O arcebispo de Fortaleza, dom José Antônio Aparecido Tosi Marques, presidiu a celebração de bênção e envio da embarcação. Participaram desta cerimônia também os frades franciscanos, diretamente envolvidos na concepção e implementação da iniciativa, além de outros religiosos e profissionais de diversas áreas que trabalharam na construção do navio.
Iniciativa da Igreja no Brasil
O barco deverá cobrir um percurso de mil quilômetros ao longo do Rio Amazonas, em território paraense, a fim de levar atendimento médico a mil comunidades ribeirinhas de 12 municípios, beneficiando cerca de 700 mil pessoas.
A maquete do barco-hospital, que é uma proposta da Igreja no Brasil, foi apresentada ao Papa Francisco em 5 de novembro de 2018, no Vaticano. O projeto, que emocionou o Papa, foi apresentado a ele por dom Bernardo Bahlmann, bispo do Óbidos, e pelo frei Francisco Belotti, da Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus. Eles foram “provocados” pelo próprio Papa, que, durante a Jornada Mundial da Juventude de 2013, tinha visitado um hospital administrado pela Fraternidade no Rio de Janeiro e perguntado ao frade se eles já estavam presentes também na Amazônia.
O propósito do projeto que leva o nome do pontífice é levar mais saúde às comunidades ribeirinhas, com especial enfoque na prevenção contra o câncer mediante exames e triagens para pesquisas, a ser feitas em parceria com universidades sobre as patologias de maior incidência na região.
De acordo com o site Aleteia.org, o barco-hospital tem estrutura com ambulatórios, laboratórios, bloco cirúrgico e alojamento para profissionais da saúde, na maioria voluntários de hospitais-escola administrados pela Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus. O navio contará ainda com assistência de congregações franciscanas femininas, incluindo a presença constante de uma freira médica.
Em Belém, a embarcação receberá uma imagem da Virgem de Nazaré e seguirá para Óbidos, ainda no Pará. Naquela cidade, com celebração eucarística, terá início a primeira missão do barco-hospital.
Como bem observou o frei Francisco Belotti, “o povo da Amazônia tem dificuldades em ver médicos e sacerdotes; neste barco-hospital, eles verão os dois”.
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