sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Estamos caminhando para um fim melancólico desse governo, afirma Mineiro


 

Em entrevista ao programa Primeira Página RN, apresentado pelo jornalista Gerson de Castro na TV Metropolitano (confira a íntegra aqui, a partir de 19’20”), o deputado Fernando Mineiro (PT) comentou sobre a maquiagem feita pelo governo estadual nas contas da educação, analisou a crise financeira por que passa o Rio Grande do Norte e avaliou as manifestações populares ocorridas no último mês de junho.
 
Mineiro disse que a crise financeira vivida pelo Estado, conforme anunciou recentemente a governadora, “não é surpresa”. Para ele, “é equivocado centrar o debate no corte [orçamentário], porque o corte é consequência. Eu quero discutir a causa: por que chegou a essa situação?”, indagou. 
 
Mineiro defendeu uma discussão mais profunda sobre a situação do Estado. Ele observou que, em fevereiro, a governadora leu a mensagem anual à Assembleia Legislativa, cujo tom era de otimismo, dizendo que as finanças estavam saneadas e o estado equilibrado. “O que mudou de fevereiro pra cá?”. 
 
Para o deputado, a crise é “gravíssima”, porque atinge a todos os setores: servidores, fornecedores e o conjunto da sociedade. “As obras que não avançam. Há uma paralisia toda a economia. Estamos caminhando para um fim melancólico desse governo.”
 
Maquiagem na educação
 
Mineiro voltou a denunciar que o governo não aplicou o mínimo exigido de 25% dos impostos e transferências na manutenção e no desenvolvimento do ensino. “O governo declarou que aplicou 30%. Aí o Tribunal de Contas do Estado analisou, passou a lupa e viu que o governo chegou aos 30% porque incluiu uma despesa que não deve ser incluída, que a previdência dos inativos. Então o governou maquiou [os dados]”.
 
De acordo com o parlamentar, nos últimos dois anos o governo deixou de investir R$ 165 milhões na área da educação. Mineiro denunciou o caso ao Ministério Público do Estado, pedindo que seja criado um mecanismo para que o Poder Executivo devolva os recursos que, obrigatoriamente, deveriam ter sido investidos na área educacional. 
 
O deputado assegurou que votará contra a aprovação das contas do governo caso essa situação não seja sanada. Ele lembrou que o parecer do TCE é prévio, mas quem aprova ou não as contas do Executivo é a Assembleia Legislativa.
 
Manifestações
 
Em relação às manifestações de rua que aconteceram em junho, Mineiro afirmou que os protestos eram positivos. Ele disse que a sociedade foi às ruas levar suas demandas, mas que ninguém afirmou que queria voltar ao passado. 
 
“É positivo, porque as pessoas sempre querem ir pra frente. O Brasil melhorou. O Brasil de hoje é melhor que o de dez anos atrás. Mas as pessoas querem mais e eu acho isso bom. Fico muito feliz quando eu vejo as manifestações nas ruas porque eu vim das ruas”, ponderou. 
 
Para Mineiro, a população questionou o conjunto das instituições, não só o governo federal. Ele disse que cabe ao governo dar respostas às demandas populares, como fez a presidenta Dilma.
 
“A presidenta Dilma deu as respostas corretas, como a questão do plebiscito pela reforma política, ouvindo o povo. Por que o Congresso Nacional não quer isso [ouvir a sociedade]? A reforma que interessa à sociedade só sairá com o povo mobilizado nas ruas. Não sai pela maioria do Congresso, porque essa maioria está acomodada e é beneficiada por esse sistema”, defendeu. 
 
Fonte: Assessoria do Mandato

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