“…o RN não pode suportar o custo de uma Universidade estadual se não consegue cumprir suas obrigações constitucionais com o ensino médio”, essas foram as palavras do deputado federal Rogério Marinho (PSDB) que saiu em defesa do presidente do Tribunal de Justiça Cláudio Santos que propôs que a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) seja privatizada.
O tucano elogiou o magistrado pela coragem em tomar medidas impopulares contra os servidores do judiciário e por dizer o que o governador Robinson Faria (PSD) não tem coragem de dizer.
O problema é que as declarações de Rogério Marinho em defesa da coisa pública nada têm a ver com o comportamento do parlamentar no tocante ao uso de regalias concedidas aos parlamentares.
O tucano custou nos primeiros nove meses de 2016 R$ 441.273 somando salários e benesses. Levando em consideração que um aluno da UERN custa em média R$ 944/mês e que nesse mesmo período (nove meses) somou R$ 8.496, Rogério Marinho equivale ao investimento em 52 alunos da universidade que mais forma professores para dar aulas no ensino médio no interior do Estado.
Rogério ganha 33.763,00 de salários, mais do que o custo de uma turma de medicina (ver matéria AQUI) e ao longo deste ano já consumiu R$ 407.510 em verba indenizatória.
Só com telefonia, o mandato de Rogério custa R$ 11.522, isso daria para pagar o custo um aluno da UERN em nove meses e ainda sobrava um troco. Quer mais? Só com aluguel de veículos ele já gastou R$ 54 mil do contribuinte, o que garantiria a permanência de seis alunos uernianos no período.
Rogério já gastou R$ 81.200 em consultorias e trabalhos técnicos (pagaria nove alunos), R$ 90.700 em divulgação da atividade parlamentar (quase o equivalente a 11 alunos no período), R$ 16.895 em combustíveis (daria para manter praticamente dois estudantes) e R$ 120.321 em passagens aéreas (mais 14 alunos). Isso apenas ficar em alguns pontos.
O problema não está na existência de uma universidade estadual que forma professores que dão aulas em escolas de ensino médio do interior do Estado, mas nas regalias de nossa classe política.
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