Com o aumento dos casos de covid-19 nos estados da região, o Consórcio Nordeste recomendou o cancelamento do Carnaval, feriados e das festas privadas no período em todas as cidades para evitar aglomerações.
Além disso, os pesquisadores também reforçaram o pedido para que os municípios avancem em suas campanhas de vacinação e mantenham as medidas preventivas, como a exigência de máscaras N95 ou FPP2.
As recomendações foram feitas por meio de uma nota emitida nesta quarta (02) pelos pesquisadores que fazem parte do Consórcio. O grupo afirmou que o índice de transmissão e óbito por covid-19 estavam baixando até novembro de 2021, mas que com a entrada da variante Ômicron, que possui transmissibilidade quatro vezes maior do que a Delta, os casos voltaram a crescer em todo o país.
Os cientistas acreditam que a Ômicron já é a dominante no mundo atualmente e que o pico da covid-19 no final de janeiro deste ano já é quatro vezes maior do que aquele registrado em junho de 2021. Apesar do alto número de casos registrados até aqui, ainda não é possível afirmar se esse foi o ponto mais alto do pico e nem quanto tempo essa nova onda vai durar porque o número de casos continua em ascensão.
- Cancelar os feriados de Carnaval, como em 2021, pois a manutenção dos feriados poderá se constituir num estímulo para a população ir às ruas, promovendo aglomerações, o que poderá resultar no agravamento do quadro da pandemia e o consequente prolongamento da terceira onda no Brasil.
- Proibir a realização das festas privadas de Carnaval e de shows de qualquer natureza que possam gerar aglomerações, pois estas intensificariam a transmissão do vírus, como ocorreu no Réveillon, e resultariam no prolongamento da terceira onda no Brasil. O Comitê Científico tem clareza sobre as dificuldades políticas e os prejuízos econômicos decorrentes desta medida. Porém, o mais importante no momento é salvar vidas. E vidas não têm preço! Naturalmente, após o término da pandemia, novos feriados extraordinários poderiam ser criados pelos governos.
- Intensificar a vacinação, pois está comprovado cientificamente que as pessoas vacinadas são menos susceptíveis a desenvolver quadro grave da Covid-19. Embora em torno de 70 % da população do país já esteja com o ciclo vacinal completo, este percentual ainda não é suficiente para assegurar um cenário de tranquilidade e estabilidade. Nos últimos dois meses, o ritmo de vacinação ficou mais lento, causado em parte pela falta de procura por parte da população. Por isso, é da maior relevância que os governos promovam campanhas públicas de esclarecimento sobre a importância da vacinação e que desconstruam as ‘fakenews’ que são constantemente disseminadas nas redes sociais, assim como a busca ativa daqueles que ainda não receberam a segunda dose, visando completar a imunização. Também é importante apoiar estudos que busquem conhecer as barreiras que estão dificultando setores da população a terem acesso às vacinas. Recomenda-se utilizar a estratégia e a rede da saúde da família do SUS, com os agentes comunitários participando intensamente desta busca, e ampliar os postos de vacinação nas cidades em locais de grande circulação de pessoas. Outras medidas como a aplicação da vacina nas escolas, para atingir a maior cobertura de vacinação com a primeira e a segunda dose nas crianças e adolescentes, utilização volante de viaturas como o carro da vacina, em analogia com o “carro do ovo” nas cidades, contribuirão para ampliar a cobertura vacinal.
- Manter as medidas legais que obrigam o uso de Máscaras, em especial em lugares fechados ou com aglomerações. Nestes locais deve-se estimular o uso de mascaras N95 ou FPP2 que devem ser supridas pelas empresas ou pelo setor público, para os grupos que não possam adquiri-las.
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