O registro da candidatura do ex-presidente Lula foi um "ato de soberania popular" e não há nada que impeça a participação dele na campanha, disse nesta quarta-feira o candidato a vice na chapa presidencial petista, Fernando Haddad; "O que a gente fez aqui foi um ato de defesa da soberania popular.
Se o povo quer votar no presidente Lula, o povo tem esse direito. E esse documento assegurará o direito de brasileiros e brasileiras reconduzirem Lula presidente"
A candidatura de Lula —líder nas pesquisas de intenção de voto e preso desde abril cumprindo pena após condenação na Lava Jato— foi protocolada no Tribunal Superior Eleitoral às 17h12.
"As pessoas acharam que o Lula não ia ficar bem nas pesquisas, que o povo não ia seguir sua liderança, o que aconteceu foi exatamente o contrário. O presidente Lula subiu nas pesquisas, mantém a liderança em todos os cenários, ganha no primeiro turno em vários deles", disse Haddad a jornalistas.
"O que a gente fez aqui foi um ato de defesa da soberania popular. Se o povo quer votar no presidente Lula, o povo tem esse direito. E esse documento assegurará o direito de brasileiros e brasileiras reconduzirem Lula presidente", acrescentou Haddad, ainda no gabinete em que o pedido foi registrado.
O ex-prefeito de São Paulo afirmou que Lula é, de longe, "a pessoa mais qualificada para tirar o país da crise, é uma liderança mundial reconhecida por vários chefes de Estado e intelectuais e é o maior líder da história do Brasil".
"É em função disso que, sob a liderança da presidenta (do PT) Gleisi (Hoffmann), nós caminhamos a passos muito difíceis de abril para cá, mas chegamos reunidos em torno dessa liderança e com a certeza de que ele vencerá nas eleições", disse.
Aliados do ex-presidente fizeram questão de comparecer pessoalmente ao TSE para o momento do registro de candidatura, entre eles a ex-presidente Dilma Rousseff e a deputada estadual Manuela D'Ávila (PCdoB), que deverá ser deslocada para vice quando a situação de Lula se resolver.
Após o registro de candidatura, Haddad deixou o prédio do tribunal e deu uma entrevista coletiva à imprensa. Ele disse acreditar que o TSE vai ser "sensível" ao pleito da coligação que apoia o ex-presidente e que não há "nenhum dispositivo" que impeça o ex-presidente de concorrer novamente ao Palácio do Planalto.
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