Fonte: Nominuto.com
A manobra do deputado norte-rio-grandense Henrique Eduardo Alves, criando na Câmara um superbloco partidário a reboque do seu PMDB "com o único e claro objetivo de isolar o PT, pressionar o governo e turbinar a sua candidatura à sucessão de Michel Temer", havia irritado o Palácio do Planalto, surpreendido Dilma Roussef e provocado a transformação de um dito popular em mantra preferido de dez entre dez políticos aliados à presidente eleita - "A esperteza, quando é muita, vira bicho e come o dono".
Hoje, lendo os jornais do dia e pesando as reações que vieram daqui e dali, inclusive dos correligionários mais próximos do líder peemedebista, chego à conclusão de que Henrique deu um tiro no próprio pé e saiu arranhado, machucado, do episódio que ele criou.
A Folha de S.Paulo, por exemplo, dedica ao superbloco, ou blocão, um editorial - chamando o amontoado partidário de "fisiológico" e acusando o deputado potiguar de colocar o "bode na sala", uma "imagem popular de quem cria dificuldades para vender facilidades".
Na mesma Folha, a colunista Renata Lo Prete lembrou que há alguns dias o presidente do partido, Michel Temer, agora vice de Dilma, lembrou a Henrique que só ele deveria falar em nome do partido e informou que o parlamentar do Rio Grande do Norte "recebeu ontem outro conselho para ficar calado, desta vez de seu médico, preocupado com a voz do deputado."
No jornal O Globo, está lá estampada com destaque a notícia de que Dilma aconselhou Temer a cuidar dos seus "radicais" - e o nome de Henrique encabeça a lista.
E do Estadão, na coluna de Dora Kramer, uma das jornalistas políticas mais lidas e respeitadas do país, partiram os tiros mais certeiros e mortais contra o deputado potiguar.
Primeiro, Dora sepulta o sonho de Henrique chegar agora à presidência da Câmara - "Na realidade bem objetiva da divisão de poder no Congresso, PT e PMDB não querem confusão e sabem perfeitamente bem que nenhum dos dois presidirá as duas casas. Portanto, petistas ficam com a presidência da Câmara, onde têm a maior bancada, e pemedebistas pelo mesmo motivo ficam com o comando do Senado."
Hoje, lendo os jornais do dia e pesando as reações que vieram daqui e dali, inclusive dos correligionários mais próximos do líder peemedebista, chego à conclusão de que Henrique deu um tiro no próprio pé e saiu arranhado, machucado, do episódio que ele criou.
A Folha de S.Paulo, por exemplo, dedica ao superbloco, ou blocão, um editorial - chamando o amontoado partidário de "fisiológico" e acusando o deputado potiguar de colocar o "bode na sala", uma "imagem popular de quem cria dificuldades para vender facilidades".
Na mesma Folha, a colunista Renata Lo Prete lembrou que há alguns dias o presidente do partido, Michel Temer, agora vice de Dilma, lembrou a Henrique que só ele deveria falar em nome do partido e informou que o parlamentar do Rio Grande do Norte "recebeu ontem outro conselho para ficar calado, desta vez de seu médico, preocupado com a voz do deputado."
No jornal O Globo, está lá estampada com destaque a notícia de que Dilma aconselhou Temer a cuidar dos seus "radicais" - e o nome de Henrique encabeça a lista.
E do Estadão, na coluna de Dora Kramer, uma das jornalistas políticas mais lidas e respeitadas do país, partiram os tiros mais certeiros e mortais contra o deputado potiguar.
Primeiro, Dora sepulta o sonho de Henrique chegar agora à presidência da Câmara - "Na realidade bem objetiva da divisão de poder no Congresso, PT e PMDB não querem confusão e sabem perfeitamente bem que nenhum dos dois presidirá as duas casas. Portanto, petistas ficam com a presidência da Câmara, onde têm a maior bancada, e pemedebistas pelo mesmo motivo ficam com o comando do Senado."
Depois, a colunista diz que "requintado o gesto realmente não foi" e acrescenta, cheia de veneno: "Ainda mais partindo de um PMDB que outro dia mesmo assumia a vaga de Vice-Presidência na chapa de Dilma tecendo loas ao caráter programático de tal aliança."
E por fim, especificamente sobre o deputado norte-rio-grandense, a jornalista dispara sem dó nem piedade: "Não é sempre que o fisiologismo explícito do líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, agrada à cúpula do PMDB - Michel Temer à frente -, cujo modelo de fisiologismo implícito é tido como padrão ideal de conduta."
Pelo que se lê, se vê e se ouve nos caminhos e descaminhos brasilienses, a esperteza comeu o dono. E o dono, o deputado Henrique Eduardo Alves, ainda levou um tiro no pé. De canhão.
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