O resumo anual parcial divulgado
pelo HRTM mostra que por dia são atendidas em média 19,54 pessoas na
unidade hospitalar. No total, o hospital registrou até o final do mês de
maio 2.931 atendimentos, distribuídos da seguinte forma: Não definidos
(47, ou seja, 1,60%), Carro (310, o que representa 10,57%), Moto (2.172 -
74,14%), Bicicleta (184 - 6,27%), Atropelamentos (116 - 3,95%),
Capotamentos (59 - 2,01%), e Tração Animal (43 - 1,46%).
A maioria
dos pacientes, com o total de 73,25%, é do sexo masculino. A faixa
etária predominante, com o percentual de 63,05%, é de pessoas com idade
entre 18 e 40 anos. Dos 2.931 pacientes, 1.927 são de Mossoró. Entre os
municípios que mais registraram as vítimas de trânsito no HRTM estão:
Baraúna (114), Assu (93), Areia Branca (51), Apodi (49), Martins (45),
Caraúbas (43), Grossos (39) e Serra do Mel (37).
Conforme relatoria
da unidade, somente no mês passado foram contabilizados 604 pacientes
atendidos em decorrência de acidentes de trânsito, sendo 64 envolvendo
carros e 446 motivados por motos, o que representa 73,87% do total. Do
total, 410 atendimentos para pacientes de Mossoró, 19 de Assu, 14 de
Baraúna e Martins, 11 de Grossos, e 10 de Areia Branca e Apodi.
Aumento da frota e imprudência são alguns fatores que explicam as estatísticas
"O
que percebemos é um aumento constante da frota desse tipo de veículo,
principalmente pela facilidade na compra, uma vez que as motocicletas
podem ser adquiridas por um valor mais baixo. Na zona rural, por
exemplo, grande parte das pessoas está substituindo o animal pela moto.
Tudo isso aliado ao fator imprudência e imperícia contribui para esses
índices alarmantes", destaca.
Conforme o inspetor Roberto Palhano,
como as motocicletas são veículos de bastante vulnerabilidade, o
condutor precisa estar constantemente atento para que os acidentes sejam
evitados. "Qualquer queda pode resultar em um acidente de grandes
proporções, isso sem falar que grande parte dos condutores não tem
condições de trafegar, não estão devidamente habilitados, e isso a gente
comprova frequentemente através das nossas fiscalizações", explica.
Ele
também levanta a questão da falta de licenciamento de ciclomotores.
"Pode até parecer destoante, mas nós registramos mais acidentes com
ciclomotores e motocicletas de até 150 cilindradas do que com motos de
maior porte. Em relação aos ciclomotores e motonetas, como elas não
conseguem desenvolver velocidade nas rodovias, principalmente federais,
acabam ficando ainda mais vulneráveis. A legislação para esses veículos
existe, e as penalidades são as mesmas para outros tipos de transporte, o
problema é que a regulamentação por parte dos municípios não está sendo
feita", afirma Roberto Palhano.
Uma das formas de prevenir os
acidentes nas estradas é, segundo o inspetor da PRF, a conscientização e
educação dos condutores. "Desde o ano passado a Polícia Rodoviária
Federal tem intensificado o trabalho de fiscalização em relação a motos,
temos feito o que nos cabe, o que rege o Código de Trânsito Brasileiro,
agora precisamos também da contribuição dos próprios condutores, que
eles possam estar mais conscientes, evitem cometer atos imprudentes",
diz.
Frota
Segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran/RN), Mossoró possui hoje uma frota de 43.751 automóveis e 53.235 ciclomotores, motocicletas e motonetas.
Segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran/RN), Mossoró possui hoje uma frota de 43.751 automóveis e 53.235 ciclomotores, motocicletas e motonetas.
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