terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mino Carta: a “mídia nativa” e as ameaças à democracia brasileira


Mino Carta

Vermelho -19 de Outubro de 2010 - 13h40

O diretor de Carta Capital lamenta que a “mídia nativa”, maneira pela qual chama a velha mídia, insista em falar em ameaças à democracia e aponta que as únicas investidas à liberdade de imprensa partiram de Sandra Cureau, vice-procuradora-geral eleitoral. Cureau, primeiramente, determinou que a revista apresentasse em prazo de cinco dias todos os seus contratos de publicidade com o governo federal. A procuradora usou os de uma denúncia anônima ao tomar sua decisão.

Depois disso, apresentou ação contra a Record por supostamente favorecer Dilma em seu noticiário. O detalhe é que Cureau já falou abertamente que prefere Serra. E, por fim, nesta segunda-feira (19), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aceitou liminar apresentada pelo PSDB pedindo a restrição à circulação da Revista do Brasil. Os tucanos gostariam que a edição 52 fosse integralmente recolhida e proibida de circular pela internet.

“No nosso caso, mandamos a procuradora às favas”, finalizou Mino, que entende que a “mídia nativa” age da mesma maneira e no mesmo tom há 60 anos. Desestabilizou Getúlio Vargas, tentou impedir a posse de Juscelino Kubitschek, ajudou a empurrar João Goulart ao parlamentarismo, apoiou o golpe e se opôs às diretas. “Sem esquecer da invenção da Veja, o Caçador de Marajás. O Caçador de Marajás foi a única via encontrada para evitar a ascensão do Sapo Barbudo”, declarou, fazendo referência, respectivamente, a Fernando Collor de Mello, que em 1989 derrotou, com ajuda fundamental da velha mídia, Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: Rede Brasil Atual

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