Lenine Pinto deveria dispensar apresentações. Mas Natal é incansável em desvalorizar suas referências. Então, um brevíssimo parágrafo para resumir a grandiosa contribuição deste pesquisador e escritor para a história potiguar.
Lenine foi um dos historiadores locais pioneiros em pesquisas referentes à participação do RN na Segunda Grande Guerra. Também tem ótimas pesquisas relacionadas à história da Redinha, com relato único sobre o Cemitério dos Ingleses.
Entre outros trabalhos, também pesquisou sobre a história do remo, a história do xadrez em Natal, mas se notabilizou mesmo pela pesquisa e tese de que o Brasil foi descoberto (ou redescoberto) no Rio Grande do Norte, com inúmeros livros publicados.
Tive uma única oportunidade de conversar com Lenine, eu ainda repórter do Diário de Natal. Foi em sua casa no Pium. Nem lembro o tema, mas lembro que a pauta ficou esquecida e colhi outros motes para várias reportagens. Lenine era um arcabouço de conhecimentos.
Lamento ter estancado minhas pesquisas sobre a Redinha. Meu livro incompleto ficaria mais rico com seu depoimento, de quem pesquisou e frequentou a “praia bonita” de Cascudo. A última vez que o vi foi na última edição do Encontro de Escritores, na Ribeira. Estava bem.
Lenine, imortal da Academia Nore-riograndense de Letras, morreu ontem 23, aos 89 anos, às 3h no Hospital São Lucas, onde estava internado há alguns dias decorrente de complicações causadas por uma pneumonia. O velório será na rua São José, às 10h. A cerimônia de cremação será segunda (24), restrita aos familiares.
Sem comentários:
Enviar um comentário