocação, já aprovada, do delator Júlio Camargo. “A CPI precisa ouvir quem interessa. Vamos propor o agendamento imediato da oitiva de Júlio Camargo”, explica o parlamentar.
Ivan Valente irá apresentar ainda requerimento solicitando os arquivos de vídeo que registram entrada e saída de Fernando Soares – o doleiro conhecido como Baiano e apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção – na Câmara dos Deputados.
A bancada do PSOL na Câmara defende que o presidente da Casa precisa ser afastado do cargo, para impedir manipulações nas investigações que o envolvem.
Na CPI, Ivan Valente também irá requerer a convocação da representante da Kroll no Brasil numa reunião entre os parlamentares da Comissão para prestar esclarecimentos sobre o contrato firmado com a CPI.
“É inaceitável que as investigações pagas com dinheiro público permaneçam restritas a dois deputados da Comissão e sejam mantidas em segredo pelos próximos cinco anos, devido à classificação de sigilosa decretada por Cunha. A representante da Kroll precisa dar explicações sobre o contrato, quem são os nomes investigados, qual o foco das investigações”, questiona Valente.
De acordo com matéria do jornal O Globo, a cúpula da CPI da Petrobras está utilizando a Kroll para investigar contas bancárias dos delatores da Operação Lava Jato com o objetivo de tentar anular delações que implicam o presidente da Casa, Eduardo Cunha.
Mandato Ivan Valente - PSOL/SP

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