quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

DIA MUNDIAL DO RÁDIO >> 10 livros sobre a radiodifusão no Brasil

Meio de comunicação de massa, aliado do marketing político e símbolo de resistência, entenda as muitas facetas do rádio convencional.
Dia Mundial do Rádio é celebrado anualmente no dia 13 de fevereiro. A data foi proclamada pela Assembleia Geral da UNESCO em 2011, pois o rádio continua sendo o meio de comunicação que alcança maior audiência mundial e com a maior rapidez possível.
O tema para a edição de 2017 é “O rádio é você!”, um chamado por maior participação das audiências e comunidades nas políticas e planejamento da radiodifusão. Mais do que simples interações ao vivo, a participação pública inclui mecanismos como políticas de engajamento da audiência, editores públicos, fóruns de ouvintes e procedimentos para a resolução de queixas. No Brasil, já são cerca de 9 eventos mapeados. “Em uma época onde muitos estão apontando para uma ruptura na discussão civil produtiva, e quando a própria ideia de verdade está cada vez mais sendo questionada, o rádio está em uma posição privilegiada para unir as comunidades e promover um diálogo positivo pela mudança”, afirmou Tim Francis, especialista de programa da UNESCO para Desenvolvimento Midiático e Sociedade. “Ele tem o poder de nos tirar das nossas bolhas midiáticas de pessoas com a mesma opinião e nos faz lembrar da importância de ouvir uns aos outros novamente”, finaliza.
No Brasil, Edgard Roquette-Pinto é considerado o pai da radiodifusão. O entusiasta viu no rádio a possibilidade de levar educação, informação e cultura para o povo. Ao lado de Henrique Morize, criou a rádio Sociedade, em 1923, que 10 anos depois passaria a ser controlada pelo Governo Federal, virando a Rádio MEC.
A plataforma ainda foi muito associada aos usos políticos aos quais fez parte principalmente durante a Era Vargas (1930-1945), com o Programa do Presidente, a criação da “Hora do Brasil” e quando o rádio, finalmente, tornou-se um meio de comunicação de massa. No entanto, hoje, a falta de regulação às concessões de radiofrequência acabam levando à eliminação de marcas estabelecidas, como foi o caso das cariocas rádio Cidade e a MPB FM. Pesquisadores e ativistas defendem essa regulação para a própria manutenção do rádio hertziano. Assim como o direito das rádios livres e comunitárias, que se opõe ao modelo de negócio, que visa apenas o lucro e não o papel social do dial. Confira abaixo algumas obras que ajudam a enriquecer o assunto.

