sexta-feira, 8 de março de 2019

CIDADANIA >> MST vai distribuir em Natal 15 toneladas de alimentos produzidos no RN


Agricultoras do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) vão distribuir nesta sexta-feira, 8 de março, 15 toneladas de alimentos à população de Natal (RN). A distribuição será feita de 8h às 13h, na Feira da Solidariedade e Agroecológica da Reforma Agrária montada no Espaço Cultural Ruy Pereira, na Cidade Alta.
A atividade é parte da agenda do movimento no Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. Entre os alimentos oferecidos à população estão banana, goma, coco, farinha, macaxeira, entre outros gêneros.
A produção tem origem nos 23 assentamentos acompanhados pelo MST no Rio Grande do Norte. A iniciativa tem o objetivo mostrar à sociedade o trabalho realizado pelas famílias assentadas em todo o Estado:
– O MST definiu como meta dos assentamentos a distribuição dos alimentos à sociedade. É para mostrar à população que produzimos muito nos terrenos ocupados”, explica a coordenadora do MST no RN Vanusa de Macêdo.
Segundo ela, o Rio Grande do Norte possui mais de 350 assentamentos espalhados pelo Estado, mas apenas 23 são acompanhados pelo MST.
Os alimentos estão chegando dos assentamentos em ônibus disponibilizados pela Emater e levados para o Centro de Formação e Capacitação Patativa do Assaré, mantido pelo MST no município de Ceará-mirim.
Fundado em 1985 no Rio Grande do Sul, o MST é um dos principais movimentos sociais da América Latina e vem sendo vítima de ataques sistemáticos de setores conservadores da sociedade e da mídia tradicional, que tentam a todo custo criminalizar o movimento. Há deputados e deputadas no Congresso Nacional que defendem enquadrar o MST entre organizações terroristas.
Em 2017, o MST se tornou o maior produtor de arroz orgânico da América Latina. Foram 27 mil toneladas produzidas em 22 assentamentos diferentes e envolvendo 616 famílias gaúchas.
Outro recorde de produção alcançado pelo movimento envolveu sementes crioulas, em Goiás. Em parceria com o Movimento Camponês Popular (MCP), o MST chegou a 150 toneladas do grão na safra 2016/2017.
Além da iniciativa em Natal mostrar a produção atual à sociedade, a distribuição de alimentos também foi planejada como denúncia ao modelo de governo implantado por Jair Bolsonaro que privilegia a política de agronegócio o país.
Após a feira, os militantes do MST seguem para a concentração do grande ato unificado do Dia Internacional da Mulher que, em 2019, terá como foco “Mulheres contra Bolsonaro, vivas por Marielle e em defesa da Democracia e da Previdência”.

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