As campanhas eleitorais estão nas ruas para eleger vereadores e prefeito nas cidades brasileiras. Assim como nas últimas três eleições, a presente será um momento decisivo de defender um projeto de sociedade e articular os municípios para derrotar o atual governo federal que segue avançando com os retrocessos iniciados no Governo Temer-PSDB. Portanto, eleger candidaturas majoritárias e proporcionais anti-bolsonaristas e populares em 2020 é extremamente importante para 2022.
Esse não deve ser o clímax da atual novela do cenário político brasileiro que inicia em 2015 através de uma crise econômica e política no Brasil, gerada por fatores da crise fiscal internacional de 2009 e a falta de representantes que correspondesse aos anseios da população. Este contratempo foi o momento oportuno para que um ex-militar expulso do Exército por más condutas candidatasse à presidência da República com discursos fortes e aparente realista à uma população cansada da política, desacreditada da tão jovem democracia e dos altos índices de violência que assolava o país.
Autodeclarado conservador, autoritário, cristão (sendo o estado laico), patriota (usando recursos visuais do amarelo e do verde), favorável à família tradicional (sendo que toda forma de amor é válida) e ao porte de armas (negando assim uma responsabilidade do estado), o deputado federal há quase 30 anos pelo PSL do Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro ganhava o eleitorado brasileiro com seus ataques aos movimentos populares, elites progressistas e segmentos desfavorecidos da sociedade.
As pessoas que valorizam a história, logo lembram de um mesmo ex-militar expulso do Exército por más conduta na Alemanha dos anos de 1930, ganhou o eleitorado alemão da época com as mesmas características apresentadas por Bolsonaro, gerando uma enorme catástrofe em âmbito internacional que envergonha o país europeu até os dias atuais. Essas pessoas apresentavam essa semelhança provando que este não era o melhor caminho a seguir. A maioria ignorante e iludida colaborou com que este projeto fosse eleito quase no primeiro turno e posteriormente eleito no segundo.
Daí em diante, o plano de governo adotado por Temer após o golpe de 2016 se agravou como a venda de nossas riquezas a preço de banana, a desvalorização do serviço público, os cortes na educação, o desrespeito à autonomia das comunidades acadêmicas nas instituições públicas de ensino, a volta do país ao mapa da fome, a censura aos veículos de comunicação e intelectuais, a falta de sensibilidade com a saúde das pessoas em tempos de pandemia, a desvalorização das juventudes brasileiras, atletas e jovens – extinguindo os Ministérios do Esportes, Cultura e Cidades (que visava combater as desigualdades sociais, transformar as cidades em espaços mais humanizados e ampliar o acesso da população à moradia, saneamento e transporte), dentre outros retrocessos.
Atualmente é comum ver pessoas e mais pessoas afirmando que foram iludidas com esse projeto (não por falta de aviso) e que com o atual presidente é impossível construir uma sociedade mais justa, fraterna, digna e verdadeiramente democrática que caiba nossos sonhos. Isso significa que uma onda e força anti bolsonarista e candidaturas comprometidas com a construção de governos populares que priorizam o diálogo começam a ganhar força nas redes e ruas, devendo chegar nas urnas
Sabendo que as pesquisas eleitorais são manipuladas, mas representam um certo reflexo (não exato) do comportamento eleitoral às campanhas e a conjuntura das cidades. Em diversas capitais, pessoas comprometidas com o bem-estar comum social e anti-bolsonarismo lideram e/ou avançam nas intenção de votos, se transformando numa articulação que as cidades terão para derrotar o atual governo federal em 2022. Em diversas capitais, candidatos oriundos da esquerda como Manuela D’ávila (PCdoB) em Porto Alegre, Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo, Marília Arraes (PT) em Recife e Edmilson Rodrigues (PSOL) em Belém avançam ou/e lideram as pesquisas como nomes anti-bolsonaristas do 2° turno das eleições com reais chances de serem eleitos.
Já no Rio de Janeiro, o anseio das pessoas pela a candidatura de Marcelo Freixo (PSOL) – atualmente maior nome da esquerda no estado – representa o desconforto da população fluminense aos governos conservadores do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), do ex- governador Wilson Witzel (PSC) que teve seu processo de impeachment aprovado pela a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (RJ),na última semana; além do atual presidente da república Jair Bolsonaro (ex-PSL).
Mas Freixo pensa mais alto e estratégico, acredita que a força só é garantida quando há união dos partidos de centro-esquerda e esquerda para derrotar o bolsonarismo. Isso porque essas legendas historicamente são independentes em meio à conjuntura, assim não havendo uma união esquerdista e conseguinte a desistência da candidatura de Freixo à Prefeitura do Rio, após seu excelente desempenho nas eleições de 2012 e 2016, quando chegou ao 2° turno contra Eduardo Paes (em 2012) e Crivella (em 2016).
Em Natal, a liderança do atual prefeito, que é alinhado ao bolsonarismo e candidato das oligarquias Álvaro Dias (PSDB), nas pesquisas mostra o histórico da capital potiguar em ainda ser uma cidade ultrapassada, conservadora, elegendo prefeitos vindos e/ou apoiados pelas famílias tradicionais que regem a cidade há mais de 60 anos, tornando a cidade receosa em experimentar projetos populares.
Fonte: https://www.saibamais.jor.br/a-importancia-de-candidaturas-antibolsonaristas-nas-eleicoes-2020/
Sem comentários:
Enviar um comentário