sábado, 17 de dezembro de 2011

Essa é para aqueles que são contra os governos do PT

Avaliação de Dilma é recorde para 1º ano de mandato

Brasília (AE) - A avaliação do governo Dilma Rousseff e a aprovação pessoal da presidenta registraram recorde na série histórica da pesquisa CNI/Ibope para o primeiro ano de mandato superando os índices obtidos por Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso. A corrupção, porém, foi o assunto mais lembrado sobre a administração de Dilma e as áreas como saúde, educação e segurança registram desaprovação. Há também visão negativa à forma como o governo tem agido no combate à inflação. Foram ouvidos 2.002 eleitores em 142 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Para 56% dos eleitores entrevistados o governo Dilma é ótimo ou bom, cinco pontos percentuais a mais do que o registrado em setembro. Outros 32% avaliam a administração como regular. Para 9% o governo é ruim e 3% não opinaram. Com este índice positivo, a presidenta supera a marca de 51% registrada em 2007, quando o ex-presidente Lula encerrava o primeiro ano de seu segundo mandato. Em 2003, a avaliação do governo dele teve 41% de ótimo e bom. No caso de Fernando Henrique, por sua vez, o melhor resultado foi em 1995, quando tinha 43% de avaliação positiva ao seu governo. Em 1999, o percentual era de apenas 17%.

O desempenho recorde de Dilma se repete também na sua avaliação individual. Ela conta com 72% de aprovação na pesquisa contra 21% que a desaprovam e 7% que não opinaram. Dono das melhores avaliações anteriores em relação ao início de mandato, Lula tinha 66% em 2003 e 65% em 2007. FHC alcançou 57% em 1995 e tinha 26% em 1999. Apenas em relação à confiança pessoal a presidenta não conseguiu superar seu padrinho político neste comparativo histórico. Em 2003 Lula teve 69% neste quesito enquanto Dilma agora registra 68%. Apesar dos recordes da presidenta, porém, para 28% dos eleitores sua administração é pior do que a de Lula enquanto apenas 12% a julgam melhor que o antecessor. Para 57% os dois governos são iguais.

Os dados da pesquisa mostram, no entanto, que a população tem acompanhado as seguidas denúncias de corrupção contra a administração federal. Foram 23% os entrevistados que mencionaram as acusações contra o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi como o assunto mais lembrado em relação ao governo Dilma. Outros 10% mencionaram a queda de ministros. O terceiro item neste quesito, as viagens internacionais da presidenta, tiveram apenas 4% de lembrança.

Para o gerente-executivo de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, a presidenta parece conseguir se afastar das seguidas acusações de corrupção contra o seu governo. "Dilma conseguiu se blindar. Ela conseguiu se distanciar e as denúncias ficaram restritas aos ministros. As pessoas estão culpando mais os ministros do que a presidente".

A avaliação por setores também traz algumas preocupações sobre a atuação do governo. Na área da saúde, 67% desaprovam a política de Dilma para a área. Em relação a segurança pública esse percentual contrário é de 60% enquanto 51% desaprovam a política de educação do governo. O combate a inflação está sendo mal conduzido na visão de 52% dos entrevistados. São 56% os que reclamam da taxa de juros e chega a 66% os que desaprovam o governo em relação aos impostos. Das nove áreas analisadas, apenas no combate à fome, no combate ao desemprego e na política de meio ambiente os que aprovam a política do governo são maioria.

Aprovação é menor na classe média

Brasília (AE) - O desempenho da administração Dilma Rousseff tem aprovação menor entre os eleitores de classe média segundo os dados da pesquisa CNI/Ibope. Foi entre os entrevistados com faixa de renda entre 5 e 10 salários mínimos que os índices da presidenta registraram queda em todos os atributos pesquisados. São eles também quem faz a pior avaliação do governo em quase todas as análises setoriais.

Segundo os dados divulgados ontem, 49% dos eleitores nesta faixa salarial avaliam o governo Dilma como ótimo ou bom. Entre os que têm renda de até um salário mínimo este percentual chega a 66% e entre os mais ricos, que ganham acima de 10 mínimos, a aprovação ao governo chegou a 61%. Entre quem esta na faixa de 2 a 5 salários mínimos são 56% os que julgam o governo positivamente enquanto 57% dos que recebem de 1 a 2 salários mínimos fazem esta avaliação. Apenas na faixa entre 5 a 10 salários mínimos a avaliação positiva caiu. Em setembro, eram 56% os que davam conceito ótimo ou bom.

O mesmo aconteceu em relação à aprovação pessoal da presidenta. Nesta faixa de renda são 68% os que concordam com a condução de Dilma e 59% os que confiam nela. Em setembro, 70% dos entrevistados de classe média aprovavam e 67% diziam confiar na presidenta. Novamente é entre os mais pobres que a aprovação pessoal (81%) e a confiança (78%) alcançam os níveis mais altos.

As pessoas com renda entre 5 e 10 salários mínimos são as que mais desaprovam as políticas nas áreas de segurança pública (75%), combate a inflação (56%) e impostos (76%). Para 75% deles a atuação do governo na área da saúde não merece aprovação e são 62% os eleitores dessa faixa salarial que criticam a política educacional.

No recorte da pesquisa por escolaridade, 51% dos que têm nível superior avaliam o governo como ótimo ou bom enquanto o percentual é de 64% entre os que estudaram somente até a 4ª série do ensino fundamental.

Entre os mais jovens o apoio a Dilma é menor do que nas outras faixas etárias. Para 53% dos eleitores de até 24 anos o governo tem avaliação positiva enquanto 60% dos que tem mais de 50 anos consideram a administração de Dilma ótima ou boa. O governo tem maior avaliação entre as mulheres (58%) do que entre os homens (56%).

Nas capitais, o desempenho da presidenta é pior. São 48% os que avaliam positivamente o governo. No interior este índice chega a 61%. A aprovação é maior nos municípios de até 20 mil habitantes, com 63%, enquanto nas cidades com mais de 100 mil são 52% os que julgam o governo ótimo ou bom.

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