Cada família recebe em média 170 reais e 10 centavos, o que é apenas cerca de um oitavo de um salário mínimo, ou seja: apenas o suficiente para ajudar as famílias a superar a extrema pobreza, mas nada que permita, sozinho, a subsistência de uma casa. Tudo isso é feito gastando apenas 0,5% do PIB, um programa barato para o país que ainda estimula a economia.
O governo Temer recentemente buscou verificar o último mito: de que beneficiários mentem sobre a renda para continuar recebendo o Bolsa Família mesmo quando já não precisariam dele. O resultado da investigação foi trágico: descobriu-se que 1.570.693 famílias tinham renda menor que a declarada, muitas delas provavelmente porque algum dos membros da família perdeu o emprego no último ano sem informar ao cadastro da assistência social. Isso significa que não só continuam sendo beneficiárias do programa, como deveriam receber um valor mais alto para compensar sua situação de maior vulnerabilidade.
O fenômeno do empobrecimento das classes já pobres no Brasil é real e urgente. O que a evidência de realidade mostra é que é preciso apostar cada vez mais em políticas de redução de desigualdades - e não menos.
Fonte: Anis - Instituto de Bioética
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