O ex-presidente
cubano Fidel Castro ofereceu ajuda aos Estados Unidos para combater o
ebola e evitar que a doença se propague pela a América Latina.
“Temos prazer em cooperar com os americanos nessa tarefa; e não na
busca da paz entre dois Estados que têm sido adversários durante tantos
anos, mas pela paz no mundo, um objetivo que podemos e devemos
alcançar”, disse Fidel em um artigo publicado neste sábado no jornal
oficial Granma.
No
texto intitulado “A hora do dever”, ele afirma que ao cooperar com o
país vizinho, com quem Cuba não tem relações diplomáticas desde 1961, se
evita que o ebola se espalhe e protege a população de Cuba e de toda a
América Latina.
Os Estados Unidos foram, depois da Espanha, o segundo país
não-africano onde se registrou contágio da doença em seu próprio
território.
Duas enfermeiras americanas foram contaminadas com o vírus ebola em
um hospital do Texas, ao tratarem de um paciente que contraiu a doença
na Libéria e acabou morrendo nos EUA.
O ebola já matou mais de 4.500 pessoas, a maioria na Libéria, Guiné e
Serra Leoa. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que haja,
nesses três países, mais de 9 mil pessoas infectadas pelo vírus, que
mata em 70% dos casos.
Em outro desdobramento trágico, a ONU informou que o ebola já deixou
ao menos 3,7 mil crianças órfãos nos três países que vem sendo assolados
pela doença, sendo que muitas delas perderam tanto o pai como a mãe por
causa da epidemia.
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