Está marcado para o próximo dia primeiro de fevereiro o retorno às aulas na rede estadual de ensino. As aulas estão programadas para acontecer em um formato híbrido, com aulas presenciais e remotas, através da internet.
No entanto, a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte/RN) adianta que se as aulas presenciais forem obrigatórias, não está descartada a possibilidade de uma greve.
“Não é o momento para retornar presencialmente porque a pandemia, inclusive, vem apresentando números crescentes no país e no estado. Sabemos que muitas escolas não estão preparadas porque não receberam os recursos necessários para fazer as adequações. As escolas não estão devidamente equipadas e é preciso ter segurança nesse retorno, por isso defendemos que o retorno presencial seja feito com a vacinação”, explica Bruno Vital, que faz parte da diretoria do Sinte.
De acordo com o sindicato dos professores, a categoria não se opõe ao retorno às aulas remotas, o problema é a obrigatoriedade das aulas presenciais que, com um calendário de vacinação incerto em todo o país, colocaria a vida de professores, funcionários e estudantes em risco:
“Não há clareza sobre a vacinação no país e não sabemos por quanto tempo isso vai se prolongar. A única certeza é que a vida das pessoas devem estar em primeiro lugar. Mas, se o Governo estabelecer que o retorno presencial é obrigatório, vamos deflagrar uma greve em defesa da vida, para que as aulas retornem após a vacinação”, reforça.
O Governo do Estado está fazendo um levantamento sobre o número de escolas que já receberam recursos e equipamentos e que estariam aptas ao retorno das aulas presenciais. Esse trabalho deve ser concluído na próxima semana.
Para o retorno às aulas no formato remoto, uma das sugestões do Sinte é que a Secretaria Estadual de Educação faça a distribuição de chips com acesso à internet entre os estudantes para garantir o acesso dos estudantes aos conteúdos das disciplinas.
As aulas presenciais foram suspensas em todo o estado no dia 17 de março por causa da pandemia do novo coronavírus. Devem ser investidos pelo Governo do Estado cerca de R$ 35 milhões para melhorar a infraestrutura e equipar as escolas dentro do protocolo sanitário de prevenção à covid-19.
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