sexta-feira, 29 de maio de 2015

Escândalo na FIFA >> O Baixinho tinha razão!

O ex-jogador Romário, hoje senador, tinha razão ao dizer numa carta escrita à presidenta da República, Dilma Ruosseff, após a Copa do Mundo do Brasil, quando a nossa seleção foi eliminada de forma humilhante pela Alemanha por um elástico placar de 7 a 1, que ninguém se iludisse, pois que futebol é negócio, é business, entretenimento e move rios de dinheiro.
Romário foi mais além quando afirmou na mesma carta que o então presidente da CBF, José Maria Marím, era “ladrão de medalha, de energia, de terreno público e apoiador da ditadura”. Hoje sai a notícia de que a polícia da Suíça prendeu nove dirigentes da Fifa a pedido da justiça dos EUA sob a acusação de corrupção e diversos outros crimes. Os suspeitos foram detidos num hotel em Zurique e poderão ser extraditados para os Estados Unidos. O departamento de justiça americano confirmou que o ex-presidente da CBF foi um dos detidos.
Não só isso: o diretor do Internal Revenue Service (IRS), espécie de Receita Federal dos Estados Unidos, Richard Weber, revelou que o processo de escolha do Brasil como sede do Mundial do ano passado – feita em 2007 – também está sendo investigado.
Além das acusações a Marím, o ex-jogador mencionou na carta o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, que chegou a ser detido, investigado e indiciado pela Polícia Federal por possíveis crimes contra o sistema financeiro, corrupção e formação de quadrilha.
Não à toa Romário afirmou que “o futebol vem sendo sugado por cartolas que não têm talento para fazer sequer uma embaixadinha. Ficam dos seus camarotes de luxo nos estádios brindando os milhões que entram em suas contas. Um bando de ladrões, corruptos e quadrilheiros”.
As palavras de Romário usadas na carta à presidenta Dilma parecem soar como uma “tragédia anunciada”, não só no plano local, mas no plano mundial.
O submundo do futebol, denunciado por Romário em carta à presidenta Dilma após a Copa do Mundo no Brasil, me parece, está vindo a tona agora com as investigações sobre a Fifa, entidade essa que teve o brasileiro João Havelange muito tempo a frente. Me lembro que na Copa do Mundo de 1978, realizada na Argentina, sob regime militar, os hermanos horam campeões do Mundo num título que causou muitas suspeitas, a começar pelo placar de 6 a zero sobre o Perú.
O resultado tirou o Brasil das semifinais. A Argentina se classificou com este placar e ganhou a final para a Holanda. Se os argetinos tivessem ganho do Perú com um placar menor o Brasil seria classificado às semifinais. A coincidência é que a diferença de gols para levar a Argentina as semifinais teria que ser de seis gols. E deu exatamente isso. Anos depois se descobriu que os peruanos foram comprados.
A conferir!

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