sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

UMA SITUAÇÃO CADA VEZ MAIS PRESENTE! >> CNJ abre reclamação disciplinar contra nepotismo e “funcionários fantasmas”

O Plenário do Conselho Nacional de Justiça aprovou, nesta terça-feira (9/2), a abertura de reclamação disciplinar para apurar a conduta de desembargadores e juízes do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Durante a 324ª Sessão Ordinária do Conselho, o plenário do órgão aprovou o relatório sobre o caso apresentado pela corregedora nacional de Justiça, Maria Thereza de Assis Moura.

No documento elaborado a partir de atividades de correição extraordinária nos gabinetes dos desembargadores Geraldo Domingos Coelho e Paulo Cézar Dias, a corregedora propôs a abertura de reclamação disciplinar para apurar a conduta dos dois, além dos desembargadores José Geraldo Saldanha da Fonseca e Eduardo César Fortuna Grion e dos juízes Renan Chaves Carreira Machado e Octávio de Almeida Neves.

O relatório avalia possíveis ocorrências de nepotismo, “funcionários fantasmas”, inserção de conteúdo falso em documentos públicos e baixa produtividade nos gabinetes, entre outras questões.

Os resultados apontaram que as condutas, se confirmadas, violam o Artigo 2º da Resolução CNJ 7/2005, a Súmula Vinculante 13 do STF, a Lei Orgânica da Magistratura e o Código de Ética da Magistratura Nacional, o que levou a corregedora a propor a abertura das reclamações disciplinares que foram aprovadas. Com informações da assessoria de imprensa do CNJ.

Fonte: https://justicapotiguar.com.br/index.php/2021/02/11/cnj-abre-reclamacao-disciplinar-contra-seis-juizes-de-mg-por-nepotismo-e-funcionarios-fantasmas/

COMPLEMENTAÇÃO DESSE BLOG SOBRE A "PRÁTICA" DO NEPOTISMO: 

A palavra nepotismo designa a prática criminosa de favorecer parentes e pessoas próximas para a ocupação de cargos da administração pública. O nepotismo, quando confirmado, pode causar prejuízos ao bem público, pois normalmente a nomeação de parentes ocorre não pela competência da pessoa favorecida, mas pelo simples laço de parentesco ou amizade.

O termo nepotismo deriva do latim, mais especificamente das palavras nepos (sobrinho) ou nepotis (neto). Nos primeiros séculos da era cristã, os parentes dos papas eram agraciados com vantagens na administração pública do Império Romano ou com cargos ligados ao clero. Daí, o termo nepotismo passou a empregado para designar o favorecimento de parentes na administração pública.

A prática do favorecimento da família é comum no âmbito privado, visto que a essência da propriedade privada é a manutenção da sua posse para o dono e sua família. Porém, isso não se aplica à administração pública, visto que esta lida com a propriedade pública, ou seja, que pertence a todo cidadão. O nepotismo na administração pública é, portanto, uma forma de corrupção.

Leia também: Como “laranjas” são usados na corrupção?

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