Comitês, conselhos e demais órgãos colegiados do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) enviaram carta conjunta ao Ministério da Educação (MEC) para denunciar, o que classificam como “calamitosa” a atual situação do órgão em face da nomeação do reitor pro tempore, professor Josué Moreira.
“Primeiro, cabe esclarecer que a retomada das atividades acadêmicas é o principal motivo desta comunicação enviada à Vossa Excelência. Como já informado anteriormente à SETEC/MEC, é notória e inconteste a falta de articulação e de governança do Reitor Pro Tempore e de sua equipe temporária, além da falta de representatividade e falta de competência para gerenciar a retomada das atividades por qualquer modalidade que seja, situação que preocupa a todos que fazem parte da comunidade do IFRN”, ressaltam os signatários da carta.
O documento, com 144 páginas, apresenta relatos de fatos ilegais e imorais praticados por Josué Moreira, inclusive com documentação comprobatória.
Elencam como arbitrariedades o encerramento de reuniões dos conselhos, nomeação de servidores com suspensão imposta por processo disciplinar, e compra de computadores super caros para dirigentes enquanto alunos não tem condições de assistir aulas on line por falta de suporte tecnológico.
Para os órgãos que assinam a carta, um dos fatos atuais mais graves é a indefinição sobre o reinício das aulas no instituto. Citam ainda o fato de a gestão ter perdido prazo para assinatura de documentos que viabilizariam bolsas para os estudantes.
Assinam a carta membros do Conselho Representante dos Técnicos-Administrativos, do Conselho Representante do Colégio de Dirigentes, Conselho Representante da Sociedade Civil, Conselho de Representante Discente, Conselho de Representante Docente, do Campus Central e de todos os campi avançado, além dos membros do Conselho Superior (CONSUP), Colégio de Dirigentes, Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão e Comitê de Ensino.
Ao final, os signatários solicitam do ministro Milton Ribeiro a destituição de Josué Moreira do cargo de reitor, por “não possui experiência de gestão”, e continuar demonstrando falta de conhecimento sobre o funcionamento da instituição”.
Reivindicam ainda que o ministro considere a possibilidade de se reunir com os órgãos colegiados do IFRN para discutirem sobre o assunto e encontrarem uma boa definição sobre a situação.
O Portal do RN contactou o reitor pró tempore do IFRN, professor Josué Moreira sobre as acusações e o documento enviado pelos conselhos ao MEC. Ele informou que não havia tomado conhecimento sobre o fato e que não tinha “nada a declarar, a verdade sempre vence”.
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