Na última semana, a CNTE realizou a reunião do Coletivo Nacional de
Mulheres com a presença de representantes de vários estados do Brasil,
do presidente da entidade, Roberto Leão, da secretária de relações de
gênero da CNTE, Ísis Tavares e de Vera Soares, subsecretária de
Articulação Institucional e Ações Temáticas da Secretaria de Políticas
para as Mulheres.
O objetivo foi colocar em debate "As transformações da última década
sob o ponto de vista das mulheres: avanços e desafios". Na abertura,
Leão lembrou que é importante vermos como as coisas precisam ser
modificadas no país e deu o exemplo da Lei Maria da Penha. "Tudo que
alcançamos é resultado da luta, porque nada acontece de graça, mas por
conta da tenacidade, da determinação, da luta contra a discriminação e
por isso que obtivemos conquistas e precisamos conquistar mais.",
afirmou o presidente.
Vera Soares traçou um panorama dos avanços obtidos nos últimos anos
em relação a escolaridade, remuneração, representação política e
projetos públicos voltados para as mulheres. Ísis abordou a importância
das manifestações, afirmando que todas as categorias profissionais
tiveram suas frentes e pautas e que as mulheres precisam se posicionar
melhor. "É importante pensar quais as mudanças que aconteceram nos
últimos 10 anos, dentro dessa conjuntura, quais são nossas pautas, o que
é nos caro manter, o que precisamos lutar para avançar e qual o cenário
para que possamos alcançar essas conquistas", disse a secretária.
A formação de coletivos de mulheres tem aumentado progressivamente
nos sindicatos através de discussões constantes em várias frentes. Novos
coletivos, secretarias e departamentos de gênero e de mulheres tem sido
criados, além de maior presença feminina nos cargos de liderança das
organizações.
Para Eva Assis, secretária da mulher do SINTEGO, de Goiás e
conselheira do CONEM, Conselho Estadual da Mulher, o encontro da CNTE
enriquece o debate através da experiência de cada um e da oportunidade
de discutir as políticas públicas que, segundo ela, estão melhorando em
função também da luta dos sindicatos. "O SINTEGO criou a secretaria da
mulher nessa gestão, da Iêda Leal, que começou há 2 anos. E nós focamos
no combate da violência contra a mulher, buscando uma maior
conscientização sobre a Lei Maria da Penha. Só esse ano publicamos um
kit especial sobre o assunto, com mais de 10 mil cópias que foram
distribuídas em escolas de todo o estado e também estamos realizando
visitas falando sobre o assunto e envolvendo os alunos no debate",
afirmou Eva.
Fonte: CNTE
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