O linguista e filósofo norte-americano Noam Chomsky, nesta quinta-feira (20), foi mais uma das inúmeras personalidades mundialmente importantes que visitaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua cela na Polícia Federal, em Curitiba. “Ele está com muita energia e fiquei muito feliz de saber que está com essa energia.
É encorajador encontrá-lo e passar um tempo com ele, que por direito deveria ser o presidente do Brasil. Lula é uma das figuras mais significativas do século 21”, disse Chomsky, 89 anos e um dos pensadores mais importantes da atualidade.
Para ele, Lula “é uma fonte de energia”. "O encontro foi uma experiência tão boa quanto na última vez em que nos encontramos. Com a ajuda de pessoas como vocês, ele pode voltar a ocupar a posição que deve ocupar e superar os terríveis problemas que o Brasil está enfrentando.”
O grave momento por que passa o país pode resultar em dois cenários, segundo suas expectativas. “Não preciso dizer que é um período terrível, que pode se transformar num declínio permanente ou no colosso do Sul, como foi anunciado há um século e começou a se tornar possível durante a liderança de Lula.”
Segundo Noam Chomsky, “essas são as escolhas que os brasileiros têm num futuro muito próximo”. Ele acrescentou, em alusão às eleições presidenciais: “Dado o significado do Brasil no mundo, as escolhas que vocês fizerem vão ser historicamente muito importantes.”
O filósofo encerrou sua fala fazendo coro à militância que está na Vigília Lula Livre na capital de Curitiba. “So, Lula livre”, afirmou – frase que sua mulher, a brasileira Valeria Wasserman, que traduziu a entrevista, não precisou verter ao português.
O ex-ministro Aloizio Mercadante acompanhou Chomsky e Valéria durante a visita. Segundo ele, Lula enviou alguns recados à militância. O primeiro é o de que ele tem "convicção" de que o candidato do PT, Fernando Haddad, será eleito presidente da República.
"O crescimento nas pesquisas nesse curto período é o maior que um candidato já teve. Isso se deve à força do legado dos governos Lula. As pessoas querem o Brasil de volta e sabem que o caminho é Haddad", disse.
Segundo ele, Lula pediu que os eleitores e movimentos sociais não se limitem a esperar resultados das pesquisas, mas precisam "ir à rua e amassar barro". "Em nome dele, eu digo que ele sabe que venceria no primeiro turno, mas aquele que tem tido a lealdade, discutindo cada passo da campanha com ele, é Haddad. Por isso ele pede que o mesmo compromisso que tinham com ele, tenham com Fernando nessas eleições."
O terceiro recado do ex-presidente é para que a coordenação da campanha discuta a viabilidade de realizar caminhadas pela paz no Brasil. "A nossa proposta é de mais livros, mais escola, mais museu, mais cultura, e enfrentar com essa proposta de paz a cultura de mais faca, mais revólver, mais fuzil e mais violência. Nós somos a candidatura da paz e do diálogo", concluiu Mercadante.
Sem comentários:
Enviar um comentário