sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Quarenta e três anos sem Ernesto “Che” Guevara de La Serna

Ernesto Guevara de La Serna nasceu na Argentina, filho de pais de classe média alta. Aventureiro, palmilhou a região andina em uma motocicleta, na companhia de um amigo de nome Alberto Granado. Nessa época, ainda era um jovem estudante de medicina fascinado com tudo que dizia respeito à América Latina, mas foi nesta antológica viagem que despertou para os problemas sociais do continente, quando em contato com as populações miseráveis por onde passou viu de perto o drama histórico que afligem imemorialmente grande parcela do povo latino-americano.

De regresso á argentina, concluiu a graduação, continuando a busca pela contribuição com a melhoria da qualidade de vida o seu povo. Trabalhou em leprosários até se decidir a ir mais longe.

Em um navio da United Fruit Company, desembarcou na Guatemala, onde se desenvolvia um governo popular sob o comando do Coronel Jacob Arbenz. Com ajuda da CIA, a Untred fruit Company não teve trabalho para depor o governo nacionalista de Arbenz. Guevara escreveria mais tarde livro por título “Eu vi Jacob Arbenz cair”. Ele próprio estava na lista dos que seriam executados, mas se salvou refugiando-se na embaixada argentina.

Rumou para o México, onde conheceu o grupo de homens que em breve desembarcaria em Cuba a bordo do iate Granma. Integrado aos guerrilheiros comandados pelo jovem advogado Fidel castro, Guevara ganhou o apelido que o imortalizaria na história: “Che”, devido à insistência na repetição do termo comum á região dos pampas argentinos.

Desembarcaram em Cuba sob uma chuva de balas, pois a ditadura de Fulgêncio batista já esperava a postos o grupo. Dos 82 homens que embarcaram no Granma, apenas 12 subiram a Sierra Maestra.

No réveillon de 1959 os guerrilheiros barbudos chegaram a Havana. Che tomava Santa Clara, unindo-se aos irmãos Castro em breve. Finalmente estava derrotado a mais que corrupta e sanguinária ditadura instituída por Fulgêncio Batista em Cuba.

Che, no entanto, era um revolucionário, não um burocrata. Com certeza era um entusiasta da revolução permanente trotskista. Após ocupar altos cargos no governo cubano, decidiu tomar novos rumos, lutando primeiro no Congo e depois se voltando para seu objetivo maior, qual seja, instalar um foco guerrilheiro em pleno coração da América do sul.

A coluna Ciro Redondo acompanhava-o nesta empreitada. Entrou disfarçado na Bolívia. Os primeiros combates mostraram-se claramente favoráveis ao grupo guerrilheiro, despertando a atenção do governo Barrientos para o que acontecia na região desértica do altiplano.

O último combate foi no dia sete de outubro de 1967. Aprisionado, Che assistiu passivamente ao destino que lhe reservava a ditadura de René Barrientos. O comandante dos Boinas Verdes Quéchuas, Gari Prado Salgado, recebeu ordens para metralhá-lo.

Sem perceber, criaram um dos mais importantes mitos da América latina, pois Ernesto Che Guevara de La Serna empenhou a vida me prol da luta pela edificação de uma sociedade mais humana e mais justa.

* José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor-adjunto da UERN.

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