segunda-feira, 20 de abril de 2015

Contra o PL 4330 >> Terceirizados reclamam de condições de trabalho


Na última quarta-feira, centrais sindicais protestaram no Centro de Mossoró
Polêmico, o projeto de lei 4330, que universaliza as terceirizações nas empresas privadas deve ser votado nesta quarta-feira (22) na Câmara dos Deputados.
Em Mossoró, profissionais terceirizados reclamam das condições de trabalho e da dificuldade de verem concretizados seus direitos trabalhistas.
Um dos exemplos mais patentes por aqui ocorreu no Hospital da Mulher Parteira Maria Correia. Quando foi aberta, em 2012, a unidade era gerida pela Associação Marca para Promoção de Serviços (A.Marca). Na época, ela contratou 206 terceirizados.
Após investigações que apontaram desvios milionários de contratos e diversas irregularidades, a empresa foi obrigada a deixar o hospital.
Até hoje, quase três anos depois, seus funcionários lutam para receber os débitos trabalhistas deixados.“Não recebemos nada”, denunciou Luiz Avelino, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Laboratórios e Pesquisas dos Hospitais Particulares de Mossoró (SINTRAPAM).
Tais problemas são também frequentes nos postos de saúde. Ainda conforme o sindicato, há 70 profissionais com débitos trabalhistas junto à Prefeitura.
Em meados de 2014, um trabalho de auditoria realizado no Executivo municipal mostrava diversos problemas com contratação de trabalhadores terceirizados.
O estudo foi realizado pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e repassado ao Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN).
No documento, é constatada a presença de 12 empresas prestadoras de serviços com cessão de mão-de-obra.
Os contratos envolvem valores milionários e nem sempre as companhias prestaram esclarecimentos completos sobre os meses de serviços.
Estudo elaborado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) afirma que os trabalhadores terceirizados recebem 25% menos em salários, trabalham 7,5% (3 horas) a mais que outros empregados e ainda ficam menos de metade de tempo no emprego.
Em manifestação realizada no último dia 16, diversas entidades sindicais de Mossoró protestaram contra o projeto em tramitação no Congresso.
“Dos 334 deputados federais que votaram a favor da PL 4330, 189 eram empresários. Então, temos um Congresso reacionário, de direita. Mesmo assim, nós temos que apostar até o final”, comentou Aldemir Pereira, da executiva estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
A CUT ameaça uma grande paralisação no País, caso o projeto seja aprovado pelos parlamentares.
Fonte Jornal de Fato

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