Documentário que resgata a história de uma das menores e mais ameaçadas etnias indígenas do país, o curta-metragem “A Tradicional Família Brasileira KATU”, de Rodrigo Sena, foi contemplado com duas premiações no 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, realizado de 15 a 20 de dezembro, com exibição pelo Canal Brasil e plataforma Canais Globo.
Os jurados reconheceram os méritos de “Katu” com o Prêmio Especial do Júri e com o novo Troféu Cosme Alves Netto, criado especialmente para essa edição pela Anistia Internacional Brasil em reconhecimento à obra que melhor defende nas telas os direitos humanos e pilares humanistas.
“As duas premiações representam um reconhecimento importante pelo trabalho que desenvolvemos junto à comunidade do Katu, em Canquaretama, no Rio Grande do Norte. ‘A Tradicional Família Brasileira – KATU’ desde o início foi abraçado pela comunidade na figura do Cacique Luiz, líder comunitário, que resiste na luta em defesa dos seus territórios”, conta o roteirista e diretor.
Esse foi o 30º festival do curta-metragem, que já foi contemplado neste mês de dezembro outras três vezes: com a principal premiação do Festival de Cinema Ambiental de Goiás – FICA; com prêmio do GeoFilmeFestival, na Itália; e menção honrosa no Circuito Penedo de Cinema em Alagoas.
Além da reportagem, fez ensaio fotográfico com crianças – as imagens são o dispositivo cinematográfico para reencontro com os personagens 10 anos depois, abordando as suas relações com a identidade indígena.
Com o filme e enquanto fala sobre o trabalho, Rodrigo Sena quer ecoar as vozes da mais genuína família brasileira: “Sou Potiguara nessa terra de Tupã, não tenho como desistir dessa luta… Tiraram nossas folhas, cortaram nossos galhos, derrubaram nossos troncos, mas esqueceram de uma coisa: de nossas raízes”. (Cacique Luiz Katu)
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