sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Brasil fica em 1º lugar na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia

Da esq. para a dir.: Renner Lucena, Ana Schuch, Gustavo Guedes, Leonardo Martins e Vítor Gomes
Da esq. para a dir.: Renner Lucena, Ana Schuch, Gustavo Guedes, Leonardo Martins e Vítor Gomes                    
Com quatro medalhas de ouro e uma de prata, os cinco estudantes que representaram o Brasil na 7º OLAA (Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica) terminaram em primeiro lugar no quadro geral de medalhas e obtiveram o melhor resultado brasileiro entre todas as sete edições do evento. O evento foi realizado entre os dias 27 de setembro e 4 de outubro, nas cidades do Rio de Janeiro e de Barra do Piraí (RJ).

O ouro ficou com os estudantes Gustavo Guedes Faria (São José dos Campos), Vítor Gomes Pires (São Paulo), Renner Leite Lucena (Fortaleza) e Ana Paula Lopes Schuch (Porto Alegre). Já o jovem Leonardo Henrique Martins Florentino (São Paulo) levou a prata. À frente do grupo brasileiro, estavam os professores Júlio César Klafke (Universidade Paulista) e Thiago Paulin Caraviello (Colégio Etapa).

O Brasil conseguiu ainda duas importantes honrarias no evento. Gustavo Guedes teve a maior nota geral entre todos os participantes e, empatado com Vitor Gomes, faturou a premiação especial de melhor prova por equipes. Já Ana Paula fez a melhor prova individual.
"Os resultados vieram tanto no coletivo quanto no individual, o que mostra que nossa delegação estava bem preparada. Ficamos muito felizes com o resultado", destacou Klafke.

Preparação

Os cinco brasileiros selecionados cursam o ensino médio. Eles foram escolhidos entre mais de 100 mil estudantes que participaram da Olimpíada Brasileira de Astronomia. Depois de escolhidos, os estudantes participaram de uma série de treinamentos. Eles estudaram com especialistas no Observatório Abrahão de Moraes, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (Universidade de São Paulo) e também no Laboratório Nacional de Astrofísica, em Brazópolis.
"Conhecer os observatórios e ter aulas com os professores que tivemos certamente fez com que os resultados aparecessem. Foram momentos de intenso aprendizado", disse Gustavo.

Já Ana Paula, que cursa o terceiro ano do ensino médio em um colégio militar do Rio Grande do Sul destacou o trabalho realizado pela sua escola. "Temos um clube de astronomia e, desde 2001, já foram oito alunos selecionados para representar o Brasil em eventos internacionais. É um trabalho que dá resultado", disse.

Prova

A OLAA reuniu 38 alunos do ensino médio de oito países da América Latina: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, México, Paraguai e Uruguai. Todos se classificaram por meio das olimpíadas nacionais de astronomia e astronáutica de seus respectivos países.

As provas da olimpíada foram divididas em teoria, prática e reconhecimento do céu. A prova teórica foi realizada em duas etapas, individual e em grupo, mesclando as delegações. Os estudantes ainda participaram de uma competição de lançamento de foguetes em grupos multinacionais. Houve ainda avaliações individuais que exigiram o reconhecimento do céu real e o manuseio de telescópio. 
Com o resultado do último fim de semana, o Brasil alcançou 20 medalhas de ouro, 13 de prata e duas de bronze nas Olimpíadas ao longo das sete edições do evento.

Geral

Segundo João Batista Garcia Canalle, presidente da OLAA e coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, a olimpíada científica promoveu o intercâmbio de conhecimentos entre os alunos e o de experiências didáticas entre os professores que lideraram os grupos. "Por meio de iniciativas como a OLAA, desejamos unir as nações, fomentar e popularizar a astronomia e a astronáutica entre os países participantes e despertar o interesse nos jovens pela astronomia e pelas ciências aeroespaciais", destaca. 

Canalle ressaltou ainda que, mais que qualquer competição, o conceito principal da OLAA é fomentar a cooperação entre os estudantes. "Queremos dar oportunidades a meninos e meninas de participarem. Ao promover as provas em grupos multinacionais, o objetivo é mostrar aos participantes que a ciência se faz em grupos e entre pessoas de diferentes países. Esta é a filosofia das provas, tanto a teórica quanto a de foguetes", salienta Canalle.

Fonte: UOL

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