quarta-feira, 4 de maio de 2011

Fátima Bezerra - PT defende mobilização social em torno dos 10% do PIB para a educação

 Debate reuniu parlamentares e representantes da sociedade civil e do governo
Debate reuniu parlamentares e representantes da sociedade civil e do governo












Fonte: Blog da Dep. Fátima Bezerra

Em debate sobre o PNE (Plano Nacional de Educação) promovido pela Ubes (União Brasileira de Estudantes Secundaristas), em Brasília, a presidenta da Comissão de Educação e Cultura, deputada Fátima Bezerra, elogiou a mobilização da entidade representativa dos estudantes de ensino médio pela destinação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação. “Esse é um debate central, se quisermos que o PNE 2011-2020 alcance todas as suas metas é preciso que seja assegurado o financiamento”, argumentou.


A deputada reconhece que o projeto enviado pelo governo ao Congresso Nacional é bom, pois reflete as deliberações da Conae (Conferência Nacional de Educação), mas nem todas as propostas foram acatadas pelo executivo, como a proposta de 10% do PIB para a educação. “Essa é uma proposta que temos de avaliar com muito carinho se quisermos um PNE que seja, além de ousado, efetivamente implementado” argumentou.

Valorização dos magistério

Fátima Bezerra também convocou os estudantes e abraçarem, no debate do PNE, a causa da valorização dos profissionais da educação. “Não podemos perder essa década que está começando e deixar de resolver o tripé: carreira, formação e salário. “Ou seja, consolidar uma política pública de valorização salarial e profissional para os profissionais da educação”, frisou.

A mesma defesa foi feita pela deputada Fátima Bezerra em debate que ela participou semana passada (26/4) com o ministro da Educação, Fernando Haddad, promovido pela Andifes, entidade que reúne os reitores das universidades públicas federais.

Também participaram do debate da Ubes o relator do PNE na Câmara dos Deputados, Ângelo Vanhoni (PT/PR); o senador Inácio Arruda (PCdoB/CE); o secretário-executivo adjunto do Ministério da Educação, Francisco das Chagas Fernandes; e o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara.

Na abertura do debate, o presidente da Ubes, Yann Evanovick, adiantou que o PNE será a pauta prioritária da entidade este anos. “Todas as nossas atividades estarão voltadas para o PNE. Será uma luta muito grande e nós vamos precisar do número maior possível de apoios”, afirmou.

Na sua fala, a deputada Fátima Bezerra afirmou ser preciso refletir sobre por que o PNE passado não deu certo. “Temos de fazer essa reflexão para não repetirmos os erros do passado”, aconselhou.

A deputada mostrou dados do Conselho Nacional de Educação, segundo o qual mais de 80% das metas do PNE anterior não foram cumpridas. Para Fátima, a desarticulação entre o PNE e os planos de governo federal, estaduais e municipais; a focalização no ensino fundamental; a pouca divulgação do PNE; a ausência de mecanismos de acompanhamento e de indicadores e, por fim, o veto que o então presidente Fernando Henrique Cardoso fez ao artigo que garantia 7% do PIB para a educação. “Este, com certeza, foi o fator que mais contribuiu para que o PNE não alcançasse as metas propostas”, afirmou.

O seminário da Ubes, que tem como tema "Educação tem de ser 10", começou ontem, dia 2, e vai até amanhã. O objetivo é debater as 59 emendas defendidas pela Ubes para serem incorporadas ao PNE. A delegação do Rio Grande do Norte era formada por mais de 24 estudantes, de várias escolas potiguares.

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