domingo, 29 de julho de 2018

MEIO AMBIENTE E SOCIEDADE >> Extensão de manguezais foi reduzida pela metade no mundo em 40 anos, diz UNESCO

Formação de mangue em Cuba. Foto: Flickr (CC)/Anusa Kreft




Em mensagem para o Dia Internacional de Conservação do Ecossistema de Mangues, lembrado neste 26 de julho, a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, alerta que os manguezais estão ameaçados no mundo todo. A destruição ambiental põe em risco a biodiversidade e a produção de alimentos em zonas costeiras, afirmou.
Muito preocupante,aqui no RN foi mais de 6.000 hectares desmatado a sociedade tem que cobrar das instituições responsáveis pela essa questão e ajudar também!!! (Joao Maria Guaiá)
Em mensagem para o Dia Internacional de Conservação do Ecossistema de Mangues, lembrado neste 26 de julho, a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, alerta que manguezais estão ameaçados, sobretudo por conta do desenvolvimento das zonas costeiras. “Estima-se que, em 40 anos, a cobertura global de mangues foi reduzida pela metade”, afirmou a chefe da agência da ONU. Destruição ambiental põe em risco a biodiversidade e o ser humano.
“Os mangues constituem uma proteção contra tempestades, tsunamis e o aumento do nível do mar. Eles impedem a erosão da costa, regulam a qualidade da água costeira, mantêm áreas de pesca e contribuem para melhorar a segurança alimentar de muitas comunidades costeiras”, ressaltou a dirigente.
Audrey disse ainda que esses ecossistemas “também fornecem um habitat para espécies marinhas em perigo”. “Além disso, seus mecanismos naturais para armazenar o carbono da atmosfera, conhecidos como ‘estoques de carbono azul’, que realizam o sequestro de carbono e auxiliam a mitigar os efeitos dos distúrbios climáticos ao longo das costas”, completou a chefe da UNESCO.
Algumas das reservas da biosfera e geoparques da agência da ONU contam com mangues em seus territórios. Nessas localidades, o organismo internacional trabalha para acumular conhecimento sobre essas formações naturais, além de melhorar sua gestão e preservação. A UNESCO também visa criar estratégias para promover o desenvolvimento sustentável de tribos indígenas instaladas nesses ecossistemas.
Outra frente de atuação da instituição é a Iniciativa Carbono Azul, que tem a participação da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO. Realizado em conjunto com a ONG Conservation International e a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), o projeto busca combater as mudanças climáticas, protegendo e recuperando ecossistemas marinhos. Um dos focos do programa são os mangues, pântanos-de-maré e os prados marinhos.
Em 2018, o Equador sedia as comemorações globais da data em prol da proteção dos mangues, que estão presentes na Reserva da Biosfera do Arquipélago de Colón, em Galápagos. Audrey convidou a comunidade internacional a se inspirar no país latino-americano e a “renovar os nossos esforços para apoiar a preservação de um ecossistema que é essencial para o nosso planeta e para seus habitantes”.

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