O índice que permite planejar políticas a partir da quantificação da intensidade da seca
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No Brasil, embora seja muito comum se associarem episódios de seca à região semiárida, esses eventos climáticos estão bem distribuídos pelo País. Existem diversas regiões do Brasil, onde a seca tem provocado severa crise na disponibilidade de água à população, como também às mais importantes atividades e setores econômicos.
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É o que mostra o Índice Padronizado de Precipitação (SPI), com dados referentes aos últimos três meses. O SPI-3 é um dos mais importantes indicadores, utilizados para o monitoramento de secas.
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Talvez você esteja curioso sobre como é possível estimar o índice SPI, a partir de dados de satélite. A principal característica do SPI é a possibilidade de monitoramento tanto de condições secas como úmidas, em diversas escalas temporais. Essa flexibilidade temporal possibilita utilizar o SPI em várias aplicações.
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Como exemplo, o Laboratório @Lapismet utilizou dados de precipitação por satélite, a partir de dados provenientes do CHIRPS, para calcular séries temporais de SPI, no período de 1901-2016, no Semiárido brasileiro.
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Como resultado, foi lançado o Livro “Um século de secas” (https://letrasambientais.org.
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Na obra, o indicador SPI, ao lado de outros índices de seca, também permitiu o estudo da “Seca do Século”, ocorrida no período de 2011-2017, no Semiárido brasileiro, considerada a pior já registrada na história do País. O fenômeno, com intensidade, abrangência e duração sem precedentes até então, acarretou consequências devastadoras à população, economia e governos, tomando proporções de desastre natural. O estudo foi validado na região dos Cariris, considerada a área mais seca do Brasil.
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Até mais,
Humberto Barbosa
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