Vista aérea de uma maloca dos índios Zuruahã, Terra Indígena Zuruahã, Amazonas | Peetsaa - CGIIRC - Funai
A política etnocida de Bolsonaro avançou gravemente semana passada. Um dos ataques à Constituição e aos direitos dos povos indígenas se deu com a nomeação de Ricardo Lopes Dias, um pastor que já atuou junto à seita norte-americana Ethnos 360, anteriormente conhecida como Missão Novas Tribos, para a Coordenação de Índios Isolados e de Recente Contato da Funai (CGIIRC). Leia o editorial que publicamos no dia da nomeação.
No Brasil, existem 115 registros destes grupos, 28 deles confirmados. A indicação de um missionário para chefiar a CGIIRC aponta para o retorno de uma política de contato forçado. Quando ela vigorou como política de Estado, nos anos 1970, provocou a morte de milhares de índios por doenças e violências perpetradas pelos próprios agentes de órgãos públicos. Tudo isso pode voltar a acontecer com o retorno do proselitismo religioso forçado. Saiba aqui o que está em jogo com essa nomeação.
A instituição da política de não contato na Funai, a partir de 1987, teve como objetivo principal estancar o genocídio de comunidades indígenas isoladas e foi a base para a criação da CGIIRC. Ela consiste em garantir a proteção dos territórios onde vivem esses povos, impedindo a entrada de invasores e a construção de empreendimentos que os afetem.
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