quarta-feira, 14 de junho de 2017

Relatório da Mata Atlântica 2017



A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 
(INPE) divulgaram os novos dados do Atlas da Mata Atlântica, estudo que monitora 
o bioma há 31 anos. A iniciativa tem o patrocínio de Bradesco Cartões e execução 
técnica da empresa de geotecnologia Arcplan.

Infelizmente, registramos o maior desmatamento da Mata Atlântica em 10 anos. 
Foram destruídos 290 Km2 de florestas entre 2015 e 2016, um aumento de quase 
60% em relação ao ano anterior. O total da área devastada equivale quase ao 
território de Belo Horizonte.

A situação é gravíssima e indica uma reversão na tendência de queda do 
desmatamento registrada nos últimos anos. E não é por acaso que os estados 
campeões de desmatamento são conhecidos por sua produção agropecuária. O 
fato é que esse setor voltou a avançar sobre nossas florestas nativas, não só na 
Mata Atlântica, mas em todos os biomas, após as alterações realizadas no Código 
Florestal e o subsequente desmonte da legislação ambiental brasileira.

A retomada do desmatamento coloca em risco todo o esforço da sociedade por um 
modelo de desenvolvimento sustentável e afasta o país do cumprimento de 
compromissos assumidos em convenções e acordos internacionais.

Nossas florestas naturais são fundamentais para a produção e abastecimento de 
água, a proteção do solo e a oferta de polinizadores, sem os quais o crescimento do 
próprio agronegócio fica comprometido. Contribuem ainda para a proteção de 
encostas e para a regulação climática, o que garante a qualidade de vida e 
segurança, mesmo para quem vive nas cidades.

Precisamos nos mobilizar para proteger a nossa legislação ambiental,
que já foi uma das mais avançadas do mundo. 

Clique aqui para conferir o relatório na íntegra. 

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