sexta-feira, 13 de maio de 2011

Negros: O dia seguinte ao 13 de maio

   Homenagem do Mandato Popular do Vereador Canindé Rocha
 
Para onde foram os negros após a libertação da escravatura? Qual foi a política habitacional para que eles pudessem morar em casas decentes? Qual foi a política para absorvê-los no mercado de trabalho? Estas questões, muito freqüentes, são resultados da atual situação vivida hoje em grande parte pelos negros no Brasil.
Havia um estigma na sociedade brasileira porque mesmo após a abolição, o negro estava associado ao trabalho escravo e não conseguia ocupar um melhor espaço no mercado de trabalho, por falta de oportunidade, decorrente de sua cor.
"Os negros disputavam vagas com os espanhóis e italianos, também analfabetos, para trabalharem como forneiros em padarias e fazer serviço pesado como rachar lenha, mas não conseguiam a vaga porque o trabalho livre era reservado para os brancos, apesar da abolição da escravatura. Nem mesmo o trabalho pesado sobrou para os negros, que foram entregues à própria sorte", ressalta o economista e professor da USP, Hélio Santos.
As mulheres negras continuaram fazendo trabalhos serviçais, como lavadeiras, copeiras, empregadas, que na época nunca faltou, com salários diminutos. Mas foi este trabalho que permitiu à mulher negra manter sua prole e contribuiu para que não houvesse a absoluta desintegração das famílias negras, porque o homem negro estava na periferia da cidade, justifica o professor da USP.
13 de maio dia da abolição da escravatura terá manifestações em várias partes do país
Os movimentos negros realizarão neste dia 13, Dia da Libertação da Escravatura,manifestações reivindicando os direitos dos negros entre eles: o fim do genocídio contra a população negra, a manutenção de cotas em universidades e reparação histórica para os negros. Além de exigir as cassações dos deputados nazi/racistas Jair Bolsonaro (PP/RJ) e Marco Feliciano (PSC/SP).
A reivindicação pelo fim do genocídio contra a população negra, teve maior impulso após a divulgação do estudo do Mapa da Violência publicado em 2010 pelo Ministério da Justiça que afirma que de 2006 a 2012, 33,5 mil jovens serão assassinados no Brasil, com clara probabilidade de que a maioria seja negra. Os ativistas também chamam atenção quanto privação dos direitos fundamentais dos negros, como à saúde, onde 40,9% das mulheres negras nunca realizaram exames de mamografia e Papanicolau, de acordo com o Relatório Desigualdades Racial de 2010, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Por sua vez, a Uneafro, articuladora dos dois atos, divulgou nota protestando contra as posições racistas dos dois deputados antidemocratas.
“Infelizmente as palavras destes parlamentares racistas soam apenas como versão em prosa e verso de uma dura realidade que, 123 anos após a abolição, persiste: a morte física, cultural e simbólica de negras e negros”, diz o texto que é usado para convocação das manifestações..
Pela luta das liberdades, pela honra de poder ser existente produtivo, pelo afeto construtor de novas formas de sentir, perceber e pensar, como estão se movimentando os negros, e outros não negros, ou seja, todos que sabem que e liberdade é uma produção, nós desse Bloguinho Intempestivo queremos nos solidarizar mais uma vez – continuamente – com as companheiras e companheiros negras e negros para que a liberdade seja real, e em nome de todos do movimento oferecer esse embate ao cabra que vai nascer hoje nesse 13 de Maio, nessa sexta-feira 13, João Benedito!
Mesmo ainda tendo que lutar muito para que a igualdade racial seja algo concreto em nossa sociedade, digo sem medo de errar que, durante o Governo Lula tivemos o maior avanço de nossa história no que diz respeito à instituição de políticas de igualdade racial, dentre as quais posso citar:
ü  Criação da SEPIR - Secretaria Especial de Políticas de Igualdade Racial;
ü  Instituição do Regime de cotas para negros em Universidades públicas;
ü  Demarcação de inúmeras áreas quilombolas;
ü  Foi criada  a Lei Federal nº 10.639/03, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de cultura africana e afro-brasileira nas escolas públicas e privadas de todo país.

Sem comentários:

Enviar um comentário