A Assembleia Legislativa decidiu, por maioria apertada, levar a crise financeira do Rio Grande do Norte para dentro de Casa. Com voto de minerva do presidente da Casa Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), a maioria dos parlamentares negou a devolução para o tesouro estadual das sobras orçamentárias dos demais Poderes.
Na prática, a medida significa que, caso sobre dinheiro dos recursos repassados do Executivo para a Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Procuradoria geral de Justiça e Defensoria Pública, a verba fica com os Poderes. O Governo pleiteava o óbvio: se o dinheiro sai do tesouro estadual, o que não foi usado deveria voltar para o local de origem para ajudar a pagar as dívidas, a maioria herdadas de gestões anteriores.
Dos 22 deputados no plenário, 11 negaram a devolução e 11 aceitaram o retorno dos recursos. Como manda o regimento interno da Casa, o presidente da ALRN teve que decidir, optando por seguir a oposição nesta votação liderada pelo deputado estadual José Dias (PSDB). Foi dele a ideia de retirar da Lei de Diretrizes Orçamentárias os parágrafos que previam a devolução dos recursos.
O posicionamento de Ezequiel é a primeira sinalização de fissura na relação entre a ALRN e o Governo Fátima. A retenção desses recursos junto aos Poderes é um golpe duro na tentativa do Executivo em amenizar a crise financeira do Estado e um aviso aos servidores estaduais, de que o peso ideológico para alguns deputados está acima dos interesses do Estado.
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