quinta-feira, 17 de março de 2022

EMPREEENDIMENTO EÓLICO REALIZOU CAPACITAÇÃO EM LAJES >> Professores de escolas de Lajes e Pedro Avelino participam de oficina de cartografia patrimonial


A capacitação teve o objetivo de identificar, registrar e difundir as referências culturais, históricas e memórias existentes nos dois municípios. 

  

O Conjunto Eólico Santo Agostinho, da ENGIE Brasil Energia, realizou uma oficina sobre cartografia patrimonial com 207 professores e profissionais das secretarias de Educação das redes municipais de Lajes e Pedro Avelino, no Rio Grande do Norte. A capacitação do Programa Integrado de Educação Patrimonial trabalha com metodologia participativa, a partir da história das comunidades, e tem o objetivo de identificar, registrar e difundir as referências culturais, históricas e memórias existentes nos municípios, reforçando o sentimento de pertencimento e construindo conceitos sobre a cultura e história locais.   

 

De acordo com o historiador, coordenador de Educação Patrimonial do Instituto Cobra Azul de Arqueologia e Patrimônio e palestrante da oficina, João Paulo Vieira, a metodologia aplicada na capacitação é inclusiva. “É uma metodologia que busca envolver e ter a participação ativa de professores no processo de patrimonialização, identificando lugares, expressões culturais, saberes, modos de fazer, memórias e formas de expressão”, explicou Vieira. 

 

A partir dessa identificação, os professores participaram de uma dinâmica na qual desenharam um mapa indicando as referências culturais das cidades e as apresentaram aos demais colegas. Foram apontados como patrimônios das comunidades a Estação das Artes de Lajes, a ferrovia de trem de Lajes e Pedro Avelino, prédios históricos - como as sedes das prefeituras locais, folias religiosas, além de outros importantes acontecimentos históricos - como o de Alzira Soriano, primeira mulher eleita prefeita de um município da América Latina.  

 

PROFESSORES COMO PROTAGONISTAS 

A arqueóloga da ENGIE, Luciana Ribeiro, ressalta ainda que a capacitação realizada com os professores em Lajes e Pedro Avelino ocorreu de forma participativa, onde o conhecimento e as vivências locais foram valorizados. “Procuramos sentir da comunidade como ela vê o patrimônio e de que forma ela se expressa sobre esse patrimônio. A partir das falas, desenhos e escritas, buscamos empoderar os professores sobre esse conhecimento, de forma que eles o repassem para os alunos e para a sociedade civil. Assim, saberes e fazeres se perpetuam nas próximas gerações na comunidade”, acredita Luciana.     

O historiador João Paulo pontua que a capacitação permite identificar aquilo que está muito próximo do cotidiano e que, às vezes, as pessoas não atribuem valor. “Esse processo ajuda a perceber o patrimônio como fonte primária dos processos de construção de conhecimento, dos processos didáticos e pedagógicos, e, sem sombras de dúvidas, fornece metodologias para melhorar ainda mais o trabalho de pesquisa e história local junto aos professores da rede municipal”, conclui.  

 

Francisco Canindé, professor da rede municipal de Lajes, reconhece a atividade como importantíssima para a cidade e região. “A empresa está de parabéns pelo tema escolhido, porque é algo que resgata as nossas memórias e a nossa realidade de uma forma dinâmica. O efeito que teremos desta partilha de informações, com toda certeza, será muito positivo. Quando trabalhamos com a realidade local, o aluno também passa a ver significado naquilo que está estudando, fazendo e aprendendo”, justifica Canindé.      

 

Já a professora Aline Duarte, do assentamento Boa Vista, em Lajes, considerou a jornada como um momento encorajador para preservar a história da comunidade local. “Essa formação veio no momento certo e veio para agregar. Vejo muitos monumentos sendo esquecidos, abandonados. De certa forma, essa formação me orientou para que, na minha prática, eu inclua e faça com que o sentido simbólico de cada monumento cultural persista”, disse Duarte. 

 

A arqueóloga Luciana também explicou que a ENGIE mantém programas que buscam preservar e proteger os sítios arqueológicos e os bens materiais e imateriais das comunidades onde os seus empreendimentos são implantados. No Conjunto Eólico Santo Agostinho, por exemplo, estão sendo executados o “Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico” e o “Programa Integrado de Educação Patrimonial”.

Por Jocifran MOURA - Assessoria de Imprensa/Conjunto Eólico Santo Agostinho - ENGIE Brasil Energia

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