quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Marginais, vocês envergonham as torcidas! Basta aos bandidos! Estádio é lugar para torcedor!


 
Teve início o nosso Campeonato Estadual de futebol 2013 e essa notícia me fez lembrar um artigo que li outro dia no Novo Jornal com relação as torcidas organizadas, especificamente das do nosso Estado, levando-me a partilhar esse belo texto com todos os nossos leitores possam refletir sobre o seu papel de torcedor


Texto extráido do Novo Jornal em 24/12/2012

Não sou contra torcidas organizadas. Nunca fui, nunca serei (eu acho). Não há como ser contra uma ABCervejas ou uma FanAmérica da vida, por exemplo. Não posso ser contra aquelas pessoas que passam uma semana inteira picotando papel, juntando dinheiro e respirando um jogo que só vai acontecer no fim de semana.

Não dá para ser contra quem adota um time como ideal de vida. É impossível não admirar a paixão de quem viaja léguas só para ver seu time jogar, quem sacrifica um luxo a mais em casa para bancar uma carteirinha de sócio ou quem encontra numa organiza uma verdadeira família.

O que dá para ser contra é a existência de marginais nos estádios. Marginais que estão ali com interesses mil, menos o de confraternizar ou juntar-se a um grupo de ideal parecido, que é o verdadeiro sentido de uma torcida organizada.

No fim de semana a principal organizada do América comemorou aniversário. A festa foi preparada durante meses. Tudo planejado. O esforço dos diretores para garantir uma "atração de peso" foi incomum. Tudo bem. Até a chegada dos marginais.

Um deles foi preso com um revólver calibre 38. Agora pergunte: para quê? Qual a razão de ir armado para uma festa de uma ÚNICA torcida organizada? Pior: junto com ela foram apreendidas duas jovens.

Uma delas era quem portava a arma no momento da abordagem policial. É o máximo! Para elas, namorar com um "boy da Máfia" (ou da Garra, do ABC) é sinônimo de status. Segurar uma arma, então, nem se fala.

Andar "de galera" na rua, sujar muros alheios com a sigla da torcida e aterrorizar usuários de transportes coletivos são práticas legais para estas pessoas.

Em dia de jogo, muitas delas nem entram no estádio. Algumas, filtradas pela polícias. Outras, porque "esquecem" até do dinheiro do ingresso. Outras porque querem mesmo ficar "na pista", como soldados, atentos aos "inimigos".

Os marginais estão acabando com as torcidas. E, se isso acontecer, estarão também acabando com o futebol. É preciso agir! A polícia precisa trabalhar com inteligência, como se faz em Recife e Fortaleza. É preciso entender como funciona a coisa antes de tentar combatê-la.

As próprias organizadas também precisam deixar de tanta conivência. Os clubes - também - precisam rever seus critérios.

A coisa tem que mudar! Ou muda, ou ficaremos entregues à sorte. 

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