Sim, os brasileiros são também apaixonados pelo rádio; muitos trabalham com ele ligado, outros o ouvem estressados no trânsito, alguns se informam por meio dele e outros só querem saber de música. Para muitos, o rádio é o companheiro fiel. Este livro é um processo. Novas edições incorporarão novos acontecimentos e fatos novos sobre o passado, correções. Um misto de leitura de referência, formação e entretenimento para profissionais, estudantes e amantes do rádio.
História do rádio no Brasil, de Magaly Prado
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Trata-se de um livro sobre produção de rádio, que pretende incluir todas as etapas de uma produção radiofônica. São relacionados diferentes tipos de programas com o objetivo de identificar diferentes tipos de produção. São apresentados desde exemplos de uma agenda minuciosa até grades de programação segmentada, além de dicas fundamentais de utilização da voz a decisões de pauta de assuntos emergenciais. Ao final do livro, há um conjunto de exercícios práticos para aplicação em aula.
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A história da rádio MEC reunida em um livro que recupera toda sua trajetória desde a fundação. Apesar de sucessora da Rádio Sociedade, criada em 1923, em 7 de setembro de 1936 ela foi doada para o Ministério da Educação, sendo rebatizada de Rádio Ministério da Educação. Hoje, está no ar como Rádio MEC AM 800 e MEC FM 99,3. Fundada por Edgard Roquette-Pinto e Henrique Morize, a Rádio MEC foi pioneira como emissora educativa e fincou as bases para comunicação pública ainda hoje difundida pela rádio. A obra surge com o intuito de resgatar o papel desempenhado pelo rádio, como instrumento de educação, permitindo a fruição e o acesso ao saber num país de distâncias continentais.
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Histórias que o rádio não contou, de Reynaldo C. Tavares
Histórias que o Rádio não Contou invade os bastidores das principais emissoras do Brasil e revela o que se passava por detrás de seus microfones. Preciso na história, rico nos detalhes e inusitado no enfoque, Reynaldo C. Tavares nos conta, com a autoridade de quem vivenciou, inúmeras histórias e casos que o rádio nunca levou ao ar. Acompanham 2 CDs contendo registros sonoros referentes à obra.
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A população soube da morte de Vargas no dia 24 de agosto de 1954, por meio do rádio. Os jornais matutinos ainda traziam informações do perdido de licença do presidente, e a televisão era um artigo caro. Por se destacar pela capacidade de informar com rapidez, o rádio participou ativamente da crise política que teve como desfecho o suicídio de Getúlio. Este livro investiga como foi a cobertura radiofônica da crise político-militar que atingiu o Brasil na primeira metade da década de 1950. Seu objetivo é refletir sobre o papel social do rádio num período em que o veículo tinha a hegemonia entre os meios de comunicação, em termos de audiência e abrangência geográfica.
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A MPB na era do rádio, de Sérgio Cabral
O livro lançado em 1996, mas que ganhou edição revista e ampliada em 2012, mistura a história da radiodifusão no Brasil em suas diferentes etapas com as dos artistas que se tornaram célebres pelo veículo, como Carmen Miranda e Francisco Alves. Isso desde o surgimento, nos anos 1920, do rádio de galena, no Rio de Janeiro, através do qual se projetariam duas manifestações musicais básicas da música popular: o maxixe e o choro. Sérgio se debruça sobre a influência da política republicana nas composições, sobre a ingenuidade de alguns compositores para com a esperteza de parceiros indevidos, sobre os cine teatros com música ao vivo até nas salas de espera e sobre regulamentações envolvendo execuções obrigatórias.Um panorama sobre tantos aspectos da música brasileira, do final do século XIX, ao início da Bossa Nova, o livro de Cabral oferece aquilo que só um conhecedor que tem dedicado a sua vida à música popular poderia: deixar o leitor mais rico ao longo de suas agradáveis páginas.
A MPB na era do rádio, de Sérgio Cabral
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Rádios livres: A reforma agrária no ar, de Arlindo Machado, Caio Magri e Marcelo Masagão
As rádios livres são, na maioria das vezes, chamadas de rádios piratas. Mas neste livro há um argumento que coloca um ponto final na questão: “quem é o pirata da história?”. Afinal, piratas são aqueles que só estão interessados no ouro. Este livro fala das rádios independentes que ousaram simplesmente ligar um transmissor e emitir o que achavam importante. Ele mistura textos históricos, com ensaios, manifestos de rádios livres e roteiros de programas dessas mesmas rádios. Publicado em 1986, a obra acompanha até um projeto eletrônico para quem quiser colocar sua própria rádio no ar.
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“As rádios comunitárias contribuem, de fato, para a reconfiguração democrática da esfera pública nas comunidades onde atuam? Quais os entraves da atuação das emissoras radiofônicas de alcance comunitário para agirem como reconfiguradoras das esferas públicas locais? Em que medida as rádios comunitárias contribuem para a formação e a fixação das identidades locais, como também para o exercício da cidadania e do reconhecimento social das populações locais? Quais os diferentes sentidos que os atores e movimentos sociais ligados às experiências das rádios comunitárias atribuem à prática da emissora comunitária?” Essas são algumas das questões elucidadas neste livro, que, além de caracterizar os recursos técnicos e humanos disponíveis nas rádios pesquisadas, investigou de que forma as comunidades locais participam e interagem com as programações e até que ponto essas emissoras comunitárias inovam e rompem, de fato, com o modelo radiofônico praticado pelas emissoras comerciais.
Rádios comunitárias mobilização social e cidadania na reconfiguraç..., de Lílian Mourão Bahia
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Jornalismo de rádio, de Milton Jung
O rádio, esse “senhor” de mais de oitenta anos, soube como poucos assimilar as novas tecnologias, mantendo um público cativo e conquistando novos ouvintes, onde quer que eles estivessem. Da dona-de-casa ao alto executivo, diariamente milhões de pessoas sintonizam a emissora preferida em busca de notícias, informações ou mesmo de uma palavra amiga. Presente na internet, hoje é possível interagir com os apresentadores por e-mail ou telefone, aumentando a proximidade entre locutor e público. Neste livro, escrito para jornalistas e estudantes de Comunicação, Milton Jung, além de fornecer orientações práticas para quem pretende ingressar na área, expõe o dia-a-dia em uma grande emissora, e as “lendas” e histórias verídicas que circulam nos bastidores desse ágil, poderoso e essencial veículo de comunicação.
JORNALISMO_DE_RADIO
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De acordo com o prefácio de Léo da Silva Alves, presidente da Rede Internacional de Excelência Jurídica, o livro vende soluções para as rádios comunitárias. Além de debater grandes questões do setor, a obra ensina as emissoras a captar recursos públicos, conseguir isenção de impostos, diminuir as despesas com o pagamento de direitos autorais e usufruir de direitos variados; mostra como evitar problemas com a justiça e, ainda, como obter bens e serviços gratuitamente. A legislação impõe sérios obstáculos às rádios comunitárias do Brasil, que muitas vezes são obrigadas a fechar por falta de apoio aos comunicadores, que sem saber o que fazer diante de tanta dificuldade, acabam desistindo de continuar o trabalho. Para Léo da Silva, esta publicação vem sanar esta necessidade, fornecendo orientações simples e objetivas para que as emissoras funcionem e se desenvolvam sem arriscar a sua existência e seu patrimônio. Tudo, com amplo respaldo na legislação, nos entendimentos dos tribunais e na literatura jurídica.
Manual de sobrevivência das rádios comunitárias
Fonte: Blog Estante virtual

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