terça-feira, 18 de setembro de 2018

CONTRA O GOLPE NA EDUCAÇÃO >> Em audiência pública, CNTE reitera repúdio à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Médio


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A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) esteve presente na audiência pública que debateu a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Médio na sexta-feira (14/9), em Brasília. A secretária de finanças da Confederação, Rosilene Corrêa, reiterou que a Entidade é contrária à BNCC golpista do governo Michel Temer, que coloca em risco a educação pública no país. "É uma Base que não tem legitimidade, os trabalhadores em educação não foram ouvidos. Além disso, a redução de oferta de disciplinas no ensino médio é um prejuízo aos alunos e vai gerar uma desigualdade - enquanto alguns poderão acessar todos os conteúdos, outros terão esse percurso limitado", denunciou Rosilene Corrêa.
Durante a audiência pública - realizada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) - muitos participantes ficaram barrados do lado de fora do auditório e só puderam participar após forte pressão dos que já estavam do lado de dentro. Representantes de diversos sindicatos e movimentos sociais da educação também se posicionaram contrários à BNCC.
Saiba mais sobre a BNCC
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. A Lei 13.415/2017, sobre a qual a BNCC atuará, impõe retrocessos aos educadores e à sociedade brasileira. De um lado, fomenta a privatização da educação básica, ao repassar para o setor privado os currículos flexíveis, especialmente da Educação Técnica-Profissional. De outro, cria um verdadeiro apartheid socioeducacional, ao instituir escolas para ricos e classe média alta, com currículos “à la carte”, e escolas para pobres e classe média baixa, com currículo básico limitado a 1.800 horas e com apenas duas disciplinas obrigatórias (português e matemática). Para economizar dinheiro, o Poder Público ofertará menos conteúdos obrigatórios aos estudantes e, consequentemente, contratará menos professores para lecionar. Acesse o jornal mural da CNTE para saber mais detalhes.

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