domingo, 23 de dezembro de 2012

Cultura >> Auto natalino acontece neste final de semana na Ribeira

Divulgação

Largo Dom Bosco, em frente ao Teatro Alberto Maranhão, receberá duas apresentações, uma neste sábado e outra no domingo, começando sempre às 20h


A musicalidade do espetáculo Presente de Natal, na edição deste ano, está mais mambembe

Um velho fabricante de brinquedos, aflito por não poder presentear a todos que estão na plateia, resolve, portanto, oferecer um presente imaterial: uma história. Assim começa o Presente de Natal que, neste final de semana, chega até a Ribeira, mais especificamente ao Largo Dom Bosco, em frente ao Teatro Alberto Maranhão, com duas apresentações, uma amanhã e outra no domingo, começando sempre às 20h.

“Pepeto”, o senhor que inicia o espetáculo, foi inspirado no já conhecido Gepetto, o pai de Pinóquio e é uma das novidades este ano no texto do auto natalino. Danilo Guanais, que assina a trilha sonora e alguns momentos do roteiro, afirma que a intenção foi começar o espetáculo com uma encarnação do espírito presente nos bastidores.

“Pepeto usa a esperança e a alegria para contar essa história, já que ele não pode dar um presente material para cada uma das pessoas. É como se fosse uma encarnação de todos nós, que fazemos parte deste projeto há tantos anos”, comenta Danilo. Este ano o espetáculo está sendo apresentado de forma itinerante e a história acontece em um palco montado no próprio caminhão que circula a cidade.

“O caminhão se abre e revela o palco justamente quando Pepeto comenta que a história que ele vai contar é encenada até os dias de hoje, há quem diga, em cima de um caminhão”, detalha o compositor, que faz parte do Presente de Natal desde 1997, quando Diana Fontes idealizou o projeto. De lá para cá, ele conta que a musicalidade do espetáculo também evoluiu bastante.

“A primeira trilha tinha um tom bastante próximo do repertório tradicional das canções de natal e aos poucos a gente foi se aproximando mais da cultura popular, incorporando o pastoril, reizado, batuques, latinhas...”, explica. Se a musicalidade deste ano fosse definida em uma única palavra, Danilo escolheria “mambembe”.

“É muito bacana trabalhar com esse tipo de espetáculo, que tem um componente mais erudito, mais artisticamente formal e que, ao mesmo tempo, fala para o povo onde ele está. E para se adequar a este formato, que nos permite chegar a mais lugares da cidade, a musicalidade está mais mambembe porque precisa ser mais convidativo”, garante, dizendo ainda que o maior sonho é de realizar o Presente de forma acústica, ou seja, com todos cantando e tocando ao vivo. “Mas isso são planos mais para o futuro”, diz.
Fonte: Novo Jornal

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