Por Altamiro Borges
No final da tarde de ontem (19), lutadores pela democratização da mídia e blogueiros se reuniram com os jovens e aguerridos integrantes do Movimento Passe Livre (MPL), o principal protagonista dos protestos das duas últimas semanas que contagiaram o Brasil. Antes do início da conversa, as emissoras de televisão transmitiram ao vivo o anúncio da redução das tarifas em São Paulo feito pelo governador Geraldo Alckmin e o prefeito Fernando Haddad. O clima foi de festa - com choros e risos. Um histórica vitória da pressão das ruas.
No final da tarde de ontem (19), lutadores pela democratização da mídia e blogueiros se reuniram com os jovens e aguerridos integrantes do Movimento Passe Livre (MPL), o principal protagonista dos protestos das duas últimas semanas que contagiaram o Brasil. Antes do início da conversa, as emissoras de televisão transmitiram ao vivo o anúncio da redução das tarifas em São Paulo feito pelo governador Geraldo Alckmin e o prefeito Fernando Haddad. O clima foi de festa - com choros e risos. Um histórica vitória da pressão das ruas.
Na sequência, todos opinaram sobre a natureza das gigantescas
manifestações recentes. Ninguém ainda tem certezas sobre o fenômeno. Mas
ninguém também é ingênuo. Os integrantes do MPL foram os primeiros a
registrar que a direita - inclusive grupos neonazistas e agentes
infiltrados da polícia - tentou instrumentalizar o movimento. Eles
também criticaram a cobertura distorcida da mídia - que primeiro exigiu
violenta repressão e criminalizou os movimentos sociais e, depois,
tentou agendar politicamente os protestos.
Diante destes fatos, eles reafirmaram sua trajetória de esquerda e seu
compromisso com "uma nova cidade, que garanta o acesso às pessoas". Eles
enfatizaram que a pauta do MPL, centrada na luta pelo passe livre e por
um transporte de qualidade, não será desvirtuada. "Sim, somos de
esquerda e temos uma pauta de esquerda... Não, não seremos manipulados
pela pauta da direita". Lucas Oliveira, o "Legume", ainda elogiou a
unidade com outras forças de esquerda forjada durante os protestos. Ele
lembrou que, historicamente, eles sempre estiveram juntas - mesmo com
suas divergências - na luta pela melhoria nos transportes públicos.
Nesta mesma segunda-feira, outras organizações populares se reuniram
para comemorar a vitória e para discutir os próximos passos. Centrais
sindicais, movimentos estudantis, entidades comunitárias e muitas outras
decidiram reforçar ainda mais a mobilização. O objetivo é ocupar a
Avenida Paulista na tarde de hoje. Há consenso de que a disputa com as
forças da direita - contra seus vândalos e seus provocadores infiltrados
- vai se dar nas ruas. O sentimento da sociedade é por avanços nas
mudanças no país, com forte protagonismo dos movimentos sociais. Uma
importante vitória já foi conquistada!
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