‘A elite não se conforma com ascensão da Classe C’
Fonte: Carta Potiguar
POR THAÍS MIQUELINO
Pesquisa do DataPopular mostra que o aumento do poder das classes C e D tem incomodado pessoas de maior poder aquisitivo. Das 1.830 pessoas das classes A e B entrevistadas, 55,3% torcem o nariz ao ver que pobres estão usando produtos identificados com o consumo dos mais ricos. Outros reclamam da “invasão” aos shoppings e ao metrô. Presidente do instituto, Renato Meirelles afirma que a elite não se adaptou às mudanças.
— Por que classes mais baixas incomodam?
— A classe C se consolidou como o grande mercado brasileiro e isso muda tudo. Muitas pessoas das classes A e B não se acostumaram com isso, acham que espaços como shoppings estão sendo invadidos. Um exemplo clássico é o da patroa que compra um perfume de R$ 300 e se incomoda quando a empregada compra o mesmo produto parcelando em dez vezes de R$ 30.
— A classe C se consolidou como o grande mercado brasileiro e isso muda tudo. Muitas pessoas das classes A e B não se acostumaram com isso, acham que espaços como shoppings estão sendo invadidos. Um exemplo clássico é o da patroa que compra um perfume de R$ 300 e se incomoda quando a empregada compra o mesmo produto parcelando em dez vezes de R$ 30.
— As opiniões da pesquisa surpreenderam?
— Sim. Surpreende que 17% dos ouvidos defendam elevadores para empregadas ou 26% acreditem que uma estação do metrô aumente o número de pessoas indesejáveis na região. Mas as pessoas só manifestaram essas opiniões porque a pesquisa era confidencial, não citava nomes.
— Sim. Surpreende que 17% dos ouvidos defendam elevadores para empregadas ou 26% acreditem que uma estação do metrô aumente o número de pessoas indesejáveis na região. Mas as pessoas só manifestaram essas opiniões porque a pesquisa era confidencial, não citava nomes.
— Qual a diferença no consumo entre essas classes?
— A natureza do consumo das classes A e B é de exclusividade. Trata-se daquele sujeito que paga mais caro para ter aquilo que tem. A classe C quer se sentir integrada à sociedade.
— A natureza do consumo das classes A e B é de exclusividade. Trata-se daquele sujeito que paga mais caro para ter aquilo que tem. A classe C quer se sentir integrada à sociedade.
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